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Produtor de Campo Largo investe em araucária enxertada e visa um pomar de pinhão

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Osvaldo Sikora tem uma propriedade rural na comunidade Dom Pedro II, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Pensando em aproveitar melhor a área, fez algumas pesquisas e, há dois anos, o produtor decidiu investir no plantio de araucária, árvores conhecida popularmente como Pinheiro do Paraná. Ele conta com orientação e apoio do técnico Vanderlei Peres, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) de Campo Largo que acompanha a propriedade.

O objetivo do plantio é formar um pomar para produzir pinhão, de olho no interesse dos consumidores. Para acelerar o processo, o agricultor optou por plantar mudas enxertadas. Se tudo correr bem, a primeira produção de pinhões deve acontecer daqui a três ou quatro anos. As plantas sem enxerto demoram de 12 a 15 anos para produzirem pinhão.

O interesse de Osvaldo pelo plantio de mudas enxertadas surgiu quando conheceu o trabalho desenvolvido pelo professor Flávio Zanette. Há 34 anos, o professor pesquisa a araucária e desenvolveu a técnica de produção de mudas enxertadas que possibilita árvores mais baixas e que produzam pinhões em menos tempo.

Dados do IBGE mostram que o Paraná é o maior produtor de pinhão do país. Na safra 2021, foram 4.018 toneladas. Em seguida vêm Santa Catarina (3.916 toneladas), Minas Gerais (3.464 toneladas), Rio Grande do Sul (1.081) e São Paulo (5 toneladas).

POMAR – A araucária tem a característica de possuir árvores do sexo masculino e feminino. Para que seja possível a produção dos pinhões é necessário ter plantas dos dois sexos na mesma área. Osvaldo adquiriu 87 plantas femininas em julho de 2021, que foram plantadas logo depois do período de geadas. Em agosto do ano passado foi a vez de plantar outras doze mudas masculinas, distribuídas pela mesma área.

“Eu mantenho as araucárias no limpo, sem mato ao redor, e tenho feito adubação conforme orientação. A área ocupada pelas mudas é de cerca de meio hectare ou cinco mil metros. Além disso, na reserva legal da propriedade também existem alguns pinheiros nativos”, explicou Osvaldo.

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O técnico do IDR-Paraná, Vanderlei Peres, informou que o manejo do pomar de araucárias consiste em fazer o coroamento das mudas, deixando-se um círculo sem vegetação ao redor da muda até que a planta ganhe força para se desenvolver de maneira satisfatória. Ao menos quatro vezes ao ano é preciso fazer a manutenção do coroamento.

Além disso, o produtor também retira os galhos do porta-enxerto, o cavalo, para que somente a copa se desenvolva. “As mudas estão se desenvolvendo muito bem. Na média, as plantas cresceram um metro, em um ano e meio”, informou Peres. Ele informou, ainda, que no início do plantio houve um período de estiagem, o que obrigou o produtor a fazer a irrigação manual. Com isso as plantas puderam passar pelo período de estiagem sem grande dificuldade. Segundo pesquisas da Embrapa Floresta a produtividade das mudas enxertadas de araucária pode chegar a 20 kg por árvore no primeiro ano, aumentando com o decorrer do tempo.

A intenção de Osvaldo é vender a produção de pinhão para supermercados locais. Ele também deve se associar a uma cooperativa de Rio Branco do Sul que faz o beneficiamento da semente, com o cozimento e embalagem a vácuo. Outro segmento que Osvaldo pretende atender é o da merenda escolar, já que o pinhão foi incluído no cardápio de muitas escolas. “Essa propriedade é herança de família. Sei que daqui a cinco ou seis anos posso ter algum retorno com a venda de pinhão, ou não. Se não der o resultado esperado, pelo menos terei um bosque de araucárias bem bonito”, afirmou Osvaldo.

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PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E CULTURAL – De acordo com informações da Embrapa Florestas, a araucária é, certamente, uma das espécies florestais mais emblemáticas para a população em geral. Seu uso indiscriminado, desde a segunda metade do século XX, a levou para a lista de espécies ameaçadas de extinção. Por isso, diversas iniciativas procuram estimular novos plantios e a possibilidade de uso e geração de renda com a espécie. É a chamada “conservação pelo uso”. Para isso, a pesquisa vem estudando como a araucária pode voltar a participar do cenário econômico, de forma sustentável.

Transformar a araucária em espécie cultivada, produtiva e lucrativa é uma forma de preservar a espécie tão cara para o meio ambiente, sobretudo nos estados do Sul do Brasil. Além disso, o consumo do pinhão faz parte da cultura de muitos estados.  

IAT – O Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à secretaria estadual do Desenvolvimento Sustentável, possui um programa de recuperação da Floresta com Araucária. Somente no ano passado foram doadas pelo Instituto 127.760 mudas da árvore. Neste ano, entre janeiro e início de maio, outras 24.896 mudas foram retiradas pela população. Em ambos os períodos, ela foi a espécie ameaçada de extinção mais procurada nos 19 Viveiros Regionais que formam a Gerência de Restauração Ambiental do IAT.

Os viveiros produzem, no geral, mais de 100 espécies nativas diferentes, 25 delas são consideradas ameaçadas de extinção. A capacidade de produção é de até 5 milhões de mudas/ano. Dois laboratórios de sementes completam a estrutura do Estado.

A proposta de recuperação da Floresta com Araucária integra o Programa Paraná Mais Verde, lançado em setembro de 2019 para celebrar o dia da árvore. O programa tem por objetivo despertar a consciência ambiental e aliar desenvolvimento ambiental, econômico e social.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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