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Com aporte de R$ 3 milhões do Estado, Paraná ganha rede de pesquisas sobre hidrogênio verde

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O Paraná tem se destacado no cenário nacional pelo fomento às pesquisas na produção de hidrogênio renovável (H2), uma das principais apostas quando o assunto é a necessária transição energética. Mais um passo para desenvolver esta cadeia foi dado nesta quinta-feira (18), com a criação do NAPI-H2 (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação), que recebe um aporte de R$ 3 milhões do Governo do Estado para impulso às atividades de pesquisa. A iniciativa envolve a Fundação Araucária e a Universidade Federal do Paraná, que já tem trabalhos importantes sobre o tema.

O novo Napi é instituído após a sanção, no início do mês, da lei relativa a essa energia durante o primeiro fórum paranaense dedicado a esta matriz energética renovável.

O objetivo geral do NAPI-H2 é estruturar a criação de uma rede de pesquisa e inovação na área do hidrogênio renovável de baixo carbono no Paraná, buscando articular ações que envolvam instituições públicas e privadas, de forma a impulsionar, principalmente, o desenvolvimento de tecnologias, a oferta de serviços, e a formação de recursos humanos especializados.

Esse contrato, de acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, cuja pasta capitaneia a organização de iniciativas estaduais para dar mais eficiência ao processo de transição energética, tem como foco o eixo de ciência e tecnologia, ao criar uma rede de pesquisadores. “Esses atores já estão constituídos no Paraná e a formalização dessa rede vai poder alimentar pesquisadores, empresas e startups, gerando novas oportunidades e novos negócios”, diz.

O secretário cita que o Paraná caminha a passos largos para liderar esse processo no Brasil, que visa atender a necessidade de energia renovável e limpa – e também de fertilizante verde, outra cadeia derivada do hidrogênio renovável – voltada à descarbonização da indústria, além de formar nova atividade econômica, competitiva, que gere emprego e valor.

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Para se ter uma ideia da demanda para o fertilizante verde – produto obtido a partir do gás de síntese baseado no H2 –, 80% do mercado doméstico de fertilizantes depende de importação, que chegou a cerca de 9 milhões de toneladas anuais, uma demanda que, do ponto de vista dos fertilizantes nitrogenados importados, dobrou entre os anos de 2008 a 2018.

O NAPI-H2 vai contribuir significativamente para o avanço do Estado nessa área, segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, por ser uma organização de modelo horizontal, que envolve diversas instituições, com universidades paranaenses envolvidas e outras entidades de ciência e tecnologia parceiras, sejam nacionais, sejam internacionais.

“O Paraná tem ativos excepcionais na área de pesquisa e desenvolvimento do hidrogênio renovável, e estudos adequados à realidade do Estado. A expectativa é que o NAPI acompanhe e desenvolva as melhores práticas mundiais na área, mas voltadas à necessidade local”, diz.

Segundo consulta à plataforma i-Araucária, que reúne detalhes sobre a pesquisas e pesquisadores de todo Estado, são mais de 200 pesquisadores doutores especializados em hidrogênio renovável hoje conduzindo estudos na área.

Com prazo de execução do projeto de 36 meses, o NAPI-H2 reúne, em configuração inicial, 20 pesquisadores, oito bolsistas do CNPq, seis universidades do Estado e uma estrangeira, além de 13 laboratórios, empresas e institutos de pesquisa, entidades governamentais e associações.

POLO DE PESQUISA – A criação do NAPI tem como um dos protagonistas o professor doutor Helton José Alves, do Departamento de Engenharia de Energia da Universidade Federal do Paraná, que comanda o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis, em Palotina, que, recentemente, teve proposta de pesquisa em hidrogênio verde selecionada em um edital nacional do Programa iH2 Brasil, uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha.

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“O Paraná é um dos principais estados da Federação com potencial para produção de hidrogênio renovável e o H2 produzido a partir da biomassa – a rota tecnológica mais promissora do Paraná nessa área – está entre os processos renováveis de menores emissões de carbono, junto com a energia proveniente de energia eólica e fotovoltaica”, afirma.

Com essas iniciativas, o Paraná está consolidando sua posição como um importante polo de pesquisa, inovação e produção de hidrogênio renovável, contribuindo para a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono no Estado e no País.

OUTRAS AÇÕES – Em reunião realizada nesta terça-feira (17), na Secretaria de Estado do Planejamento, também foi anunciado o contrato do Governo do Estado com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o desenvolvimento do Plano de Hidrogênio, que contempla medidas como licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia.

Também participaram representantes da Copel, Fiep, Compagás, Invest Paraná, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Instituto Água e Terra (IAT), Fundepar, UFPR, Fundação Araucária e Tecpar.

Foi compartilhada, ainda, a intenção de formação de um conselho na área para auxiliar na regulamentação da lei 11.410/23 e o anúncio de uma reunião, no início de junho, entre os representantes do poder público e membros da indústria automotiva paranaense.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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