Prefeitura de Foz do Iguaçu, a Itaipu Binacional e o Governo do Estado do Paraná inauguraram na noite desta quarta-feira (04) a Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR) Tereza Ivete Signori, no Campos do Iguaçu. A cerimônia contou com a presença do prefeito Chico Brasileiro, do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, autoridades locais, catadores(as) que já atuam na UVR, trabalhadores de outras cooperativas, lideranças comunitárias e familiares da homenageada Teresa Signori, falecida em 2013.

Localizada na Rua Capibaribe, a UVR recebeu um total de R$ 1,6 milhão, incluindo valores da construção, equipamentos, materiais educativos, logística, caminhão adaptado e contrato da PMFI com a Cooperativa. Da parte da Itaipu, o investimento foi de cerca de R$ 800 mil, além da cessão de um técnico para acompanhar os(as) trabalhadores(as).

A unidade – equipada pela Itaipu com sistema fotovoltaico para geração distribuída – tem 982 metros quadrados e conta com espaço para triagem e armazenagem dos materiais, sala administrativa e de serviços, cozinha, banheiros, além de uma horta, ofertando melhores condições de trabalho aos catadores(as) vinculados à unidade – com possibilidade de expansão para até 40 trabalhadores. A capacidade de triagem será de 80 toneladas por mês.

Durante a cerimônia, também foi anunciada a construção de uma nova UVR, no bairro Cidade Nova, também com apoio da Itaipu. O diretor-geral brasileiro da Binacional, Enio Verri, garantiu a continuidade da parceria da empresa com o Município em projetos aderentes à missão da empresa. “Nós entendemos que o lugar da Itaipu é aqui. A gente tem que estar onde de fato as pessoas precisam. A Itaipu, que representa o Estado Brasileiro, sente-se à vontade em dizer: contem conosco. Não é favor, é uma obrigação”, afirmou.

O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, reafirmou o compromisso do Município em ampliar o programa de coleta seletiva e garantir dignidade aos trabalhadores(as). “A maior obra que vamos deixar em Foz não é uma grande placa, mas é algo que contribua para a transformação social das pessoas. É pelas pessoas, pelo ser humano. Estamos fazendo aquilo que deveria e deve ser feito pelos governantes”, reiterou.

O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, observou que o Programa de Coleta seletiva desenvolvido em Foz do Iguaçu é modelo e com capacidade de ser replicado em outros municípios. “Graças ao trabalho desenvolvido em parceria, já são 56 municípios atendidos com apoio de Itaipu e serão mais 50 cidades no Estado. O que vocês fizeram aqui é pioneiro, extraordinário e será levado para mais lugares”, afirmou.

Biodigestor e placas solares

A UVR de Campos do Iguaçu também conta com um biodigestor, para a produção de biogás e biofertilizantes (adubo para plantas), e placas solares, que atenderão também a Unidade de Saúde do bairro e foram instaladas pela Itaipu.

O biodigestor será abastecido com sobras de alimentos do Centro Municipal de Educação infantil (Cmei) do Campos do Iguaçu e vai gerar o gás de cozinha que será usado na própria UVR. Já as placas fotovoltaicas poderão produzir energia tanto para a UVR quanto para o posto de saúde.

Franciele Taborda Freitas, catadora da UVR, também agradeceu ao Município, à Itaipu e ao Governo do Estado pelos investimentos. “Hoje é um dia muito importante e gostaria de agradecer a todos, em nome de todas as cooperativas, por tudo que vocês fizeram por nós. Eu e meu pessoal estamos gratos a cada um de vocês.”

A secretária de Meio Ambiente, Angela Meira, destacou a importância da participação dos moradores na Coleta Seletiva para a melhoria do programa e da renda dos catadores(as), que hoje chega a R$ 1.977,00. “Antes, esse valor era por família e hoje é a renda individual do trabalhador, mas ainda podemos avançar. Queremos que mais trabalhadores se integrem à Cooperativa e a renda deles melhore cada vez mais. Isso depende de cada um de nós”, disse.

Homenagens

A cerimônia de inauguração da UVR também foi marcada por homenagens à professora e ambientalista Tereza Ivete Signori, que dá nome à unidade. Tereza realizou trabalho voluntário junto à Pastoral da Criança e integrou a equipe de Educação Ambiental da SMMA, onde desenvolveu oficinas e cursos sobre alimentação saudável e aproveitamento dos alimentos. O nome foi proposto por meio de um concurso promovido pela Secretaria de Meio Ambiente.

Programa de Gestão de Resíduos Sólidos

O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos (GRS) da Itaipu tem se destacado como um mecanismo essencial de apoio aos municípios na busca por soluções sustentáveis para a destinação adequada de resíduos sólidos.

Desde a sua implementação, o programa tem fortalecido suas ações a cada ano. Hoje, conta com uma metodologia de implementação da reciclagem e incentiva práticas responsáveis com relação aos rejeitos e resíduos orgânicos nos 55 municípios abrangidos pela área de atuação da usina, em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (PTI-BR).

Com a expansão da área de abrangência da Itaipu, para 434 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul, este investimento será ainda maior. Está prevista a ampliação de mais 50 URVs, com apoio à gestão e infraestrutura, no modelo já consolidado nos municípios do Oeste do Paraná, com valores na casa de R$ 118 milhões, investimentos da Binacional.

Todas as ações socioambientais fazem parte do Programa Itaipu Mais que Energia, lançado na atual gestão brasileira da usina.

Com informações das Assessorias de Imprensa da PMFI e da Itaipu Binacional

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh. Em 2022, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai. A empresa tem como missão “Gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.”