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Comissão do Paraná discute políticas antimanicomiais com representantes do CNJ

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A Comissão de Monitoramento de Políticas Antimanicomiais do Paraná esteve nesta semana no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para discutir propostas e soluções junto ao Poder Judiciário, e assegurar os direitos dos pacientes em privação de liberdade nos presídios do Estado

A comissão é um desdobramento do Grupo de Trabalho liderado pela Casa Civil do Governo do Paraná para discutir o tema. Ela é composta por representantes do Departamento de Polícia Penal do Estado (Deppen), Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (Seju), Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Família (Sedef), Secretaria da Saúde (Sesa), Ministério Público do Paraná (MP-PR) e Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR).

A intenção é que a comissão atue para viabilizar soluções conjuntas com o Poder Judiciário a fim de cumprir a Resolução do 487 do CNJ até maio de 2024, quando os Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico devem ser fechados. Em junho, o Poder Executivo assinou um Protocolo de Intenções junto ao Poder Judiciário visando a cooperação para implementação da nova legislação.

A Política Antimanicomial visa melhorar o tratamento das pessoas com transtorno mental ou qualquer forma de deficiência psicossocial que estejam de alguma maneira ligadas ao Poder Judiciário, seja por custódia, acusadas, rés ou privadas de liberdade, em cumprimento de pena ou de medida de segurança, em prisão domiciliar, em cumprimento de alternativas penais, monitoração eletrônica ou outras medidas em meio aberto, e conferir diretrizes para assegurar os direitos dessa população.

“O Paraná sempre esteve na vanguarda quando se trata de assuntos relacionados aos direitos humanos. Pretendemos viabilizar ações, termos, convênios e outros instrumentos legais a fim de colaborar com o Judiciário na construção de políticas antimanicomiais em nosso Estado”, afirmou o diretor-geral da Casa Civil, Luciano Borges. “Precisamos enfrentar esse problema e a união do Executivo com o Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública mostra a sinergia e o empenho do Paraná em encontrar soluções efetivas”.

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No encontro, em Brasília-DF, o grupo teve a oportunidade de apresentar ao desembargador Luís Geraldo Lanfredi, coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF), as propostas colhidas a partir das experiências do sistema paranaense. 

Para Lanfredi, este é um tema que exige todo o envolvimento da sociedade na busca de soluções. “É necessário adequarmos o tratamento de saúde e o cuidado que essas pessoas efetivamente merecem. Estou impressionado com a qualidade dessa comissão e com a maturidade que o tema vem sendo enfrentado no Estado do Paraná, liderado pelo governador Ratinho Junior, sempre muito disposto à soluções para o tema, como também foi observado pela ministra Rosa Weber em sua visita ao Paraná”, afirmou. 

EXEMPLOS DE OUTROS ESTADOS – Antes do encontro no Distrito Federal, a comissão passou por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, onde conheceu exemplos de abordagens nessa área.

Hoje, o paciente com medida de segurança no Paraná é levado diretamente para o sistema penitenciário, mas dentro de uma estrutura à parte de outros apenados. Com a nova regra, uma vez reconhecido o transtorno, o paciente deve ser encaminhado ao sistema de saúde.

Para tanto, as soluções podem passar pela estruturação de um sistema conector que ajusta as medidas judiciais e legais com os atores da saúde. É o modelo adotado em Minas Gerais por meio do Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental (PAI-PJ). O programa idealizado pelo TJ-MG é pioneiro no País no atendimento aos infratores portadores de sofrimento mental. 

Para o diretor-geral da Secretaria da Saúde, César Neves, a resolução do CNJ ajuda a resgatar uma dívida histórica que existe com esse público. “Cabe aos estados agora visitar as experiências exitosas a fim de que a modelagem a ser estruturada no Paraná seja a melhor possível, a mais assertiva, condizente com a realidade do Estado. Precisamos tirar os pacientes do sistema, mas é imperioso que eles tenham atendimento e tratamento de saúde adequados, a fim de que possam retornar para o convívio familiar e da sociedade”, disse.  

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O coordenador de Políticas Públicas da Casa Civil, Renan Barbosa, explica que o programa mineiro traz bons exemplos que entrelaçam os gestores do sistema. “A experiência em MG nos trouxe uma nova visão a respeito dos conectores e o protagonismo do Poder Judiciário na orientação para solução do problema, uma vez que é necessário pensar na ligação com os municípios, com o sistema de saúde e com o sistema penal. Essa é uma responsabilidade que precisa ser compartilhada”, afirmou. 

Os exemplos colhidos nos dois estados serão estudados pelo Judiciário do Paraná. Para o coordenador do GMF/TJ-PR, desembargador Ruy Muggiati, os modelos existentes podem ser replicados. “Os ensinamentos são preciosos para definir rumos e sinalizar os indicadores dos caminhos que precisam ser feitos para que esta política possa ter sucesso”, concluiu.

COMISSÃO – Também participaram da viagem o diretor-geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública, coronel Carlos Eduardo Cidreira; o policial penal Blacito Sampaio; a defensora pública Andreza Lima de Menezes, coordenadora do Núcleo de Política Criminal e Execução Penal da Defensoria; o promotor de Justiça, Daniel Pedro Lourenço, do CAOP Saúde; o chefe de Gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Família (Sedef), Junior Emerson Zarur; e o diretor-geral da Secretaria de Justiça e Cidadania, Eduardo Marafon.

Fonte: Governo PR

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Com aporte de R$ 25 milhões do Estado, Imbituva ganhará um Hospital Municipal

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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), autorizou nesta quinta-feira (10) a abertura da licitação do Hospital Municipal de Imbituva, na região dos Campos Gerais. Para viabilizar a obra, a Sesa destinou um aporte financeiro de R$ 25 milhões ao município. O recurso garante a execução integral do projeto, que prevê a construção de uma unidade hospitalar com área total de 2.965 metros quadrados, moderna e adaptada às necessidades da população local.

O hospital contará com 48 leitos destinados à internação e à recuperação de pacientes, além de ofertar atendimentos de média complexidade em especialidades estratégicas como ortopedia, oftalmologia e obstetrícia. A estrutura também contemplará salas de cirurgia, centro de diagnóstico e ambientes planejados para garantir a segurança, o conforto e a humanização no atendimento.

“Estamos garantindo estrutura moderna e ampliada para que os municípios atendam sua população com eficiência. Esses investimentos refletem nossa política de regionalização da saúde. Cada centavo aplicado significa vidas salvas e atendimento de qualidade garantido”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

A unidade está projetada para atender cerca de 30 mil moradores do município e de cidades vizinhas, reforçando a regionalização da assistência hospitalar.

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O prefeito de Imbituva, Bertoldo Rover, celebrou a conquista. “Estamos escrevendo um novo capítulo na saúde do nosso município. Esse é um sonho antigo e não tenho dúvidas de que este hospital irá garantir atendimento digno e humanizado para nossa população”, destacou.

Durante o evento, foi anunciada a construção de uma Clínica de Fisioterapia, com investimento de R$ 1,8 milhão. A unidade terá 350 m² e contará com um salão amplo e moderno, equipado para a prática de cinesioterapia e mecanoterapia, técnicas fundamentais para a recuperação de pacientes com limitações motoras, dores crônicas ou em processo de reabilitação pós-cirúrgica.

O espaço também inclui um jardim sensorial ao ar livre que estimula os sentidos e promove bem-estar físico e emocional, favorecendo especialmente o tratamento de pessoas com deficiência ou em processo de reabilitação neurológica.

TEIXEIRA SOARES – Ainda nos Campos Gerais, o Governo do Estado autorizou um investimento de R$ 1 milhão em aditivos para dar continuidade às obras de ampliação e reestruturação da Associação de Amigos do Hospital de Teixeira Soares, instituição filantrópica que atende usuários do SUS.

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Entre as melhorias previstas estão a reforma da área assistencial atual e a ampliação dos setores de serviço social, sala de reunião, administração, sala de espera, recepção e triagem, além da adequação da área de emergência.

Também será construída uma nova entrada para o pronto-socorro e uma cobertura específica para o recebimento das ambulâncias, garantindo mais conforto e agilidade no atendimento emergencial, garantindo uma reforma de 875,47 m² da área já existente, aliada à ampliação de 283,50 m². Atualmente, as obras estão 67% executadas.

“Esse é um governo diferenciado, que olha para o cidadão com respeito e sensibilidade. Agradecemos profundamente por todo o apoio que encontramos no Estado para cuidar dos nossos cidadãos”, afirmou o prefeito de Teixeira Soares, Evanor Mueller.

PRESENÇAS – Participaram da autorização de recursos os deputados estaduais Hussein Bakri, líder do Governo, e Artagão Junior; além de prefeitos, vereadores e lideranças da região.

Fonte: Governo PR

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