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Condomínios compõem política para idosos no Paraná e chamam atenção de outros estados

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Durante a sua agenda em Portugal nesta semana, o governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, com quem conversou, entre outros temas, sobre políticas públicas de acolhimento aos idosos. Entre os assuntos tratados, está o programa Viver Mais Paraná, que desde 2019 resultou na entrega de quatro condomínios de uso exclusivo da terceira idade no Estado.

Enquanto a expectativa de vida média em Portugal é de 82 anos, no Brasil ela está em 76, o que garante ao país europeu uma experiência mais longa na prestação de serviços a essa parcela da população.

Ao lado de outras iniciativas paralelas, como a Cidade do Idoso e os centros de convivência para idosos, os condomínios residenciais fazem parte de uma estratégia de fortalecimento do Governo do Paraná em ações focadas em pessoas com mais de 60 anos. O planejamento leva em conta estudos do IBGE que apontam que o Brasil terá, até 2030, mais idosos do que crianças pela primeira vez em sua história, em um processo de transição demográfica que levou metade do tempo para ocorrer no País em relação à Europa.

“No Paraná, temos três grandes iniciativas nessa área porque entendemos que a população está ficando mais idosa. No Estado, a expectativa de vida é de 78 anos. Esse é um público que precisa de assistência e que ainda está muito ativo, dentro da chamada economia prateada”, disse o governador durante a agenda em Portugal.

“Estamos construindo Condomínios dos Idosos em vários municípios, com toda a acessibilidade necessária e até piscina aquecida, além de outros programas como a Cidade do Idoso. Já temos um olhar diferente para a terceira idade, mas podemos expandir ainda mais essas políticas”, acrescentou Ratinho Junior.

DIFERENCIAIS – O projeto-piloto foi concluído em outubro de 2020 em Jaguariaíva, nos Campos Gerais. Um ano depois, o segundo conjunto foi entregue em Foz do Iguaçu, na região Oeste e, em dezembro de 2021, Prudentópolis, no Centro-Sul do Paraná, recebeu a terceira unidade. A entrega mais recente aconteceu em Cornélio Procópio, na região Norte do Estado, em dezembro de 2022. No total, há 21 projetos em andamento.

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Todos os condomínios seguem um modelo construtivo parecido. São conjuntos compostos por 40 moradias cada, com amplos espaços de uso comum para atendimentos na área de saúde e assistência social, além de áreas de lazer e convivência. O acompanhamento dos moradores é feito por técnicos das áreas de saúde, educação física e assistência social do município e, de maneira complementar, podem contar com a participação de estudantes universitários dessas áreas oriundos das universidades estaduais.

Os projetos são destinados a casais ou idosos sozinhos a partir de 60 anos e renda de até seis salários mínimos, com prioridade de atendimento àqueles com menor poder aquisitivo. Os selecionados arcam como um custo inicial de 15% de um salário mínimo nacional ao mês, o que atualmente equivale a R$ 198.

De acordo com o presidente da Cohapar, Jorge Lange, o objetivo do programa é oferecer condições para o envelhecimento digno da parcela mais carente da população. “A população brasileira está envelhecendo rapidamente e o Governo do Estado tem buscado desenvolver e melhorar iniciativas como o Viver Mais Paraná para que as pessoas na faixa da terceira idade tenham um envelhecimento tranquilo, com todo o cuidado, segurança e atenção necessários”, afirmou.

REFERÊNCIA NACIONAL – As características do programa Viver Mais têm chamado a atenção de outros estados e municípios de fora do Paraná nos últimos anos. Nesta semana, o secretário estadual da Habitação do Rio Grande do Sul, Fabrício Guazzelli Peruchin, esteve na sede da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) para aprender mais sobre os projetos. Eles também visitaram o Condomínio do Idoso de Prudentópolis, onde tiveram contato com moradores, técnicos da Cohapar e prefeitura.

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Uma das residentes do conjunto é Cristiane Lizabeth da Silva, que também preside a associação de moradores e demonstra satisfação com a estrutura do local. “O condomínio foi muito bem projetado, em um local tranquilo e sossegado, então só temos a agradecer pelo projeto, que foi muito bem elaborado e está sendo muito bem administrado”, contou.

O diretor de Habitação da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária do Rio Grande do Sul, Guido Bamberg, que representou a delegação gaúcha na visita ao condomínio, explica que a equipe tomou conhecimento do programa a partir de um encontro entre os estados durante Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), realizado no Rio de Janeiro. “Isso nos motivou a vir até o Paraná para conhecer de perto a iniciativa, que não visa apenas proporcionar melhor qualidade de vida aos idosos, mas proporcionar um novo recomeço às pessoas que, mesmo com idade avançada, conseguem formar uma nova rede de convivência”, disse.

“Tivemos oportunidade de reconhecer muitos idosos, cada um com sua particularidade, e o que nos chamou a atenção foi a eficiência da parceria que o Estado do Paraná tem com a administração municipal, o que é fundamental para que o programa funcione e alcance seus objetivos”, acrescentou Bamberg.

Além do Rio Grande do Sul, a Cohapar já recebeu a visita de comitivas dos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Santa Catarina e Espírito Santo, além de cidades de Minas Gerais e Bahia. “O Viver Mais Paraná é um programa que está sendo propagado em todos os cantos do Brasil e que já foi premiado nacionalmente pela Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação. O Paraná tem se colocado à disposição para que ele possa servir de modelo para o restante do País”, afirmou Lange.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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