NOVA AURORA

PARANÁ

Nova exposição do MON promove diálogo da arte africana com obras contemporâneas

Publicado em

A exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer (MON) com obras de seu acervo, ganha uma segunda edição: “África: Diálogos com o Contemporâneo”, que será inaugurada em 24 de junho (sábado), na Sala 4. A curadoria é de Paula Braga e Renato Araújo da Silva.

A mostra é um recorte da grandiosa doação feita pela Coleção Ivani e Jorge Yunes (CIJY) ao MON, em 2021, com aproximadamente 1.700 obras de uma das mais importantes e significativas coleções de objetos de arte africana do século 20. “Agora a exposição se renova com a proposta de estabelecer um instigante diálogo com obras de artistas contemporâneos”, explica a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

Comprovando a força dessa interlocução, Fernando Velázquez, Paulo Nenflídio, Rosana Paulino, Arjan Martins, Julio Vilani e Paulo Nimer Pjota têm alguns de seus trabalhos expostos ao lado do conjunto de obras que pertencem ao acervo do MON.

Se, ao longo da história, artistas como Picasso, Matisse e Braque se inspiraram esteticamente naquele continente para recriar conceitos artísticos ocidentais, tal influência se mantém e se renova. “Hoje falamos de artistas que investigam a inteligência artificial, por exemplo, e nos trazem aqui obras produzidas por um algoritmo, a partir da análise de múltiplas imagens de arte africana”, afirma Juliana. “Ou da tecnologia eletrônica que nos permite participar dos sons da floresta emitidos pela interessante comunicação entre os circuitos digitais de esculturas”. 

Juliana enfatiza que um existe a partir do seu acervo, mas que é da interação entre o público e suas obras que são disseminados cultura e conhecimento. “Temos certeza de que a grandiosa coleção de arte africana será sempre fonte de experiências instigantes e engrandecedoras.”

Leia Também:  Estado promove encontro para ouvir os municípios sobre planos regionais de saneamento

A secretaria estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, reforça a importância da iniciativa. “A exposição, que é um marco para o MON e para todo o Paraná, ganha novas nuances. Um museu vivo e pulsante precisa promover esse diálogo entre o passado e o presente para instigar e oferecer sempre algo novo ao público”, afirma.

Segundo o curador da exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, Renato Araújo da Silva, as obras doadas ao MON em 2021 foram adquiridas ao longo de mais de 50 anos pelo casal Ivani e Jorge Yunes, detentores de uma das maiores coleções de arte do Brasil. 

“Considerando que a cultura brasileira tem ancestrais africanos tanto do lado que veio da Europa quanto do lado que veio diretamente da África, a exposição coloca em contato as peças da coleção doada por Ivani e Jorge Yunes com obras produzidas por seis artistas brasileiros que evidenciam o cerne miscigenado da cultura ocidental”, explicam os curadores.

Por negação ou clara aderência, a cultura africana embasa a produção artística europeia. “Na mescla proposta de peças africanas e obras brasileiras contemporâneas, evidencia-se o cerne miscigenado da cultura ocidental e a indiscutível presença da África na arte, na espiritualidade e nos esforços contemporâneos de estabelecimento de uma relação mais saudável entre os povos e com a Terra”, dizem Paula Braga e Renato Araújo.

Leia Também:  Governo do Estado divulga calendário de feriados e pontos facultativos de 2024

CURADORIA – Paula Braga é professora de Estética e Filosofia da Arte na Universidade Federal do ABC. Pesquisando sobre arte, filosofia e psicanálise, publicou “Arte Contemporânea: Modos de Usar” (Ed. Elefante, 2021) e “Hélio Oiticica: Singularidade, Multiplicidade” (Ed. Perspectiva, 2013). Organizou a coletânea “Fios Soltos: A Arte de Hélio Oiticica” (Ed. Perspectiva, 2008) e publica em catálogos e revistas de arte. 

Renato Araújo da Silva é historiador em Filosofia pela Universidade de São Paulo, professor colaborador da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) e autor, entre outros trabalhos publicados, do livro “Outra África: Trabalho e Religiosidade (2020)”; “Arte Afro-Brasileira: Altos e Baixos de um Conceito” (Ed. Ferreavox, 2016). Curador e pesquisador, atuou no Museu Afro e realizou outras exposições em museus, como o de Arte Sacra de São Paulo e o Museu de Diversidade Religiosa de Olímpia (SP).

SOBRE O MON  O Museu Oscar Niemeyer (MON) pertence ao Estado do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além da mais significativa coleção asiática da América Latina. No total, o acervo conta com mais de 9 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo e Moinho Anaconda.

Serviço:

“África, Expressões Artísticas de um Continente: Diálogos com o Contemporâneo”

Sala 4

A partir de 24/6

Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

Published

on

By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

Leia Também:  Diálogo entre passado e presente coloca Museu Paranaense na vanguarda nacional

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Leia Também:  Sanepar promove reuniões com moradores de Maria Helena sobre novas obras na cidade

Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA