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Produtores estão preocupados com a demora na aprovação do marco temporal

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A indefinição do Senado em colocar em votação o marco temporal, aprovado na Câmara dos deputados, tem gerado incertezas entre os  produtores. Muitos temem perder o direito de permanecer em suas propriedades, onde têm lavouras e pastos já formados e fizeram grandes investimentos.

Relembre a aprovação na Câmara, clicando aqui

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Resende, essa indefinição, além de causar angustia entre os produtores, também desvaloriza não apenas o patrimônio, mas também o trabalho dos produtores.

Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio

“Essa indefinição traz incertezas para o setor do agronegócio, que é fundamental para a economia do estado e do País. Se o marco temporal não for mantido, podemos enfrentar sérias consequências, incluindo a perda de propriedades com décadas de produção consolidada”, disse Isan.

“É essencial que o Senado compreenda a importância desse marco e aprove medidas que garantam segurança jurídica para os produtores, respeitando os direitos de propriedade e a Constituição Federal”, completou o presidente.

Segundo o Sindicato Rural de Paranatinga, aproximadamente 500 produtores rurais no município podem perder suas propriedades com áreas já consolidadas caso o marco temporal não seja mantido e haja interesse em ampliar as terras indígenas. Algumas dessas propriedades existem há mais de 40 anos.

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Um dos municípios que pode ser mais prejudicado, caso o marco temporal não seja aprovado, será Querência (950km de Cuiabá). Nessa região, cerca de 450 mil hectares de áreas produtivas estão próximos ao Parque Indígena do Xingu e se o marco temporal não for mantido, vários produtores correm o risco de perder seu patrimônio.

Querência é um município com 1,7 milhão de hectares, dos quais mais de 700 mil hectares são do Parque Indígena. Portanto, essa preocupação é compartilhada por todos os moradores e não apenas os produtores rurais.

“Qualquer profissional que esteja em Querência, não importa se é produtor, médico, dentista ou empresário, está aqui por causa da cultura de soja, milho e algodão, que gera divisas e renda para todos. Se a área de produção acabar, Querência fecha as portas. O que os indígenas precisam não é de mais terra, mas de condições para uma vida digna no ambiente em que já estão inseridos. Se o marco temporal for aprovado, essa questão será encerrada”, comentou Gilmar Reinoldo Wentz, presidente do Sindicato Rural de Querência.

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A cidade está entre as 10 cidades que mais produz para o agronegócio e é a 3a. maior exportadora de soja do Estado. Além disso Querência também é uma das que mais cresce em população, além de geração de emprego e renda.

Fonte: Pensar Agro

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Brasil gigante: colheita começou, mas ainda falta chuva para o plantio

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O Natal chegou e o plantio da safra de soja 2024/2025 ainda está por ser concluído. A última estimativa aponta que 98,9% da área prevista já havia sido semeada o que supera a média histórica de 96,3% para o período e reflete avanços significativos em comparação à safra passada, quando 97% da área havia sido plantada no mesmo intervalo.

No entanto, as dimensões gigantescas de nosso país trazem à tona nuances impressionantes. Nestes 1,1% que ainda estão por plantar temos, por exemplo, o Matopiba — região que compreende Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — onde a falta de umidade no solo, especialmente no Tocantins e no sul do Maranhão, tem retardado a semeadura. A chegada de chuvas é esperada nos próximos dias, com previsão de volumes entre 60 e 80 mm, o que deve trazer o alívio necessário aos produtores e garantir um bom início de safra.

A situação no restante do Matopiba é mais otimista. Estados como a Bahia e o Piauí também devem receber volumes significativos de chuva, o que contribuirá para a reposição hídrica e a aceleração do plantio. Em Barreiras, um dos principais polos de produção de soja na Bahia, as precipitações previstas garantirão condições ideais para a semeadura e o desenvolvimento inicial das lavouras.

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Por outro lado, em regiões do Sudeste e Centro-Oeste, como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as altas precipitações registradas nas últimas semanas, com acumulados entre 60 e 80 mm, elevaram a umidade do solo a níveis adequados. No entanto, o excesso de umidade aumenta o risco de pragas e doenças, exigindo maior atenção dos produtores para garantir a sanidade das lavouras. Monitoramento constante e manejo adequado serão fundamentais para evitar perdas.

No Sul do país, as chuvas têm se mostrado regulares, com volumes entre 30 e 40 mm, o que favorece o andamento das atividades de campo. Ainda assim, os produtores precisam monitorar as condições do solo para evitar problemas de encharcamento que possam comprometer a produtividade.

Ao mesmo tempo em que regiões ainda esperam chuvas para começar a plantar, em Mato Grosso, a colheita da safra 2024/25 já começou, como é o caso da região de Querência. Embora os números ainda sejam tímidos e limitados a áreas irrigadas, as expectativas são de que a colheita se intensifique a partir do final de janeiro e início de fevereiro de 2025. A produção do estado deve atingir 44,04 milhões de toneladas, um aumento de 12,78% em relação à safra anterior. A produtividade média esperada é de 57,97 sacas por hectare, representando um crescimento de 11,15% quando comparado à safra de 2023/24.

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O início da semeadura no estado foi marcado por atrasos nas chuvas, resultando em um ritmo mais lento nas primeiras semanas. As atividades de plantio se intensificaram na segunda quinzena de outubro, com mais de 50% da área sendo semeada em apenas duas semanas. No entanto, o atraso pode impactar o cronograma da colheita. As previsões climáticas agora são essenciais para o bom andamento da safra, pois chuvas volumosas e persistentes podem prolongar o ciclo das lavouras e favorecer as chamadas “doenças fúngicas”, como a ferrugem asiática.

Fonte: Pensar Agro

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