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Colégio Agrícola da Lapa abraça projeto de abelhas nativas e leva tema às aulas

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Pouco populares há algum tempo atrás, as abelhas nativas sem ferrão também eram desconhecidas para a maior parte dos estudantes e profissionais do Colégio Agrícola da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba. O cenário passou a mudar a partir de 2019, quando as duas primeiras colônias de abelha-mirim foram levadas ao local por um dos agentes educacionais da instituição, Eurimar Sobenko.

Um ano antes, o inspetor de alojamento e hoje também meliponicultor (criador de abelhas sem ferrão) havia iniciado seu contato com o inseto, que só se intensificou desde então. No colégio, a criação começou de forma acanhada e ainda foi “interrompida” pela pandemia, mas desde o retorno das aulas presenciais ganhou corpo e, neste ano, se integrou de vez ao dia a dia da comunidade escolar, entrando até no conteúdo das aulas.

Com mais doações de estudantes, meliponicultores e compras feitas pela própria instituição, hoje o colégio tem 12 colônias de abelhas nativas com as espécies Mirim (Guaçu e Droryana), Jataí e Mandaçaia. “O projeto começou de forma tímida, mas agora que os professores compreenderam a importância delas, estão contagiando os alunos também”, diz Sobenko.

“Alguns professores estão encontrando o espaço das abelhas nas disciplinas deles. Já conversei com o professor de Biologia para introduzir a questão da microbiota das colônias, o que tem dentro delas, os organismos microscópicos que são importantes para a saúde das colônias, para a produção de mel e de própolis. Ele vai poder destrinchar isso”, explica Sobenko.

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“Já o professor de Produção Animal pode falar sobre como as colônias se reproduzem, e o de Produção Vegetal, sobre que plantas vão ser introduzidas no colégio para que tenham o alimento necessário em cada estação do ano”, informa.

ECOSSISTEMA – Uma das aulas mais integradas ao “novo animal” é a de Infraestrutura Rural, do professor Marlos Humberto Pontarolo, que cita a necessidade e importância dessas abelhas no ecossistema, pois muitos alunos achavam ninhos “perdidos” em propriedades rurais, como em árvores, tiravam o mel e até destruíam a colmeia delas. “A intenção é cuidar desses insetos, importantes principalmente na polinização de plantas nativas”, diz.

Na disciplina ministrada por Pontarolo, o projeto do inspetor Sobenko já foi abraçado. “Na disciplina de Infraestrutura Rural temos uma parte de materiais construtivos, então a gente desenvolveu esse projeto de confeccionarmos as casinhas das abelhas”, conta Pontarolo. Além disso, as abelhas nativas também já viraram um TTCC, que é o trabalho técnico de conclusão de curso dos estudantes do 3º ano: o Jardim de Mel, das alunas Ana Júlia Neres, Mariana Figura, Emanuelle Leinecker e Yasmin Skraba, do curso técnico de Agropecuária.

“A cada aula prática que é para o TTCC, a gente vai implantado novas caixas de abelha aqui no espaço. A importância é tanto para a polinização quanto para o conhecimento dos alunos, tanto os daqui do colégio como visitantes de outros colégios da cidade e até mesmo de fora”, diz Yasmin.

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Fora as novas caixas, as estudantes estão adaptando o espaço, introduzindo plantas no local para alimentar as abelhas, como Beijinho, Jasmim e Margaridão. “Vai ficar como legado ao colégio. É um trabalho contínuo e tem outros professores que estão envolvidos”, conta Mariana.

POLINIZAÇÃO – Sobenko exemplifica a importância da abelha sem ferrão. “Todo mundo gosta de comer um chocolate, tomar um café, comer um pão quentinho, mas nada disso seria possível se não fossem as abelhas e, principalmente, as nativas sem ferrão, que são do Brasil mesmo”, diz, citando o cacau como exemplo, fruto matéria-prima na fabricação do chocolate e que necessita de boa polinização.

“Existem plantas que se reproduzem sem polinização cruzada, mas a grande maioria precisa da polinização. Por exemplo, o morango. É possível colher ele sem polinização, mas vai ser feinho, pequeno, deformado. Se tem a abelha Jataí visitando esse viveiro, você terá um morango maior, mais saboroso e com durabilidade maior na prateleira, graças à polinização – o tomate da mesma forma, entre outros”, menciona Sobenko.

ENSINO COM ABELHAS – Além das recentes abelhas Melíponas, as abelhas Apis (de origem europeia e africana) — as mais utilizadas pelo homem para produção de mel — já eram cultivadas em local de vegetação mais fechada dentro do terreno da instituição. O ensino da apicultura já fazia parte de aulas das disciplinas de Zootecnia e Agroindústria, por exemplo.

Fonte: Governo PR

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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