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Ferrogrão deverá baratear custo do frete de cargas em até 40% avalia presidente da Feagro

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A chamada Ferrogrão, uma ferrovia de 933 km ligando Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará deve gerar 30 mil empregos diretos e 373 mil indiretos, além das compensações ambientais estimadas em R$ 765 milhões, mas o principal beneficio, na avaliação dos deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT) será o barateamento de até 40% do custo do frete de cargas.

VEJA AQUI A DECISÃO QUE AUTORIZOU A RETOMADA DA FERROGRÃO

A polêmica que levou a paralisação dos estudos envolve a supressão de uma área de 464 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, por onde passará a ferrovia. Desde 2021, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido do PSOL para evitar a perda da área.

AVANÇO – Para o presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (Feagro MT), Isan Rezende, a ferrovia, além de gerar empregos e reduzir custos, representa a implantação de um sistema de transporte mais eficiente e econômico para o escoamento da produção agrícola da região, principalmente de grãos como soja e milho.

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“Atualmente, muitos desses produtos são transportados por caminhões em longas distâncias até os portos, o que aumenta os custos logísticos e gera congestionamentos nas estradas. Com a Ferrogrão, o transporte ficará mais acessível e competitivo o que pode aumentar a capacidade de exportação do agronegócio brasileiro, permitindo que mais produtos agrícolas alcancem os mercados internacionais de maneira eficiente”, avalia Isan.

Para o presidente, a ferrovia vai ainda impulsionar o desenvolvimento de outras regiões agrícolas próximas ao seu trajeto, incentivando a expansão das atividades agropecuárias. Isan acredita que a ferrovia vai “aumentar a competitividade do setor, impulsionar o desenvolvimento regional e contribuir para o crescimento econômico do país como um todo”.

“Os agricultores passarão a ter uma alternativa mais viável para escoar sua produção, o que deve estimular investimentos e o crescimento econômico nessas áreas, vai oferecer maior segurança e previsibilidade no transporte de cargas agrícolas, reduzindo os riscos de acidentes, avarias nos produtos e atrasos na entrega. Tudo isso é especialmente importante para o agronegócio, que depende de uma logística eficiente para garantir a qualidade e a competitividade de seus produtos no mercado internacional”, frisou Isan Rezende.

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O deputado estadual e presidente da Câmara Setorial Temática (CST) da Ferrogrão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Reck Junior que produziu o relatório técnico entregue aos ministros do STF, comemorou a decisão e destacou o impacto da ferrovia na logística e desenvolvimento do estado.

“É uma vitória importante para Mato Grosso, fundamental para o fortalecimento do agronegócio e da nossa economia. A logística ferroviária é um dos principais meios para fortalecer o setor agrícola de Mato Grosso e, consequentemente, do Brasil”, completou.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

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Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

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O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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