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Estado leva ações de fomento científico e tecnológico focadas na pesquisa à reunião da SBPC

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O Governo do Estado participou nesta terça-feira (25) de uma sessão especial da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), com foco em avaliação e financiamento de pesquisas. O evento integrou a programação da 75° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece em Curitiba até o próximo sábado (29), com participação de milhares de acadêmicos, entre estudantes, professores e pesquisadores de todo o Brasil.

Ao lado de representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Marcio Spinosa, destacou os instrumentos de fomento científico do Paraná.

Em um auditório com pesquisadores de vários estados brasileiros, o gestor enfatizou o projeto Rotas Estratégicas dos Ecossistemas Regionais de Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I), que mapeou as vocações regionais voltadas ao desenvolvimento sustentável; a plataforma digital iAraucária – bancos de dados com informações sobre produções científicas e pesquisadores paranaenses; e os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napi), que agrupam linhas de pesquisas, convergindo diferentes áreas do conhecimento.

“Esses três instrumentos possibilitam viabilizar os recursos financeiros e a inteligência, o que chamamos de smart money. O fomento não está relacionado apenas ao suporte financeiro. O que temos proposto é um novo modelo de mobilização que envolve a questão financeira, inteligência e articulação para obtermos a geração de riqueza e a qualidade de vida das pessoas, por meio da ciência, tecnologia e inovação”, explicou Spinosa.

Ao longo desta semana, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e a Fundação Araucária estão com espaços institucionais abertos ao público no pavilhão da 30ª Exposição de Ciência e Tecnologia (Expotec 2023). Simultaneamente, as sete universidades estaduais promovem projetos de ensino, pesquisa e extensão no pavilhão da SBPC Jovem.

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BIODIVERSIDADE – Uma pequena amostra do trabalho desenvolvido pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi Taxonline) chamou a atenção dos visitantes do espaço da Fundação Araucária. Esse Napi reúne 50 coleções biológicas das áreas da Botânica, Zoológica e Microbiológicas e mais de 230 espécies novas de grupos diversos que não eram conhecidas pela ciência, como insetos, bactérias, fungos, plantas, anelídeos, ascídias e peixes.

“As coleções científicas são importantes fontes de informação e em alguns casos a única fonte de informação da biodiversidade. As coleções biológicas são a base para qualquer estudo em biodiversidade e aplicação biotecnológica”, ressaltou Cristiano Marcondes Pereira, que atua como bolsista de Desenvolvimento Científico e Regional do Napi Taxonline. “Um dos papéis deste arranjo é tornar públicas essas informações, principalmente para os pesquisadores”.

POVOS INDÍGENAS – Também no evento, a Seti anunciou o XXIII Vestibular de Povos Indígenas do Paraná que será realizado em março de 2024. A iniciativa consiste em uma Política Pública de Estado amparada pela Lei nº 14.995/2006, que promove um vestibular específico para indígenas paranaenses para ingresso nas sete universidades estaduais e na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A coordenadora da Comissão Universidade para os Povos Indígenas (Cuia), professora Dulcinéia Galliano Pizza, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), salientou a importância do programa governamental para assegurar o acesso desse público à educação superior. “A ideia é que estudantes indígenas tenham a oportunidade de cursar qualquer curso superior com a mesma possibilidade de escolha e a mesma chance que outros candidatos”, afirmou.

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INOVAÇÃO – No estande também foram apresentadas ações da Hotmilk, um ecossistema de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba; e o Vale do Genoma, um ecossistema de inovação instalado em Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná, dedicado à pesquisa genética e inteligência artificial aplicadas à saúde. Ambas as iniciativas proporcionam ambientes propícios para o empreendedorismo e a inovação, engajando jovens pesquisadores na busca por soluções científicas e tecnológicas.

OUTRAS ATIVIDADES – Neste terceiro dia de evento foram realizadas várias reuniões estratégicas no estande do Sistema de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. Os encontros reuniram representantes do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), da Polícia Militar do Paraná (PMPR), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Comitê Estadual do Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado  Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni).

Também houve reuniões com os reitores das universidades estaduais do Paraná e os pró-reitores de Extensão e de Graduação das instituições. Na programação técnica, os professores Rodrigo Corrêa Gontijo e Maria Aparecida Fernandes, ambos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), participaram de mesas-redondas sobre audiovisual e cinema e participação feminina na ciência, respectivamente.

Serviço:

Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior do Paraná na 75ª Reunião Anual da SBPC

Local – Estandes nos pavilhões da Expotec 2023 e SBPC Jovem

Período – até 29 de julho

Local – Centro Politécnico da UFPR (entrada gratuita)

Fonte: Governo PR

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Paraná pode ter maior área de cevada da história e aumentar liderança nacional de produção

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A cultura da cevada, que está em início de plantio, volta a ganhar espaço no Paraná com previsão de se ter a maior área já semeada no Estado. Maior produtor desse cereal de inverno, o Paraná pode ter 94,6 mil hectares plantados e uma produção 40% superior à registrada no ano passado, chegando a 413,8 mil toneladas.

Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 16 de abril. O documento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), também fala sobre as consequências climáticas em outras culturas e analisa o desempenho paranaense em proteínas animais.

Em 2024 o Paraná colheu 296,1 mil toneladas de cevada em 80,5 mil hectares. O aumento de 18% de áreas paranaenses a receber a cultura na safra que se inicia é reflexo principalmente do retorno de intenção de plantio na região de Guarapuava. A previsão é que sejam semeados 36,9 mil hectares, ou 25% superior aos 29,6 mil hectares colhidos ano passado.

Mesmo com esse aumento em Guarapuava, a região dos Campos Gerais ainda tem previsão de ter maior área plantada, com 38 mil hectares. “O ganho acontece especialmente na região de Guarapuava em função do ânimo com as melhores cotações e os resultados satisfatórios a campo experimentados no Centro-Sul paranaense em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral.

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As maltarias instaladas no Paraná precisam de malte, o que levou a recorde na compra. No primeiro trimestre foram adquiridas cerca de 200 mil toneladas para manter o Paraná como maior produtor de malte brasileiro. “A confirmação de uma produção maior e de boa qualidade é essencial para a diminuição da necessidade de importação de cevada”, disse Godinho.

SOJA E MILHO – O boletim fala ainda sobre perda de 5,3% no campo na primeira safra de soja. A região Sul até apresentou ganho de produtividade de 4,7%, no entanto as demais regiões, sobretudo o Noroeste, foram bastante impactadas pela estiagem e por ondas de calor atípicas.

As lavouras de milho estão com bom desempenho, principalmente nas regiões Sul e Sudoeste, que concentram a maior parte da área plantada. Mas, da mesma forma que na soja, as demais regiões sentem os efeitos de chuvas escassas e calor intenso.

PECUÁRIA – No setor pecuário, o documento do Deral salienta que as exportações de bovinos pelo Brasil geraram US$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Em média, cada quilo de carne enviado ao Exterior custou US$ 4,78. No mesmo período de 2024 custava US$ 4,40.

No atacado, o traseiro e o dianteiro bovinos seguem com o preço em alta. Em média, são comercializados no Paraná por R$ 25,01 e R$ 18,54, respectivamente.

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SUINOS – O Paraná manteve, pelo quarto ano seguido, a liderança na produção de carne suína em frigoríficos sob inspeção estadual, que permite comercialização exclusiva no mercado interno. O Estado produziu 155,9 mil toneladas, respondendo por 20% da produção nacional nesse regime de inspeção.

Quanto ao número de animais abatidos em estabelecimentos com inspeção estadual, o Paraná é o terceiro, com 1,66 milhão de suínos. Por terem maior peso médio eles produzem mais quilos de carne. Quando se leva em conta a produção nas três instâncias de inspeção – federal, estadual e municipal – o Estado é o segundo colocado, com 12,4 milhões de suínos abatidos e produção de 1,14 milhão de toneladas de carne.

FRANGO – O Agrostat/Mapa, ferramenta que monitora o comércio exterior no segmento agropecuário, mostra que o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de frango no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de US$ 2,534 bilhões. No mesmo período do ano passado tinham sido 1,1 milhão de toneladas a US$ 2,101 bilhões.

O Paraná foi responsável por 559.108 toneladas no primeiro trimestre deste ano, volume 12,3% superior às 497.727 toneladas de 2024. Em receita, entraram no Estado US$ 1,041 bilhão, aumento de 12,7% sobre os US$ 847 milhões do ano anterior.

Fonte: Governo PR

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