Nesta terça-feira (30), quase 80 trabalhadores que pertencem a associação que atualmente é encarregada dos serviços de limpeza e coleta dos resíduos sólidos de Cafelândia entraram em greve.
Segundo o presidente da associação Ademir José Macedo, a paralização se fez necessária, “a prefeitura simplesmente cortou o vínculo com a associação, e nós queremos e precisamos do serviço, são quase 80 famílias que hoje perdem o sustento”, destaca Ademir.
A paralização foi feita com o intuito de reivindicar a implementação do contrato à instauração do processo de licitação por meio do Edital 046/2023 determinado pelo prefeito, que tem como objetivo a contratação de empresa privada para a prestação de serviços de limpeza.
O que curiosamente deixou os servidores atônitos é o custo anual que a determinação do prefeito instaurou ser maior que o dobro do que a associação recebe, a quantia que pode chegar à 2 milhões de reais.
Para o presidente o acordo que a prefeitura propôs é inviável, “o acordo que eles nos propuseram não passa de mil reais por trabalhador, pois todos nós pagamos aluguel, água, luz, tornando o acordo inviável”, destacou Ademir.
Mais curioso é a administração esperar até o término do contrato para abrir um novo processo licitatório, deixando a comunidade a mercê, diante dos últimos cenários de doenças como a Dengue e Chikungunya ocorridos no município. Sem o compromisso de zelar pelo bem-estar da comunidade e assegurar um ambiente limpo e saudável, até o processo de licitação ser firmado a comunidade ficará à mercê.
Segundo o vice-presidente da associação Boaz Martins a associação está tentando a renovação desde o mês de janeiro, visando que a cidade não pode ficar à mercê do descaso, “estamos em busca deste acordo desde o começo do ano, e simplesmente nos falaram que não tem condições de formalizarem um novo contrato com a associação. Na reunião que tivemos hoje o prefeito não estava para nos dar uma posição nos deixando de mãos amarradas”, declara Boaz.