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Na contramão de outras proteínas, presença da carne suína nos lares brasileiros dobra nos últimos dois anos

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Ação de incentivo ao consumo promovida pela ABCS fortalece resultado de novo patamar da proteína, comprovado por dados da Kantar.

A carne suína in natura conquistou seu espaço na mesa dos consumidores brasileiros, não apenas pelo preço competitivo, mas pela preferência da proteína. É o que revela a pesquisa da Kantar, empresa líder mundial em dados e insights, com informações que analisam do primeiro trimestre de 2021 ao mesmo período de 2023. Considerando as diversas ocasiões de consumo, como almoços de fim de semana, celebrações, lanches rápidos, jantares, a carne suína in natura cresceu em quase 5%, mesmo em um cenário em que o consumo da carne bovina caiu cerca de 4% e o frango cresceu menos de 1%.

Segundo a empresa de pesquisa, cada ocasião de consumo é diferente e tem suas principais motivações e preferências. E nesse caso, a proteína suína foi a única opção in natura que aumentou sua participação, o que comprova a mudança do patamar da carne suína no mercado interno e o espaço que ela já conquistou na mesa dos brasileiros com iniciativas como a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), campanha promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), em parceria ao varejo há 11 anos. Ainda, se comparado os dados de 2021 – demonstrados na pesquisa -, o aumento da presença é mais positivo. Nesta comparação, a carne suína quase dobrou sua participação na escolha dos consumidores, um crescimento de 97,83% se comparado a 2021 e a versão in natura é quem tem ganhado a preferência, pois o consumo de salsichas e linguiças tem perdido espaço.

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A carne suína ganha adeptos e reforça sua presença junto a clientes já consolidados a cada visita ao supermercado e esse crescimento é potencializado no período de 1 a 17 de junho, quando está acontecendo a SNCS de 2023 nas maiores e melhores redes de varejo do país, que juntas compõem 23 bandeiras distribuídas de norte a sul do Brasil e são responsáveis por mais de 20% do faturamento total do varejo alimentício. A expectativa é que a campanha sensibilize cerca de 130 milhões de consumidores em canais on-line (redes sociais, e-mail, e-commerce) e off-line (lojas e impressos).

No varejo, os índices de consumo se confirmam. Para David Buarque, gerente comercial de aves e suínos nacional do Carrefour, o maior grupo de varejo do país, “a perspectiva da categoria é positiva”, afirma, ampliando: “Notamos o cliente bem engajado com a compra da carne suína. Identificamos que ele manteve a escolha da proteína, mesmo com a oferta de opções como filé de frango e contrafilé bovino cerca de 30% mais barato do que se comprava no ano passado nesse mesmo período”.

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Sobre a atuação da SNCS para consolidação do consumo, David ressalta que toda ação de incentivo que trazemos durante a Semana reforça essa opção de proteína para o cliente e aumenta as vendas no período.

E esse é justamente o foco do trabalho da ABCS, fortalecido com a estratégia eficiente da maior vitrine da proteína no varejo no país: a inserção da carne suína in natura na cultura dos consumidores brasileiros e a mudança efetiva de comportamento de compra e consumo, através da experimentação, educação, engajamento de todos os elos da cadeia e diálogo com os consumidores.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que se orgulha dessa conquista feita em conjunto com a cadeia de valor da suinocultura, que inclui produtores, frigoríficos e varejo. “A nossa cadeia reforça esse trabalho ao construir estratégias que trazem a carne suína como personagem constante da alimentação diária do brasileiro. Agregamos experiência, transformamos a ocasião de consumo e conseguimos que a carne suína ocupe de forma cada vez mais efetiva um espaço na mente dos consumidores, e isso é fundamental para a sustentabilidade da suinocultura”, conclui.

 

Fonte: Assessoria ABCS

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AGRONEGÓCIO

União Europeia publica adiamento da lei antidesmatamento

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O Parlamento Europeu e o Conselho Europeu oficializaram nesta segunda-feira (23.12) a decisão que adia por um ano a aplicação das regras da lei antidesmatamento (EUDR, na sigla em inglês), garantindo um respiro aos produtores brasileiros e às entidades do agronegócio, que vinham travando uma batalha contra os prazos originalmente estabelecidos.

A medida, publicada no Diário Oficial da União Europeia, entra em vigor em três dias, postergando para 30 de dezembro de 2025 a obrigatoriedade de adequação para grandes operadores e comerciantes, enquanto micros e pequenas empresas terão prazo até 30 de dezembro de 2026.

A luta pelo adiamento contou com forte mobilização de organizações do setor agropecuário (VEJA AQUI), que apontaram inconsistências e prejuízos significativos aos exportadores de commodities, especialmente do Brasil. Apesar de a medida aliviar o setor, a aplicação da lei ainda impõe desafios.

A partir de 2025, será exigido que importadores de seis commodities agropecuárias (como soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café) comprovem que os produtos não se originam de áreas desmatadas após 2021, independentemente da legalidade dentro dos países de origem.

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Para o setor de madeira, um cronograma diferenciado foi mantido: os produtores terão até 31 de dezembro de 2028 para se adequar às exigências, desde que os produtos tenham sido fabricados antes de 29 de junho de 2023. Além disso, a União Europeia definiu que a lista discriminando os países em categorias de baixo e alto risco deverá ser publicada até 30 de junho de 2025.

O adiamento é visto como uma vitória parcial, mas a lei continua sendo motivo de preocupação para o agronegócio brasileiro por ignorar a legislação local. A decisão oferece uma folga estratégica para que o Brasil ajuste seus processos e intensifique o diálogo com a União Europeia, mas também sinaliza a necessidade de maior articulação política e técnica para evitar impactos econômicos significativos no futuro.

O debate está longe de terminar, mas o adiamento foi um passo importante para equilibrar as negociações em um cenário que exige alinhamento entre produção e preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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