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Estado mobiliza prefeituras em torno da Lei Paulo Gustavo e lança Observatório da Cultura

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O Ministério da Cultura (MinC) e a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), com apoio da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, promoveram nesta segunda-feira (19), em Foz do Iguaçu, o primeiro dia do CirculaMinC, ciclo de oficinas que têm o objetivo de dar suporte especializado e capacitação a gestores e gestoras culturais para a solicitação de recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG). No final da tarde, foi lançado o Observatório da Cultura, que vai medir o PIB da Cultura paranaense.

A partir de uma grande mobilização, a SEEC reuniu mais de 700 pessoas para discutir o encaminhamento de mais de R$ 98 milhões ao Estado do Paraná e outros R$ 105 milhões aos municípios paranaenses para editais culturais. Também estavam presentes prefeitos, deputados, representantes dos órgãos de controle e outras autoridades.

A abertura contou com a participação do deputado estadual Nelson Justus, presidente da Comissão de Cultura da Alep; do secretário da Representação do Tribunal de Contas da União (TCU) no Paraná, Carlos Eduardo Dias Pereira; Bruna Marcondes de Oliveira Reiman, representante da Controladoria Geral do Estado (CGE); Carolina Trevisan, representante da Procuradoria-Geral do Estado (PGE); dos auditores Felipe Vilson Vidi e Raphael José Romera, do Tribunal de Contas do Estado (TCE); e da presidente do Fórum Nacional de Cultura das Capitais e presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro.

Thiago Rocha Leandro, diretor de Assistência Técnica a Estados, Municípios e Distrito Federal do MinC e representante da ministra Margareth Menezes, afirmou que o Paraná foi o estado que mais mobilizou municípios para o CirculaMinC. Ele foi o responsável por falar sobre a adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Cultura (SNC) e dar os esclarecimentos sobre a LPG, respondendo às perguntas dos participantes. Segundo estudos da pasta, para cada real investido em cultura, há um retorno de R$ 1,3 na economia.

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“O MinC volta com recursos descentralizados. Daí a importância do diálogo com estados e municípios. Nos municípios, por um histórico de ausência, de inconstância e falta de estrutura, o desafio é maior”, afirmou, ressaltando que a finalidade é tornar o Sistema Nacional de Cultura (SNC) uma política pública perene, como o Sistema Único de Saúde (SUS). “No SUS a população se apropriou do direito à saúde. Para a cultura é isso que a gente quer, que a população entenda que a cultura é um direito”, lembrou. 

A secretária da Cultura do Paraná, Luciana Casagrande Pereira Ferreira, disse estar feliz e emocionada com a grande adesão ao evento e ressaltou o esforço da SEEC em sensibilizar os municípios para que façam seus planos de ação e utilizem os recursos da Lei Paulo Gustavo. “Vamos acessar os recursos em todos os municípios. Quanto mais acessarmos os recursos da cultura, mais movimentamos as economias locais e mais levamos arte e cultura para a população”, conclamou.

O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, salientou a importância da LPG como política pública permanente para o Brasil. “Nós não vamos ter um País civilizado se não investirmos na cultura”, afirmou.

A Conselheira Estadual de Cultura e diretora de Patrimônio da Secretaria de Cultura de Londrina, Solange Cristina Batigliana, disse que o encontro é um marco para a cultura no Paraná. “A lei é um mecanismo novo, então ela traz uma série de questões. A presença dos órgãos de controle é fundamental porque com isso eles vão ajudando a balizar a execução desse recurso, que é de uma ordem que a gente nunca teve”, complementou.

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A Lei Paulo Gustavo representa o maior investimento no setor cultural da história do Brasil. A plataforma Transferegov vai receber os planos de ação de estados e municípios até o dia 11 de julho.

OBSERVATÓRIO DA CULTURA – Como parte do desenvolvimento das políticas públicas de cultura do Estado, a SEEC apresentou aos participantes do CirculaMinC o Observatório da Cultura. A primeira finalidade do Observatório será levantar o impacto da cultura da economia do Estado, gerando o PIB da Cultura do Paraná. Essa medição será possível com uma parceria firmada com Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), autarquia vinculado à Secretaria do Planejamento (SEPL). 

Participaram do lançamento junto aos representantes da cultura, o presidente do Ipardes, Jorge Callado, e o diretor de pesquisas do instituto, Julio Suzuki. “Esses indicadores poderão ser balizas para as políticas públicas e também para medir a importância das atividades culturais. Se o Paraná hoje está posicionado como a quarta maior economia do País, com certeza a economia da cultura tem uma fatia grande nesse indicativo”, afirmou o presidente do Ipardes.

“Estamos construindo um projeto muito bonito em parceria com a SEEC. Nós vamos ajudar a mostrar que as atividades culturais são muito representativas em termos econômicos. Em todo o mundo estamos verificando isso. Alguns países estão alicerçando suas economias em atividades culturais. Nós acreditamos que a cultura tem um grande papel no desenvolvimento socioeconômico do Estado, trazendo bem-estar à população paranaense”, complementou Julio Suzuki.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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