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Agronegócio de Minas Gerais exportou para 182 países em 2023: faturamento de R$ 50 bilhões

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O agronegócio de Minas Gerais exportou 695 produtos diferentes para 182 países, entre janeiro e setembro de 2023 e somou mais de R$ 50 bilhões em faturamento, segundo levantamento da secretaria de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

De janeiro a setembro deste ano, as exportações de produtos florestais, incluindo celulose, madeira, papel e borracha, totalizaram R$ 4,1 bilhões e um volume equivalente a 1,3 milhão de toneladas. Isso representa um aumento de 29% na receita e 22% no volume em comparação ao ano anterior. Esse desempenho pode ser atribuído, em grande parte, às vendas de celulose. Os principais destinos para esses produtos florestais de Minas Gerais foram a China, Japão, Estados Unidos, Países Baixos, Itália e Indonésia.

Além disso, ao longo desse mesmo período, um total de 695 produtos diversos do setor agropecuário mineiro foram exportados para 182 países, sendo a China o principal destino, representando 35% das exportações. Em seguida, vêm os Estados Unidos (8%), Alemanha (6%), Japão (4%) e Itália (4%). O preço médio das exportações situou-se em torno de R$ 4.429,59 por tonelada.

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O complexo sucroalcooleiro, que inclui açúcar, álcool e outros açúcares, contribuiu com 12% das vendas totais do agronegócio de Minas Gerais, gerando R$ 6,5 bilhões em receita. O açúcar representou 92% das vendas do setor, com um total de R$ 6,0 bilhões. Isso foi alcançado mesmo com o aumento da produção de açúcar na safra 2023/24 e o subsequente aumento de sua oferta.

O valor total das exportações no período de janeiro a setembro atingiu R$ 53,8 bilhões, apesar de uma queda de 8% em comparação com o ano anterior devido à desvalorização das commodities no mercado internacional. No entanto, o setor agropecuário continua sendo uma parte vital das exportações de Minas, representando 36% do total.

Setembro viu um valor de exportação de R$ 5,5 bilhões, com 1,2 milhão de toneladas enviadas. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve uma queda de 21% nos preços e uma diminuição de 6% no volume exportado.

No setor de café, o principal produto de exportação do agronegócio mineiro, houve uma redução na receita devido à queda nos preços. Nos primeiros nove meses do ano, a receita totalizou R$ 19,0 bilhões, com o embarque de 17 milhões de sacas. Os principais compradores de café do estado foram os Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica.

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O complexo da soja, que inclui grãos, farelo e óleo, gerou uma receita de R$ 15,6 bilhões, com 5,9 milhões de toneladas exportadas. A China liderou as compras de soja, seguida por Tailândia, Irã, Argentina e Taiwan. O setor de carnes gerou R$ 5,0 bilhões em receita com um volume de 318 mil toneladas, representando 10% das vendas do agronegócio mineiro.

Com informações do Compre Rural

Fonte: Pensar Agro

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Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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