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Piana e embaixadora da Finlândia no Brasil alinham parcerias na educação e ensino superior

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O governador em exercício Darci Piana recebeu nesta segunda-feira (15), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, a visita oficial da embaixadora da Finlândia no Brasil, Johanna Karanko, com o objetivo de estreitar a relação entre o país e o Paraná nas áreas de educação e ensino superior.

O Paraná tem leis que estimulam o meio acadêmico por meio da colaboração entre o poder público e a iniciativa privada, contemplando empresas e instituições de ensino superior. Além disso, na educação, em apenas quatro anos, o Estado deu um salto do 7º para o 1º lugar do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do ensino médio entre as redes estaduais de ensino de todo o País.

“Temos um grande futuro pela frente e queremos expandir a relação com a Finlândia para melhorar ainda mais não só o ensino superior do Estado, mas a educação como um todo. O Paraná é o que mais tem universidades estaduais e todas trabalham em conjunto com empresários em diferentes áreas de pesquisa, principalmente em relação ao meio ambiente e sustentabilidade”, disse Piana.

Uma das parcerias já está em andamento com o país. Trata-se do programa de intercâmbio Ganhando o Mundo, do Governo do Estado, voltado aos professores e pedagogos da rede estadual de ensino do Paraná. Os candidatos já selecionados terão uma experiência de até quatro semanas de formação continuada em uma instituição de ensino superior da Finlândia e Canadá.

O país foi escolhido devido ao modelo bem-sucedido de educação pública, já que ocupa os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), pesquisa internacional que ocorre a cada três anos e visa avaliar os sistemas educacionais básicos em todo o mundo.

A ideia é expandir a capacitação feita com os professores da rede estadual para os níveis acadêmicos: graduação, mestrado e doutorado. Referência no País, o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná é composto por 21 mil doutores e 23 mil mestres que contribuem para que o Estado esteja entre os mais inovadores do Brasil.

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De acordo com o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, o país é um exemplo de educação pública que deve continuar sendo seguido pelo Paraná. “A Finlândia é uma inspiração pelo resultado no Pisa. Estamos trabalhando para sermos a melhor educação da América Latina e tornar a educação do Paraná referência. Por isso queremos fazer essa troca com a Finlândia”, destacou.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, acrescentou que as universidades tem programas de internacionalização e trabalham de maneira integrada com a sociedade em Agências de Inovação e arranjos de pesquisa. “Nossas universidades tem tradição em cooperação internacional. Nós vemos na Finlândia um modelo no qual podemos avançar, principalmente na formação de professores, para trocar experiência e enriquecer nosso processo de formação já que a Finlândia é nossa referência”, disse.

EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE – A embaixadora afirmou que, por conta desse bom ambiente do Paraná, que extrapola fronteiras, seu país tem interesse em ampliar a relação com a administração estadual. A comitiva deve marcar mais encontros para dar continuidade às discussões nos próximos dias.

“Foi um encontro muito importante. Temos muitas áreas em que podemos colaborar, em inovação e educação. Agora precisamos fazer uma programação para cada área específica porque não conseguimos fazer todas ao mesmo tempo, mas essas áreas são as principais”, disse.

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A conselheira de Educação e Ensino Superior da Embaixada da Finlândia, Johanna Kivimäki, ressaltou que o país pode contribuir por meio das instituições finlandesas que têm experiência em cooperação internacional.

“A formação de professores pode ser uma área de colaboração. Temos muitas universidades abertas para pesquisa em ciências educacionais, a educação está bastante forte”, disse. “Há uma universidade no centro da Finlândia que tem como forte a colaboração global para mestrados. Conheço duas brasileiras que fazem mestrado lá, estudando e adquirindo conhecimentos de alto nível”.

As autoridades do país europeu ainda ressaltaram que têm interesse em parcerias na área de sustentabilidade. O Governo da Finlândia tem como estratégia incrementar investimentos em pesquisa e inovação até 2030. As áreas com maior interesse local são agricultura e agronegócio, biotecnologia, energias renováveis e sustentabilidade.

Os finlandeses têm interesse, ainda, na produção da madeira engenheirada, que são pré-fabricadas, com o objetivo de potencializar o seu uso na construção. “Fazemos muitos andares de prédios em madeira. Na Finlândia nós acreditamos que tudo pode ser feito em madeira. Há oportunidades de cooperação além do campo das empresas que já se conhecem e o Paraná tem boas oportunidades nesse mercado”, destacou o comissário de comércio da Business Finland, Matti Landin.

PRESENÇAS – Participaram do encontro o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; a assessora de relações internacionais da Fundação Araucária, Eliane Segati; e a cônsul honorária da Finlândia, Roseanne Lunardelli Salomon Fontana.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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