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Inspirado pelo Santa Maria, IAT estuda ampliar corredores ecológicos do Paraná

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Uma imensidão verde de 906 hectares no Oeste do Paraná que abriga árvores nativas, água limpa e diferentes espécies animais como a onça-parda, o quati e o macaco-prego. Esse é o Corredor Ecológico Santa Maria, que nasce na fazenda de mesmo nome, nas imediações de Santa Terezinha de Itaipu, e parte rumo à Argentina, seguindo o fluxo das bacias do Rio Paraná e Rio Iguaçu, com conexão entre o reservatório da Usina Itaipu Binacional e o Parque Nacional do Iguaçu (PNI).

A faixa paranaense de preservação do meio ambiente completou duas décadas há pouco e virou referência em restauração ambiental para o País e um exemplo que será replicado em outros cantos do Estado. É apenas um dos três corredores ecológicos homologados pelo Ministério do Meio Ambiente, ao lado do Capivara-Confusões, no Piauí, e o Caatinga, que corta os estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe, Piauí e Alagoas.

Case de sucesso para o reestabelecimento da fauna e flora regionais que fez com o que o Instituto Água e Terra (IAT), por meio do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI), desse início aos estudos para a criação de novos corredores verdes que vão interligar as Unidades de Conservação (UCs) estaduais. O projeto, mesmo que ainda em fase embrionária, já saiu das pranchetas. Uma dessas novas faixas em estudo pelo órgão ambiental seguiria o percurso do Rio São Camilo, partindo de Palotina para se encontrar com o Rio Piquiri, e de lá para o Parque Nacional de Ilha Grande, em Guaíra, também no Oeste. Há outros pontos sendo avaliados.

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“Iniciamos um processo de regeneração desse local em 2005, especialmente em relação à mata ciliar. Acabou que esse corredor do São Camilo se tornou bastante importante e influente, com um trânsito de fauna bem interessante”, explica Norci Nodari, chefe de três UCs administradas pelo IAT na região e com o conhecimento de causa de quem há mais de 40 anos trabalha com a recuperação do meio ambiente. “Essas conexões são de vital importância para a vida animal, a fauna silvestre, berços para ninho de aves e habitat natural de outras espécies”, acrescenta.

HISTÓRICO – O Santa Maria está inserido parcialmente na Fazenda de mesmo nome, propriedade particular que foi declarada como uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) na década de 1990. Foi reconhecido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2001.

“O proprietário da fazenda doou uma grande área para poder conectar a sua RPPN com o Lago de Itaipu, visto que a propriedade tem outros remanescentes florestais e pequenos riachos próximos ao Parque Nacional do Iguaçu”, recorda o chefe do escritório regional do IAT em Foz do Iguaçu, Carlos Píttom.

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É fruto de um arranjo entre diferentes instituições, com apoio fundamental da comunidade local, especialmente os proprietários de terra que cederam partes de suas propriedades para a formação do corredor, que hoje soma 906 hectares.

O esforço para recuperar e conservar a área envolveu o plantio de 128 mil mudas por parte do IAT (IAP à época), especialmente para a recuperação das microbacias dos rios Bonito e Apepu, e a instalação de 75 km de cercas para proteção da mata.

De acordo com a Itaipu, também protagonista nesse processo de criação e consolidação do Santa Maria, pesquisas desenvolvidas no corredor atestam os bons resultados da iniciativa, com a identificação de 135 espécies de aves; mais de 140 espécies de árvores da Mata Atlântica; além da identificação de novas espécies como a rã-bugio e o rato-do-brejo.

Segundo Norci Nodari, o Santa Maria tem a função de promover a ligação entre áreas florestais e Áreas de Proteção Ambiental (APA) para a passagem de animais silvestres de diferentes espécies, como aves em rotas migratórias ou mamíferos que não têm moradia fixa, além da preservação da vegetação nativa e a qualidade do solo. “Possibilita também o deslocamento seguro em meio a mata de animais como veados-catingueiros, onça-parda, lontras, capivaras, cutias, antas, gato-maracajá e iraras”, destaca Nodari.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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