NOVA AURORA

AGRONEGÓCIO

Agronegócio brasileiro está mudando o jogo internacional e colocando os EUA pra escanteio

Publicado em

O crescimento expressivo do Agronegócio brasileiro está provocando uma virada de jogo no mercado internacional. As vendas de exportação de milho dos EUA para a China antes da próxima safra caíram 48% até meados de junho em comparação com o ano anterior, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Num mercado global cada vez mais competitivo, os Estados Unidos estão perdendo domínio sobre as exportações de milho e impulsionado por um novo acordo de fornecimento com a China, o Brasil está prestes a superar os EUA.

Para complicar ainda mais a situação dos americanos, México, outro importante mercado deles, está se preparando para restringir as importações de milho geneticamente modificado, que compõe mais de 90% da colheita norte-americana.

A queda na participação do mercado de exportação representa problemas para a indústria de milho dos EUA, que movimenta US$ 90 bilhões, uma vez que a demanda doméstica para alimentar animais e produzir etanol também diminuiu. Analistas afirmam que as plantações de milho, a safra mais cultivada nos EUA, provavelmente diminuirão nos próximos anos, o que pode afetar a renda agrícola.

“O Brasil está ganhando uma parcela maior do mercado global, o etanol atingiu seu pico e a demanda por proteína animal não crescerá rápido o suficiente”, disse Stephen Nicholson, estrategista global do setor de grãos e oleaginosas do Rabobank, uma multinacional holandesa bancária e de serviços financeiros líder mundial em financiamento para alimentação, agro financiamento e sustentabilidade.

A redução das exportações de milho nos Estados Unidos reflete os desafios enfrentados pela soja há uma década, quando o Brasil aumentou sua produção para atender à crescente demanda da China, tornando-se o maior fornecedor em 2013.

Atualmente, o Brasil já domina o mercado global de exportação de soja, limitando os embarques dos EUA. Além disso, o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, carne bovina, café, açúcar e suco de laranja.

Leia Também:  Governo marca leilão para comprar 300 mil toneladas de arroz em meio a protestos de produtores

Espera-se que as exportações brasileiras de milho inundem o mercado global a partir de julho e durante a colheita de outono nos EUA, já que o Brasil é capaz de colher duas safras de milho por ano, devido a nosso clima, ao contrário dos EUA.

Embora a demanda esteja limitada, os agricultores americanos expandiram o plantio de milho este ano para a maior área em uma década, incentivados pelos custos mais baixos de sementes e fertilizantes, bem como pelas condições favoráveis de plantio, de acordo com o governo.

Com a abundância de milho brasileiro no mercado, os produtores dos EUA podem enfrentar uma queda nos preços.

Apesar disso, o Rabobank prevê que as plantações de milho nos EUA diminuirão para 88 milhões de acres nos próximos três anos, em comparação com mais de 94 milhões atualmente, disse Nicholson.

A China expandiu sua lista de instalações brasileiras aprovadas para exportação de milho no final do ano passado, iniciando os embarques do Brasil. Anteriormente, a maioria das importações de milho da China vinha dos EUA e da Ucrânia.

“O Brasil tem a capacidade de aumentar a área de plantio para atender à demanda chinesa de uma forma que os Estados Unidos não têm”, afirmou Matthew Roberts, analista sênior de grãos da consultoria Terrain.

Até meados de junho, as vendas de exportação de milho dos EUA para a China para embarque antes da próxima safra caíram 48% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

As importações totais de milho pela China diminuíram cerca de 10% este ano, à medida que os compradores aguardam a oferta abundante de milho brasileiro barato nos próximos meses.

Leia Também:  Agronegócio brasileiro fecha janeiro com mais um recorde: R$ 50 bilhões

“O Brasil está vencendo no momento. Não somos competitivos em preço”, disse um trader de exportação dos EUA, citando as ofertas brasileiras do cereal que estão US$30 por tonelada mais baratas do que os preços nos portos do Golfo dos EUA.

As vendas totais de exportação de milho dos EUA em abril e maio foram as mais baixas em pelo menos 22 anos, de acordo com dados semanais de vendas de exportação do USDA. Durante esse período, houve três semanas com mais cancelamentos do que novos pedidos, além das duas piores semanas de exportação de milho já registradas nos EUA.

As exportações de milho dos EUA no ano-safra 2022/23, que termina em 31 de agosto, estão atualmente projetadas em 43,817 milhões de toneladas métricas, o menor número em uma década, representando uma participação de 24,8% no comércio global, de acordo com dados do USDA. Enquanto isso, as exportações do Brasil são projetadas para atingir um recorde de 55 milhões de toneladas métricas.

Essa é a segunda menor participação dos EUA no mercado global de milho já registrada, ficando atrás apenas da temporada 2012/13, quando uma forte seca reduziu a produção e elevou os preços para níveis recordes.

As exportações de milho dos EUA para o ano-safra 2023/24 são previstas pelo USDA em 53,342 milhões de toneladas métricas, ficando atrás da projeção de 55 milhões de toneladas métricas do Brasil.

A participação cada vez menor dos EUA no mercado global de exportação de milho reflete um cenário semelhante ao enfrentado pela soja há uma década, quando o Brasil aumentou sua produção para atender à crescente demanda chinesa, conquistando a posição de maior fornecedor em 2013.

Com informações da Forbes

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 2024/25 será em Mato Grosso

Published

on

By

A Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 2024/25 está prevista para ser realizada no dia 7 de fevereiro de 2025, na Fazenda Esperança, em Santa Carmem, região de Sinop, Mato Grosso.

O evento, promovido pela Aprosoja Mato Grosso, terá início às 9h30 (horário de Brasília) e reunirá autoridades, produtores e representantes do setor agrícola para discutir temas relevantes para o futuro da sojicultura no Brasil. A transmissão será realizada pelo Canal Rural e estará aberta ao público por meio de inscrição online.

Entre os principais assuntos que serão abordados nos painéis de discussão estão a sustentabilidade na produção agrícola, o impacto da COP 30 no Brasil e os avanços no uso de biocombustíveis e alimentos. O evento também celebrará os 20 anos de atuação da Aprosoja Mato Grosso, que tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da sojicultura no estado, promovendo inovações tecnológicas e práticas sustentáveis que consolidaram Mato Grosso como um dos maiores produtores de soja do mundo.

Leia Também:  Exportações de carne de frango do Brasil batem recorde com 471 mil toneladas

A soja chegou ao Brasil em 1901, mas foi nas décadas seguintes que a produção se expandiu, especialmente em Mato Grosso. O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, destaca que a soja foi a principal responsável por colocar o estado no cenário nacional e internacional, impulsionando o desenvolvimento econômico e social de cidades como Sinop. “A soja não só transformou a economia local, como também levou Mato Grosso a se destacar globalmente, sempre com um olhar voltado para a inovação e a sustentabilidade”, afirma Bier.

A abertura oficial da colheita será um marco importante, não apenas para o setor produtivo, mas também para a sociedade mato-grossense, que comemora o crescimento e o impacto da soja na geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida na região. A expectativa é de que o evento seja um grande ponto de encontro para o setor agropecuário, com destaque para o debate sobre o futuro da agricultura sustentável e os desafios e oportunidades para o Brasil no contexto da COP 30.

Os interessados em participar podem garantir sua inscrição por meio do link disponível no site da Aprosoja MT. O evento promete ser um marco para a sojicultura brasileira e uma oportunidade única para discutir o futuro do agronegócio em Mato Grosso e no Brasil.

Leia Também:  Show Rural deve injetar mais de R$ 200 milhões na economia regional

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA