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BRDE financiou R$ 1,2 bilhão em projetos de energia limpa no Paraná desde 2019

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Os investimentos no setor de energia, que compreendem energias limpas, renováveis e eficiência energética, totalizaram R$ 2,89 bilhões em operações realizadas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) de 2019 até agosto passado na região Sul. Desse valor, 37%, ou seja, em torno de R$ 1,28 bilhão, correspondem a financiamentos de projetos sustentáveis realizados no Paraná, muitos deles viabilizados por meio do Banco do Agricultor.  

Os irmãos Roberto e Paulo Adami, que produzem matrizes de aves em Congoinhas, na região Norte do Paraná, são clientes do BRDE há 11 anos, desde que começaram a estruturar o negócio. O investimento mais recente, para aquisição de placas fotovoltaicas, também é fruto dessa parceria. O financiamento aconteceu com recursos das linhas Agronegócio Sustentável e Energias Renováveis.

“É um investimento autossustentável. Pagávamos em torno de R$ 10 mil mensais na conta de luz e hoje a média é R$ 330. A diferença entre esses valores representa o que financiamos em longo prazo, então essa conta fecha com esse tipo de crédito proposto pelo BRDE”, explica Roberto. 

Ele ressalta que o projeto também se ajusta às diretrizes de sustentabilidade exigidas pelos compradores. “A adequação dessa produção aviária, por meio de energia fotovoltaica, faz parte das metas das empresas com as quais temos negócios”, detalha.

Roberto explica que cada etapa da produção de aves é dividida em núcleos, desde quando são pintinhos até a fase do abate e cada uma delas tem um gasto específico de energia, de acordo com a necessidade do animal. “Depois do novo investimento em todas elas estou pagando o mínimo. Então em um ano eu pago todas as parcelas sem os juros, pois são reembolsáveis”, explica. “Eu faço questão de ressaltar que a equipe de analistas do banco dá um suporte muito bom para o cliente, em que o negócio flui”. 

De acordo com os empresários de Congonhinhas, os novos investimentos nas unidades de criação de aves matrizes geraram 25 empregos diretos. Eles produzem 150 mil aves por mês e ajudaram o Paraná a alcançar o recorde histórico de um primeiro semestre em sua história: 1,07 bilhão de unidades abatidas entre janeiro e julho de 2023.

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Dentro do BRDE, esse financiamento está em uma linha que contempla implantação, modernização ou repotencialização de unidades geradoras de energia hidráulica, solar, eólica e demais energias renováveis, assim como a aquisição de turbinas, geradores fotovoltaicos, aerogeradores e outros equipamentos para geração de energia e capital de giro associado.

Ela também atende projetos que visem a eficiência energética das empresas com redução e otimização do consumo de energia. O principal diferencial do programa consiste na redução das tarifas de juros. 

Para o BRDE, é um movimento essencial para o futuro. “O BRDE tem como propósito promover o desenvolvimento social e econômico por meio das ações humanas que criam projetos que amplificam a participação da sociedade, através das políticas públicas, como facilidade do crédito e oportunidade para alcançar mais pessoas”, detalhou o diretor Financeiro do BRDE, Wilson Bley Lipski. 

“A geração de empregos associada à preocupação de manter um negócio com critérios de sustentabilidade são pontos essenciais que conectam objetivos do governo estadual e do BRDE. Os produtores rurais também estão mais receptivos às novas tecnologias para expansão de seus empreendimentos”, complementou o diretor Administrativo do BRDE, João Biral Junior. 

BANCO DO AGRICULTOR – O Governo do Estado promoveu alterações nas normas do Banco do Agricultor Paranaense, por meio do Decreto 3.289/2023, ampliando o escopo das ações. As principais mudanças incluem linha específica para mulheres agricultoras familiares, a ampliação da equalização total da taxa de juros para diversas atividades agropecuárias e a possibilidade de investimento em energia renovável biogás/biometano por pessoa jurídica e não apenas física. 

O novo documento altera dispositivos do Decreto 10.163, de 3 de fevereiro de 2022, que regulamenta a Lei 20.357, de 20 de outubro de 2020, proposta pelo governo e aprovada pela Assembleia Legislativa. Por meio dela, o Estado foi autorizado a conceder subvenção econômica a cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e a agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia e programas destinados à irrigação, entre outros. 

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A Fomento Paraná, que é gestora do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), foram autorizados a celebrar convênios com órgãos ou entidades financeiras do Sistema Nacional de Crédito Rural para concessão da subvenção em operações de crédito rural a beneficiários desse programa. 

Segundo o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a energia passou a ser um insumo relevante nos processos produtivos, responsável por grande parte do custo de produção. “Por isso é nossa obrigação buscar e oferecer condições para que os agricultores tenham acesso a fontes mais sustentáveis”, afirma. “No Paraná temos o privilégio de ter bons parceiros nesse trabalho, como o BRDE, a Fomento Paraná e diversas instituições financeiras”. 

Ortigara destacou os dois principais programas de fomento à energia renovável tanto solar voltaica como biogás/biometano, que são o Banco do Agricultor Paranaense e o RenovaPR. “São oportunidades grandiosas oferecidas aos produtores para sermos produtivos do ponto de vista econômico e ambiental, demonstrando ao mundo que fazemos as coisas do jeito certo, com sustentabilidade e sem desperdício”, completa. 

“Ampliamos o alcance do programa Banco do Agricultor Paranaense com objetivo de apoiar diversas culturas que não entraram no escopo inicial, atendendo principalmente a agricultura familiar e proporcionando acesso a financiamentos com taxa zero de juros. Mas também os médios e grandes produtores, que não fazem parte do Pronaf, também poderão contar com uma redução nos juros em projetos de valores acima de R$ 500 mil”, acrescenta o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves. 

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e aumentar liderança nacional de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

PECUÁRIA – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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