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Mapa está preocupado com o escoamento da safra de milho por causa da seca no Amazonas

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O Ministério da Agricultura (Mapa) está monitorando a situação da seca na região Norte do país. De acordo com o ministério, a colheita da safra de soja já foi praticamente concluída, mas há preocupações em relação ao transporte de milho, que deve continuar até o final do ano.

O ministério observa que, por enquanto, o preço da commoditie não está sendo afetado pelo transporte interno, mas ressalta que o custo do frete pode ser alterado se ocorrerem contingências maiores. No entanto, até o momento, não foi identificado um impacto significativo.

A governança do transporte fluvial é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao Ministério dos Transportes, enquanto os aspectos ambientais relacionados à preservação da água estão sob a alçada do Ministério do Meio Ambiente. Portanto, o Ministério da Agricultura não possui competência para ações nessa área.

O ministério observa que a seca é mais intensa na parte ocidental da Amazônia, afetando principalmente os rios acima de Manaus (AM). No entanto, abaixo de Manaus e até a foz do Rio Amazonas, ainda há água suficiente para a navegação.

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O Rio Madeira e o Tapajós também estão com níveis de água adequados. Embora as cargas nas barcaças tenham sido reduzidas por precaução, os corredores fluviais estão funcionando normalmente.

O Mapa enfatiza que a seca na região é um fenômeno cíclico e decorre do El Niño. Isso ocorre periodicamente, com maior ou menor intensidade, e requer a implementação de medidas específicas. A região recebe chuvas regulares, e o período de seca é temporário, com a expectativa de chuvas retornando em novembro e a rápida recuperação dos níveis dos rios.

O governo federal anunciou medidas de ajuda à população local afetada pela seca, incluindo o auxílio aos agricultores familiares que tiveram perdas na safra, distribuição de cestas básicas para comunidades indígenas locais e a possibilidade de renegociação de dívidas de crédito rural para agricultores familiares na região. Essas ações visam apoiar aproximadamente 500 mil pessoas afetadas pela seca na região Norte.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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