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Convivência pacífica: IAT alerta para preservação de gambás no período reprodução

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A cena chamou a atenção de uma família de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. No começo deste mês, eles encontraram no quintal de casa uma gambá com oito filhotes. Ela estava debilitada e machucada após ter sido atacada por um cachorro. Os filhotes, com aproximadamente três semanas de vida, assustados e com pouco peso (37 gramas em média). Apenas quatro sobreviveram. A mãe também não resistiu.

As crias foram encaminhadas pelo Instituto Água e Terra (IAT) para tratamento intensivo com um dos voluntários cadastrados no programa Cuidados e Reabilitação Intensiva de Animais Silvestres (CRIA), implementado pelo órgão ambiental no ano passado.

A situação chama ainda mais a atenção para a necessidade de uma convivência pacífica com esses animais, especialmente a partir desta época do ano, próximo ao início da primavera. A transição dos dias mais frios para o início da temporada de calor coincide com o período de reprodução dos gambás, fazendo com que esses animais se tornem mais vulneráveis por se proliferarem muito rapidamente.

A médica veterinária do IAT Fabiana Baggio, explica que, por causa da fase reprodutiva, as fêmeas ficam mais lentas por terem de carregar os filhotes em uma bolsa natural localizada na região do abdômen, os marsúpios, o que aumenta a probabilidade de serem vítimas de acidentes, especialmente durante o dia, quando saem em busca de alimentos, comumente em áreas urbanas.

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“É o momento em que os gambás estão mais ativos em busca de parceiros, transitando em locais muitas vezes movimentados, urbanos. A população precisa entender que o mais importante é uma convivência pacífica, e que os espaços dos gambás sejam respeitados. Eles não atacam, não vão fazer mal nenhum”, destaca. “Reforço, é necessário prezar pela convivência pacífica”, acrescenta Fabiana.

Ela ressalta que esses mamíferos são essenciais para manter o equilíbrio do ecossistema, já que, ao se alimentarem de frutos, auxiliam na dispersão de sementes, o que contribui para o surgimento de novas árvores. Além disso, dentro do seu papel ecológico, se alimentam de espécies venenosas e peçonhentas como serpentes, escorpiões e aranhas, e tem a capacidade de comer milhares de carrapatos por semana.

“Nessa época aparece muito gambá vítimas de ataque, que pelas lesões vemos que levaram pauladas. Nada disso é necessário. Eles são pacíficos e importantes para o equilíbrio natural do meio ambiente”, diz Fabiana.

CRIA – O programa Cuidados e Reabilitação Intensiva de Animais Silvestres (CRIA), ação de voluntariado do IAT, resgatou 83 gambás do ano passado. Todos encaminhados para tutores temporários e, depois de recuperados, devolvidos ao meio ambiente. A voluntária Mirian Holztratner, por exemplo, é quem está cuidando dos filhotes encontrados em São José dos Pinhais. “Como eles ainda não geram calor sozinhos, montei uma incubadora artesanal que permite que a temperatura fique constante e tenha umidade no ambiente, para simular o marsúpio da mãe”, conta Mirian, que faz da sua casa abrigo temporário de gambás desde o início do programa.

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O Instituto Água e Terra é responsável pela análise do retorno desses animais ao habitat natural. Para que eles consigam sobreviver na natureza é preciso que tenham mais de 18 centímetros de comprimento, com idade estimada de 13 a 14 semanas de vida, além de pesar mais de 400 gramas.

COMO PROCEDER – O convívio com os gambás pode ser pacífico desde que algumas providências sejam tomadas. Normalmente, eles procuram locais fechados e protegidos, como forros e telhados de residências. A indicação é vedar esses locais para evitar que os animais entrem.

Outra forma evitar que sejam atraídos é não deixar alimentos disponíveis no quintal, como ração de cães e gatos; manter latas de lixo fechadas com cadeados; e não acumular de lixo ou entulhos.

Em casos de acidentes, atropelamentos ou riscos de ataques por animais domésticos, o conselho é entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de seu município, com o escritório regional do IAT mais próximo da ocorrência ou, ainda, com o Setor de Fauna do IAT, que fica em Curitiba.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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