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Prevenção à mastite na produção leiteira

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Os quatro pilares para a prevenção à mastite, fato que reverte na qualidade do leite, foi o foco da palestra direcionada aos bovinocultores de leite integrados à Copacol, realizada no último dia do Copacol Agro 2023.

O medico veterinário, Rafael Ortega, da empresa Hipra, formado pela Universidade de Cordoba na Espanha, especialista em qualidade de leite, apresentou aos produtores as boas práticas que devem ser seguidas para que se cumpra os quatro pilares para a prevenção da mastite e a qualidade do leite.

Ortega enumera os principais fatores: “O primeiro é o ambiental, que inclui o meio onde o animal está inserido, o conforto, a pressão de infecção, clima e higiene. A adoção de boas práticas nesses processos é um grande passo para o cumprimento dos quatro pilares”, reforça o palestrante.

Outros três fatores comtemplam os quatro pilares:
Máquina de ordenha; a qual deve ter uma rotina de manutenção, calibração dos vácuos, durabilidade do equipamento, extração do conjunto, leite residual, sub ordenha e higienização dos equipamentos e resfriadores.

Rotina de ordenha: A condução dos animais até o sal de espera, resfriamento dos animais com a aspersão e ventilação, horário e intervalo entre a ordenha, inspeção primaria da glândula mamária, dor, rubor nos primeiros três jato, observação do grumo, limpeza dos tetos, tempo de estimulo para a ordenha, uso do pré e pós dipping e a retomada dos animais ao Free-Estall (estabulo).

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Fator animal: A sanidade do rebanho, problemas produtivos, locomotor, mastite, digestório, condições corporais, nutrição e bem-estar animal, do qual ele possa expressar livremente, dor, medo, sede, fome e conforto.

“Todos esses fatores estão correlacionados, dos quais deve haver uma sincronia. Para que se possa ter uma boa qualidade do produto, não adiante eu ter um animal de boa genética, seu não tenho um equipamento bem higienizado, não ofereço um bom ambiente ao animal, deve haver as boas práticas em todos esses processos, um está atrelado ao outro”, explica o especialista.

O produtor de Formosa do Oeste, Adriano Bonfim dos Santos, diz que sempre está atento aos manejos com os animais, mas durante a palestra teve a oportunidade de sanar algumas dúvidas: “A gente nunca sabe tudo e ao ouvir um especialista na produção de leite, a gente vê que ainda temos muito a aprender. O que mais me chamou a atenção foi o fato de evitar a medicação, pois com a prevenção e a vacinação podemos manter a saúde dos animais, e assim melhor a produção e qualidade do leite”, destaca.

De acordo com Leonardo Dornelles, gerente da integração suínos e leite, o palestrante tem um vasto conhecimento do tema, e desta forma espera que os produtores possam ter tirado o máximo de proveito e possam aplica-los no dia a dia em suas propriedades. “Agradeço a participação de todos, e coloco toda a nossa equipe à disposição dos os produtores para que juntos possamos melhora e crescer ainda mais na atividade”, conclui Leonardo.

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COPACOL AGRO
A palestra da bovinocultura de leite, bem como a da avicultura, encerrou o Copacol Agro 2023.Durante os seus três dias o evento atraiu milhares de pessoas e mostrou o interesse do cooperado pelas informações repassadas por meio das palestras de cada atividade.

Além das palestras técnicas, renomados palestrantes de nível nacional e internacional como, Geraldo Rufino, dono da JR Diesel, Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, e o especialista em mercado interno e externo, Marcos Fava Neves, atualizaram os cooperados sobre as novidades e as tendências do agronegócio para os próximos anos.

A Copacol por meio de sua diretoria, agradece a cada um que prestigiou mais essa edição do Copacol Agro. Em especial aos cooperados e suas famílias, empresas parcerias que expuseram seus produtos e serviços, colaboradores e organizadores e a todos que de forma direta e indireta ajudaram a fazer com muito sucesso o Copacol Agro 2023.

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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