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Governador assina protocolo que formaliza Cosud e reforça que integração Sul-Sudeste ajuda o País

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior defendeu o fortalecimento da integração interestadual durante a abertura do 8º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), nesta sexta-feira (02), em Belo Horizonte. Durante a reunião, os governadores assinaram o protocolo para formalização do consórcio e reforçaram o compromisso de atuarem em conjunto na busca por soluções regionais e para o auxílio do desenvolvimento econômico e social de todo o Brasil.

O início dos trabalhos foi marcado pela assinatura do projeto de lei que simboliza o compromisso de todos os estados com a formalização do Cosud por todos os governadores. Eles também assinaram um documento que visa a eficiência e qualidade dos serviços públicos.

Em seu discurso, Ratinho Junior citou as vantagens dos debates interestaduais e contou que o Paraná tem adotado soluções baseadas em experiências exitosas de outros estados. Entre elas, estão os ecossistemas de inovação do Rio Grande do Sul, a utilização de novas ferramentas tecnológicas na área de leilões de Minas Gerais e avanços na área do desenvolvimento ambientalmente sustentável comandados pelo Espírito Santo. “O Cosud tem nos ajudado a cada vez mais buscar ferramentas em diversas áreas que estão dando certo nos estados”, afirmou.

Ele também citou exemplos que o Paraná exporta, como a modalidade Valor de Entrada dentro do programa Casa Fácil, da Cohapar, que auxilia famílias com a aquisição do primeiro imóvel, o Nossa Gente, programa intersetorial de redução das desigualdades, e o programa de concessão de rodovias construído em parceria com o governo federal, cujo primeiro lote já está em andamento.

O governador também falou sobre a expertise do Paraná na área de consórcio, um dos temas desse 8º encontro. “O Estado tem ajudado os municípios paranaenses a se articularem com a formação de consórcios para a compra de medicamentos, a oferta de atendimentos de saúde especializados e a gestão de resíduos sólidos, entre outras iniciativas que as prefeituras, sozinhas, têm dificuldades para organizar”, disse.

O Consórcio Paraná Saúde está presente em 398 dos 399 municípios e beneficia mais de 9 milhões de habitantes efetuando a aquisição dos medicamentos, além de insumos hospitalares. Só neste ano, o investimento do Estado para este consórcio foi de R$ 28 milhões. É uma política que atende o projeto de regionalização do atendimento médico-hospitalar.

O Estado também tem consórcios na área de agricultura para a implementação de patrulhas rurais e na área ambiental para apoiar os municípios paranaenses a destinarem de forma correta seus resíduos sólidos. Com 99% do seu território inserido na Mata Atlântica e com uma das maiores áreas remanescentes de floresta no País, o Paraná também é responsável pela coordenação dos projetos que envolvam o bioma no Consórcio Brasil Verde, formalizado neste ano.

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FUNDO DE DESENVOLVIMENTO – Ratinho Junior também defendeu que os governadores do Sul e do Sudeste devem atuar em conjunto com as bancadas federais no Congresso Nacional para pleitear que ambas as regiões também recebam recursos da União para um fundo específico, tendo em vista que são também as regiões que mais contribuem com a federação a partir da arrecadação tributária. Os estados do Norte e Nordeste do País já possuem essas estruturas na legislação.

“O Sul e o Sudeste também têm suas nossas mazelas, com regiões de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), por isso temos que nos juntar aos deputados federais para consolidar estas pautas e assim podermos atuar com mais força no combate à pobreza e às desigualdades”, argumentou o governador.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o Fundo Sul já foi protocolada na Câmara, sob o número 27/2023. A proposta já recebeu posição favorável por parte do G7, grupo formado pelas principais entidades do setor produtivo paranaense, assim como de grupos empresariais e sociedade civil organizada dos três estados.

COSUD – Em sua 8ª edição, o Cosud reúne governadores, secretários e técnicos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. O primeiro encontro aconteceu justamente em Belo Horizonte, há cinco anos, e depois passou por cidades de todos os estados membros, terminando o primeiro ciclo na cidade do Rio de Janeiro, no início de março, quando o encontro foi focado nas discussões sobre o pacto federativo.

O objetivo desta edição, que inicia o segundo ciclo de encontros, é avançar na formalização do consórcio, bem como discutir temas que são de interesse comum aos entes federativos, como reforma tributária, a geração de emprego e renda e a desburocratização da administração pública.

De acordo com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o desenvolvimento econômico do Brasil passa necessariamente pelo entendimento dos estados do Sul e do Sudeste, que concentram cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e 56% da população nacional.

“Temos uma semelhança e um alinhamento muito grandes, com setores produtivos dinâmicos e baixos níveis de desemprego, então boa parte da solução do Brasil passa por estas duas regiões”, declarou. “Queremos que o Cosud produza resultados concretos, com soluções para melhorarmos a condição não apenas dos 115 milhões de brasileiros que vivem nestes sete estados, mas que contribuam com todo o País”.

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O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, fez uma contextualização sobre o atual cenário nacional, que exige um papel de maior protagonismo dos entes federativos, o que pode ser facilitado a partir do sistema de Consórcio interestadual. “Temos um novo governo federal e um novo Congresso que têm posições diferentes em um momento de debates fundamentais como a reforma tributária, e de grandes oportunidades, como a economia verde, que são assuntos de interesse de todos os estados, e por isso não podemos estar à margem das discussões”, comentou.

Outro a defender uma atuação mais forte dos estados no debate nacional foi o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. “Historicamente o Brasil sempre centralizou muito as suas decisões, com Brasília tentando impor despesas e competências aos estados sem uma efetiva distribuição dos recursos. Por causa disso, precisamos ter um olhar que vai além da posição geográfica, mas com foco na integração e na sinergia de pautas e agendas que são de interesse regional”, apontou.

Para o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, a organização dos pleitos estaduais em formato conjunto fortalece as discussões com a União. “Nossos estados representam 80% da arrecadação federal, mas são sub-representados na distribuição orçamentária devido às distorções da lógica federativa. O Cosud serve justamente para que o Sul e o Sudeste do Brasil sejam ouvidos”, afirmou.

DISCUSSÕES – Ao longo desta sexta-feira, os secretários, diretores, gestores e técnicos estaduais se dividem em doze Grupos de Trabalho (GT) para discussões e encaminhamentos setoriais. Os encontros ocorrem em diversos espaços espalhados no entorno da Praça da Liberdade, na região central de Minas Gerais.

Compõe as pautas dos GT do 8º Cosud: Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; Fazenda, Planejamento e Previdência; Desburocratização, Inovação e Tecnologia; Saúde; Cultura e Turismo; Educação; Infraestrutura, Logística e Transporte; Agricultura e Pecuária; Meio Ambiente; Segurança Pública; Transparência Controladoria e Ouvidoria.

No sábado (03), serão apresentadas as conclusões dos Grupos de Trabalho a todos os participantes e lida uma carta conjunta assinada pelos governadores contendo os encaminhamentos do 8º Cosud.

Governador participa do 8º Cosud em Minas Gerais

O início dos trabalhos foi marcado pela assinatura do projeto de lei que simboliza o compromisso de todos os estados com a formalização do Cosud. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

PRESENÇAS – A comitiva paranaense que participou da abertura do Cosud e fará parte dos GT temáticos é composta pelo Chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; os secretários de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; da Fazenda, Renê Garcia; da Segurança Público, Hudson Teixeira; do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o comandante-geral dos Bombeiros Militares do Paraná, coronel Manoel Vasco Figueiredo; o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Sérgio Teixeira; o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Rockembach; o diretor-geral da Secretaria da Saúde, César Neves; o diretor-geral da Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Diego Nogueira; o diretor-geral da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, Christiano Puppi; e o diretor-geral da Controladoria-Geral do Estado (CGE), Ivo Ferreira Neto.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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