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Brasil deve ter a 3ª maior safra de café da historia, segundo a Conab

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De acordo com um levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de café de 2023 dever ser a terceira maior safra já registrada no Brasil, ficando atrás apenas dos anos de 2018 e 2020, que tiveram bienalidade positiva.

A estimativa é de que a produção atinja 54,36 milhões de sacas. Esse volume representa um aumento de 6,8% em comparação com a safra de 2022. Comparando os números com a safra de 2021, que também teve bienalidade negativa, o aumento chega a impressionantes 13,9%.

Este ano, há uma expectativa de recuperação notável na produção de café arábica. A Conab prevê uma colheita de 38,16 milhões de sacas desse tipo de café.

Esse aumento é resultado de um acréscimo de 2,4% na área de cultivo e de um ganho estimado de 13,9% na produtividade, influenciado por condições climáticas mais favoráveis em comparação com as últimas duas safras.

Minas Gerais, o principal estado produtor de café do país, se destaca, apresentando um crescimento de 29,5% na produção, mesmo enfrentando os efeitos da bienalidade negativa em muitas regiões produtoras.

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No entanto, a história é diferente nas plantações de café conilon, onde se prevê uma redução de 11% na colheita em comparação com o excelente resultado de 2022.

A estimativa é que sejam colhidas 16,2 milhões de sacas neste ano. Isso se deve principalmente a uma queda de 10,8% na produtividade, resultado de condições climáticas desfavoráveis, especialmente no Espírito Santo, o principal estado produtor de conilon.

Essas condições climáticas adversas impactaram parte das lavouras, principalmente nas fases iniciais do ciclo, e essa perda não pôde ser compensada pelos ganhos esperados em Rondônia e Mato Grosso.

Quando se trata do mercado de café, as exportações do Brasil no acumulado de janeiro a agosto deste ano totalizaram 22,9 milhões de sacas de 60 kg, representando uma queda de 10,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse desempenho negativo resultou, em parte, da restrição de estoques nos primeiros meses da temporada, após safras com produção limitada em 2021 e 2022.

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No último mês, o Brasil exportou cerca de 3,69 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um aumento de 37,6% em relação ao mês anterior e de 38,5% em comparação com o mesmo período de 2022. Esse aumento nas exportações reflete a expansão da oferta interna em 2023 e sinaliza uma recuperação das exportações na safra atual. O cenário positivo tende a se manter nos próximos meses deste ano, impulsionado pelo aumento na produção.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Guerra EUA x China: Brasil vira peça-chave e faz planos para um corredor transoceânico

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A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou novos capítulos nesta semana, com reflexos importantes para o Brasil — principalmente para o agronegócio. A Casa Branca anunciou um aumento das tarifas sobre produtos chineses, que agora chegam a 245%. O motivo, segundo o governo americano, seria uma resposta a ações retaliatórias por parte da China. A notícia pegou o governo chinês de surpresa e provocou reações imediatas, incluindo pedidos formais de esclarecimento.

Imagem: reprodução/Ministério dos Transportes

Em meio a essa disputa, o Brasil pode sair ganhando, se conseguir resolver seus problemas logísticos (veja aqui). Uma comitiva do governo chinês esteve em Brasília nesta semana para conhecer projetos de infraestrutura e discutir caminhos que facilitem o acesso dos produtos brasileiros ao mercado asiático. Um dos temas centrais foi o Corredor Bioceânico, uma rota que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico passando por países vizinhos, como Paraguai e Argentina, com destino aos portos do Chile.

O corredor tem um grande atrativo: facilitar a exportação de grãos e carnes para a Ásia, encurtando a distância até os mercados chineses e reduzindo custos logísticos.

A iniciativa também está diretamente ligada às ferrovias, como a Norte-Sul, a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), todas integradas ao Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. O objetivo é melhorar o escoamento da produção do Centro-Oeste, especialmente soja, milho e carne.

Durante a visita ao Brasil, a delegação chinesa se reuniu com representantes dos governos de Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Acre, onde foram apresentados dados sobre produção agrícola, cultura e exportações. A agenda também incluiu visitas técnicas ao Porto de Ilhéus (BA), à FIOL, ao Porto de Santos (SP) e ao projeto do futuro Túnel Santos-Guarujá.

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O plano é transformar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que avança lentamente entre Caetité e Ilhéus, em um elo fundamental de um corredor bioceânico que levaria grãos, minérios e outros produtos brasileiros até o porto de Chancay, no Peru — e de lá, direto ao mercado asiático.

A missão chinesa desembarcou em Ilhéus nesta quarta-feira (16.04), visitou trechos da Fiol 1 e as instalações do Porto Sul, que ainda está em obras. A ideia é clara: entender o que falta, quanto custa e como viabilizar a conclusão dessa travessia ferroviária transcontinental, um projeto que, se sair do papel, poderá reduzir em até dez dias o tempo de navegação entre o Brasil e a Ásia.

Para os chineses, trata-se de uma oportunidade de ouro. Para o Brasil, uma chance — talvez a última por um bom tempo — de dar um salto logístico sem depender exclusivamente dos Estados Unidos ou de seus próprios (e lentos) investimentos públicos.

Mas o entusiasmo técnico contrasta com a realidade do chão. As obras da Fiol seguem a passos lentos, marcadas por entraves burocráticos, desafios ambientais e falta de recursos. A Bahia Mineração (Bamin), concessionária do trecho, tem sob sua responsabilidade não apenas a ferrovia, mas também a construção do Porto Sul — um complexo que ainda está longe de operar plenamente.

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A visita chinesa, no entanto, é simbólica. Marca o esforço de Pequim em reforçar laços com o Brasil em um momento em que a dependência mútua aumenta. Hoje, mais de um terço de tudo que o Brasil exporta tem a China como destino. E a maior parte disso — cerca de 60% — precisa de infraestrutura para sair do interior até os portos. Sem ferrovias eficientes, o Brasil seguirá perdendo tempo e dinheiro.

NOVA ROTA – Uma nova rota marítima lançada nesta semana, de forma simultânea no Brasil e na China, promete reduzir o tempo necessário para transportar produtos entre um país e outro, e também os custos logísticos. A rota vai ligar o Porto Gaolan, localizado em Zhuhai, no sul da China, aos Portos de Santana, no Amapá, e de Salvador, no Brasil, sem escalas. Com isso, a expectativa do embaixador da China no Brasil, Zhu Oinggiao, é que o trânsito de cargas leve 30 dias a menos que o habitual e os custos das operações também diminuam, em mais de 30%.

Fonte: Pensar Agro

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