14 de Abril de 2025
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    Tecpar recebe incentivos fiscais para projeto de P&D de vacina antirrábica veterinária

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    O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) recebeu nesta sexta-feira (28) o certificado de participação no Programa Tecnoparque, da Prefeitura de Curitiba, da Agência Curitiba de Desenvolvimento. Ele prevê que parte dos impostos municipais possam ser investidos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

    Para participar do programa, a empresa candidata precisa apresentar à Agência Curitiba de Desenvolvimento o seu Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica, que passará pela aprovação de uma curadoria.

    No caso do Tecpar, a inovação proposta foi para o desenvolvimento de um novo método de produção da vacina antirrábica veterinária, um dos produtos que há mais tempo fazem parte do portfólio do instituto.

    Para produzir a vacina atualmente um dos insumos usados é o soro fetal bovino. Pelo projeto que garantiu o regime diferenciado de tributação de Imposto Sobre Serviços (ISS), o Centro de Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos do Tecpar vai desenvolver uma metodologia que não use esse soro.

    Há várias vantagens em conseguir fabricar a vacina sem o insumo, como não precisar de processos internos de controle da qualidade do produto para identificar a presença de eventuais contaminantes e também para evitar ocasionais reações alérgicas, causadas por proteínas presentes no soro, em cães e gatos que são imunizados.

    Mas a principal razão é econômica: hoje, a aquisição desse soro representa cerca de 75% do custo total dos insumos utilizados para produzir a vacina antirrábica veterinária.

    “O Governo do Estado tem um forte compromisso com a inovação e o Tecpar estuda sempre novos mecanismos para consolidar sua posição como instituto de ciência e tecnologia. A entrada do Tecpar no programa Tecnoparque representa mais recursos para investir em Pesquisa e Desenvolvimento”, destacou o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss.

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    Segundo o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão, o Tecnoparque visa fomentar projetos de inovação de empresas públicas ou privadas, não só num espaço específico de Curitiba, mas por toda a cidade. O projeto aprovado faz com que parte do valor do ISS que estas empresas pagariam à prefeitura seja reinvestido.

    “Nada mais justo que o Tecpar, que desenvolve melhorias para vacina antirrábica que podem revolucionar o setor da biotecnologia, faça parte deste projeto. Isso gera ganhos para toda a sociedade brasileira”, disse.

    “O Tecpar é um dos melhores espaços do Brasil no desenvolvimento de projetos de biotecnologia, tem a incubadora, além de outros projetos ligados à ciência, inovação e tecnologia. Estamos juntos e vamos desenvolver ainda mais projetos em colaboração, que vão beneficiar toda a sociedade”, afirmou Dario Paixão.

    O prazo de incentivo fiscal para o desenvolvimento do projeto é de 36 meses.

    PESQUISA E DESENVOLVIMENTO – A linha de pesquisa aprovada pela Prefeitura de Curitiba foi proposta no projeto de pesquisa “Desenvolvimento de vacina antirrábica para cães e gatos em cultura de células BHK-21 adaptadas à suspensão e livre de soro”.

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    Ele foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde, no âmbito da chamada  “Pesquisas Estratégicas com Vacinas desenvolvidas no Brasil, na linha de vacinas para cães ou gatos com impacto na saúde humana”.

    A chamada teve como objetivo apoiar projetos de pesquisa que contribuam significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação em vacinação no Brasil, com foco em vacinas desenvolvidas no País.

    PROGRAMA CURITIBA TECNOPARQUE – Pelo programa, a Prefeitura de Curitiba reduz de 5% para 2% a alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS) a ser recolhido pela empresa que satisfaça as exigências legais e que tenha seu Projeto de Pesquisa e Inovação aprovado pela Agência Curitiba de Desenvolvimento.

    Entre as características que a empresa precisa para se candidatar estão, por exemplo, o desenvolvimento de produtos ou processos tecnologicamente novos ou melhorias tecnológicas significativas em produtos ou processos existentes, bem como o emprego, em atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, de mestres, doutores ou profissionais de titulação equivalente em percentual igual ou superior a 5% do quantitativo total de seu quadro de pessoal.

    Fonte: Governo PR

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    Semana Cultural Indígena Guarani deve reunir quase 5 mil pessoas em Diamante D’Oeste

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    Diamante D’Oeste, na região metropolitana de Toledo, será o epicentro da cultura indígena paranaense nos próximos dias. A partir desta segunda-feira (14), a cidade recebe a Semana Cultural Indígena Guarani, que chega à 19ª edição. A programação segue até quarta-feira (16) e deve reunir quase 5 mil pessoas na Escola Estadual Indígena Araju Porã.

    As atrações programadas incluem apresentações culturais, danças, exposições, vendas de artesanato e trilha na natureza. O evento é aberto não só às comunidades locais, mas a toda a sociedade. Para agendar visitas em grupo, escolas e universidades devem preencher um formulário on-line.

    A Semana Cultural ocorre em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado (19). Conforme os organizadores, o principal objetivo da ação é fortalecer e valorizar a tradição dos povos Guarani. “É um momento em que a comunidade indígena pode levar sua cultura para os não-indígenas. Nosso interesse é mostrar que existe uma cultura milenar e que o povo Guarani mantém sua língua e suas tradições. Realizar um evento como esse é muito gratificante”, diz o professor Teodoro Tupã Alves.

    A Escola Estadual Indígena Araju Porã organiza a atual edição da Semana em parceria com o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e e as associações comunitárias indígenas Tekoha Itamarã (Aciti) e Tekoha Añetete (Acitea). Apoiam a iniciativa a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, o governo federal, a Prefeitura Municipal de Diamante D’Oeste e a Itaipu Binacional.

    “A Semana Cultural Indígena Guarani já se consolidou como um dos principais eventos culturais da região, e isso fica evidente pela quantidade de parceiros e apoiadores que tem angariado ano a ano. Além da celebração da cultura indígena, a Semana é também um espelho do papel fundamental que as escolas estaduais indígenas desempenham junto às comunidades locais”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

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    CRESCIMENTO E VALORIZAÇÃO – A Semana Cultural Indígena Guarani é realizada anualmente desde 2006. Responsáveis pela criação do evento, as escolas estaduais indígenas Araju Porã e Kuaa Mbo’e se alternam como sede das edições anuais.

    Desde a primeira realização, há 19 anos, a iniciativa ganhou visibilidade e se tornou uma das principais atrações culturais da região. Conforme os organizadores, a Semana Cultural Indígena Guarani é, hoje, o evento que mais atrai pessoas de outros municípios para Diamante D’Oeste.

    “As expectativas são excelentes. O diferencial desta edição é justamente o potencial de ampliação. Neste ano, queremos consolidar a Semana Cultural Indígena Guarani, não só para o município, mas como uma referência regional quando se trata de cultura indígena”, afirma Mauro Dietrich, diretor da Escola Estadual Indígena Araju Porã, que reúne cerca de 80 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

    “Para isso, contamos com o trabalho dos professores e funcionários tanto aqui da Escola Estadual Araju Porã quanto do Colégio Estadual Kuaa Mbo’e. São cerca de 52 profissionais da educação que direcionam esforços para o sucesso desta Semana Cultural”, acrescenta.

    Além de estudantes e membros das próprias comunidades indígenas, moradores locais e excursionistas de outras regiões têm prestigiado as edições recentes da Semana Cultural Indígena. Em 2024, os três dias de programação reuniram quase 4 mil visitantes.

    “Recebemos muitos visitantes da região e até de outros locais do Estado. Isso reforça o trabalho que é feito pelas escolas no contexto de dar visibilidade à cultura e à tradição Guarani para a sociedade envolvente, e também é uma forma de desconstruir estereótipos em relação aos povos indígenas”, aponta o diretor do Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, Jairo Cesar Bortolini.

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    Os cerca de 140 alunos do colégio, matriculados em turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, também participam da organização do evento junto a professores e funcionários.

    ESCOLAS INDÍGENAS – A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem a cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

    O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

    Além da manutenção das escolas indígenas, a Seed-PR promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura indígena em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

    Fonte: Governo PR

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