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Programa que emprega mão de obra de presos na melhoria de escolas é reforçado no Sudoeste

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O Programa Mãos Amigas, desenvolvido pela Polícia Penal do Paraná (PPPR) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), recebeu novos materiais e equipamentos para manutenção e pequenas reformas em escolas estaduais e prédios da administração pública na região de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado. Nesta semana, foram entregues pás, enxadas, rastelos, picaretas, escada, mangueiras e outros utensílios utilizados nos serviços.

Por meio do programa, as unidades do governo estadual contam com a mão de obra de pessoas privadas de liberdade (PPL) custodiadas pela Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB).

O Mãos Amigas é destinado a detentos de regime fechado, regime semiaberto e em monitoração eletrônica. Aqueles que participam do programa recebem 75% de um salário mínimo e a cada três dias de trabalho é reduzido um dia da pena. Atualmente, em todo o Estado 75 presos participam.

FILA DE ESPERA – A aplicação desta mão de obra nos reparos e manutenções ocasiona redução de, em média, 50% nos orçamentos. Na região de Francisco Beltrão, diversas escolas receberam melhorias com a mão de obra de custodiados pela unidade penal sediada na cidade e, segundo os responsáveis pela agenda de trabalho, há fila de espera.

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Para o diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, o Mãos Amigas soluciona o problema das escolas, que é a dificuldade em contratar profissionais para realizar estes pequenos reparos. “Eles atendem desde a parte elétrica, hidráulica até alvenaria e limpeza. O Mãos Amigas tem avançado e atendido cada vez mais escolas do Paraná”, diz Machado.

O diretor da PEFB, Márcio Roberto Iansen, afirma que há expectativa de ampliação do programa. “Além da remição de pena, as pessoas privadas de liberdade recebem salário. Estamos com tratativas para disseminar este programa em outros núcleos da regional de Francisco Beltrão. A expectativa para o próximo ano é ampliar este trabalho e assim ajudarmos a todas as escolas da nossa região”, disse.

A entrega dos equipamentos ocorreu nas dependências do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão. Também participaram o gerente estadual do programa, Claus Marchiori; a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), Lurdinha Bertani; Márcio Henrique Paixão, policial penal que acompanha e monitora o programa na PEFB, e Alzemiro Prando, técnico responsável pelo programa no NRE.

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RESSOCIALIZAÇÃO – O Mãos Amigas integra as iniciativas do Governo do Estado voltadas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade, por meio de trabalho e da educação. Hoje, cerca de 30% da população carcerária do Paraná encontra-se ativa. Já nas Unidades de Progressão, uma das principais iniciativas de ressocialização, 100% dos presos trabalham.

O Banco de Alimentos – Comida Boa é outro projeto de sucesso, realizado em parceria com a Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa), destinado a apenados em monitoração eletrônica. A iniciativa visa ofertar alimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar através da manipulação dos produtos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais nas unidades da Ceasa/PR.

A Polícia Penal do Paraná oferta, também, diferentes projetos de capacitação profissional, através de parcerias com órgãos públicos e privados, nas áreas de panificação, costura, serralheria, confeitaria.

Além destes projetos laborais, a PPPR tem o Programa de Remição pela Leitura: a cada livro lido e com resenha aprovada, o preso tem quatro dias reduzidos da pena a cumprir. Em junho, a unidade prisional de Foz do Iguaçu foi destaque, alcançando o recorde de 1.421 pessoas privadas de liberdade participando do projeto.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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