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AGRONEGÓCIO

Gripe aviária representa perigo real de prejuízos para o agronegócio

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, essa semana, para os riscos aos humanos dos recorrentes surtos de gripe aviária. Segundo a entidade, embora os vírus da gripe aviária normalmente se espalhem em aves, o número crescente de detecções de H5N1 entre mamíferos levanta a preocupação de que o vírus possa se adaptar para infectar humanos mais facilmente.

Esses animais são biologicamente mais próximos dos humanos do que as aves. Além disso, alguns mamíferos podem atuar como recipientes de mistura para os vírus influenza, levando ao surgimento de novos vírus que podem ser ainda mais prejudiciais para animais e humanos.

Um estudo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-Agro) e encomendado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) revelou que a disseminação da gripe aviária teria um impacto negativo anual de R$ 21,7 bilhões na economia brasileira.

O setor mais afetado seria o agronegócio, que sofreria um prejuízo de R$ 11,8 bilhões e a perda de cerca de 26 mil postos de trabalho. De acordo com o estudo, os impactos econômicos da gripe aviária seriam abrangentes, envolvendo perdas na produção, exportação, renda e salários. Além disso, haveria uma queda de R$ 1,3 bilhão na arrecadação de impostos e uma redução de R$ 3,8 bilhões na renda da população brasileira.

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O estudo também revelou que, para cada perda de R$ 100 no valor das exportações de carnes aviárias, o setor de comércio perde R$ 11, resultando em um impacto indireto negativo de até 11% para varejistas e atacadistas. Além disso, outros setores da economia brasileira seriam afetados, incluindo uma redução de 8% na produção de rações animais, 6% no setor elétrico e 4% no transporte terrestre de cargas, entre outros segmentos.

Segundo informações do painel sobre gripe aviária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram investigados cerca de 1,4 mil casos, dos quais 319 necessitaram de coleta de amostras para testes laboratoriais. Dos casos analisados, 62 foram confirmados como positivos para o vírus da influenza aviária de elevada patogenicidade, enquanto outros seis ainda estão em análise.

De acordo com o ministério, o Brasil tem capacidade para agir diante de um eventual surto, mas a gripe aviária representa uma ameaça significativa para o setor agropecuário brasileiro e, consequentemente, para a economia do país como um todo.

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Medidas de prevenção, monitoramento e controle são essenciais para minimizar os riscos e proteger a indústria avícola, preservando empregos e sustentando o desenvolvimento econômico.

Com informações do Canal Rural

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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