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Ganhos de logística da Nova Ferroeste são apresentados em feira no Mato Grosso do Sul

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A ampliação da malha ferroviária proposta pelo Governo do Paraná com a Nova Ferroeste foi um dos principais temas debatidos nesta quarta-feira (30) na feira agrícola Ponta Agrotec, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Com recordes na colheita de soja e milho se sobrepondo ano a ano nos dois estados, fortalecer a logística com trânsito célere – e com menor custo – da safra e dos insumos é uma demanda crescente que reforça a importância do projeto.

No evento, uma mesa-redonda sobre “Integração Ferroviária e sua importância econômica” trouxe para a discussão a situação atual com o escoamento da produção baseado no modal rodoviário. Foram avaliados os interesses nacionais e internacionais, em especial do Paraguai, com a participação de representantes do Mato Grosso do Sul, Paraná, governo federal e governo paraguaio.

A Nova Ferroeste visa a conexão por trilhos dos estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. A malha com 1.567 km de extensão vai criar uma alternativa mais econômica e sustentável para o transporte de grãos, insumos e proteína animal com uma ferrovia moderna e eficiente. Ela vai ligar Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá, com ramais que também devem ir a Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai e a Argentina, e Chapecó (SC). É o único projeto ferroviário estadual incluído no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

O coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, disse que o projeto vai ampliar a integração regional. “O Paraná alcançou recorde na produção de soja na última safra de verão, o que exige cada vez mais um planejamento logístico mais robusto. A Nova Ferroeste vai trazer competitividade para os produtos, seja do Paraguai, do Mato Grosso do Sul, de Santa Catarina e do próprio Paraná porque vai reduzir o custo logístico em 30%”, afirmou.

“Nós estamos aproveitando a posição geográfica estratégica do Paraná. Num raio de 1.000 km ou 1.500 km ao redor do Estado gravita 70% da economia da América do Sul e nós temos o segundo maior porto do País. A Nova Ferroeste vai conectar tudo isso”, completou.

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O Mato Grosso do Sul também será beneficiado. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado vizinho prevê uma produção agrícola total de 72,09 milhões de toneladas em 2023, o que representa alta de 12,89% em relação a 2022 e de 0,15% em relação à área colhida. O cultivo de soja e milho ocupam as primeiras posições com a expectativa com 13,90 milhões de toneladas e 11,44 milhões de toneladas, respectivamente.

“A Nova Ferroeste vai dar mais competitividade ao Mato Grosso do Sul que é um grande exportador de comoditties e hoje escoa boa parte de sua produção pelo Porto de Paranaguá. Com o novo modal haverá uma mudança no eixo logístico estadual e uma reorganização do tráfego nas rodovias. Por isso, é um projeto prioritário para o estado”, salientou o secretário da pasta, Jaime Verruck.

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Nova Ferroeste identificou que se a ferrovia existisse hoje poderia transportar 3 milhões de toneladas de soja, milho, farelo de soja e açúcar ao ano do Mato Grosso do Sul com destino ao Porto de Paranaguá.

Para o ministro João Carlos Parkinson, da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, que também participou das discussões, é preciso fomentar o transporte ferroviário no País. “Com o aumento da produção agrícola e a movimentação de grãos, a malha rodoviária está bastante sofrida, e é necessário incentivar o transporte de grãos e outros produtos de grande volume por ferrovia”, destacou.

Já o Paraguai pode usufruir da malha ferroviária em dois pontos. Através do eixo principal, entre Maracaju e Guaíra, e pelo ramal de Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira.

Para o presidente da Fepasa (Ferrocarriles Del Paraguay S.A.), Ramiro Rodriguez, a Nova Ferroeste representa uma grande oportunidade de melhorar a integração logística com o Brasil. “Pretendemos fazer investimentos no nosso país, tendo essa perspectiva, a certeza de que poderemos nos conectar com o Brasil. Assim poderemos melhorar o escoamento da produção do Paraguai, Mato Grosso do Sul e Paraná”, avaliou.

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PORTO DE PARANAGUÁ – O Litoral do Paraná é a porta de saída de boa parte da produção agrícola do Mato Grosso do Sul. Um levantamento recente da Portos do Paraná apontou o acesso de 36.257 caminhões vindos do estado para o Porto de Paranaguá no primeiro semestre deste ano. Foram descarregadas 1,4 milhão de toneladas de soja, milho, farelo e trigo que seguiram para o mercado externo, em especial o asiático.

Já o Terminal de Contêineres do Paraná (TCP) é estratégico para a economia paraguaia. Além de exportar parte da colheita da soja cultivada no país vizinho, Paranaguá é essencial para a entrada de milhares de contêineres com produtos diversos que são comercializados. De janeiro a julho desse ano, o terminal recebeu 1.550 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), tendo como destino final o Paraguai.

“Há uma grande demanda de volume em produtos como pneus, defensivos agrícolas e peças automotivas. Vemos um crescimento de cargas, se comparado a 2020 (837 TEUs)”, informou o gerente comercial, de Logística e Atendimento ao cliente do TCP, Giovanni Guidolim. “Entre os projetos mais aguardados para atrair este público é a Nova Ferroeste, que permitirá uma ligação direta entre Paranaguá e Paraguai, fornecendo um transporte ainda mais seguro, com custos competitivos e ampla capacidade”.

EVENTO – Esta é a segunda edição da Ponta Agrotec. A feira agrícola tem duração de quatro dias, ocupa uma área de 7 mil metros quadrados e promove a integração entre empresas, produtores rurais, pesquisadores e lideranças do setor. A estimativa é receber mais de 8 mil visitantes até sábado (2/9), último dia do evento.

Fonte: Governo PR

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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