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Copacol Agro recebe presidente da OCB; setor se une para enfrentar desafios

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Os desafios para o setor frente a situação econômica e política do País estiveram em evidência no segundo dia do Copacol Agro 2023, que contou com a participação especial do presidente da OCB, a Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas. Mais de 2,8 mil estiveram no Centro de Pesquisa Agrícola para acompanhar as atrações do evento.

Diante das indefinições do Ministério da Agricultura com o Plano Safra, o convidado especial destacou a necessidade de união para articular o que ele define como uma “trincheira” em defesa do agro. “Como vamos ter recursos para plantar, definir planejamento para silos, armazéns e maquinários para a próxima safra? Estamos diante de um governo que está catando papel na ventania, que não mostrou a que veio, que vai ter que portar ao menos 24 bilhões de reais para uma safra parecida com a do ano passado. Por isso, precisamos nos organizar, criar uma trincheira em defesa do agronegócio, com representantes, para ter uma estratégia em favor do setor. Precisamos acompanhar as decisões dos parlamentares”, afirmou Lopes.

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O setor faturou R$ 600 bilhões ano passado, conforme a OCB, com meta de atingir R$ 1 trilhão até 2027: de 18,8 milhões de cooperados, a intenção é chegar a 30 milhões; de 600 mil empregos gerados, 1 milhão de postos serão preenchidos em todo o País nos próximos quatro anos. “A receita é estar organizado e unido: o cooperativismo precisa estar forte, com planejamento para saber onde queremos chegar. A agricultura brasileira segue uma regra, onde mesmo com crises de outros setores, continua em desenvolvimento. Fizemos a lição de casa: buscamos tecnologia e conhecimento. O resultado está na nossa economia, com uma transformação nos últimos 40 anos: o Brasil comprava 30% do alimento que consumia. Hoje somos o segundo maior exportador de alimentos e seremos o primeiro”, disse o palestrante.

CAMPO DE PERSONALIDADES
Como homenagem e agradecimento pela postura adotada em defesa do setor, Márcio Lopes passa a compor o Campo de Personalidades do Copacol Agro, onde plantou um Ipê Amarelo, flor símbolo do Brasil. A honraria já foi prestada a outros convidados, como Alysson Paolinelli (ex-ministro da Agricultura), Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura) e Francisco Turra (ex-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal). “É uma grande honra receber grandes defensores do cooperativismo. Precisamos nos fortalecer para superar os desafios e neste ano não será diferente. A união é fundamental para garantirmos direitos de quem produz alimentos para o nosso País. Percebemos que a família cooperada vem fazendo a sua parte, evoluindo nas atividades e implantando as novas tecnologias necessárias para elevar as produtividades”, afirma o diretor-presidente, Valter Pitol.

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CARAVANAS
Os visitantes do Copacol Agro chegam em caravanas no CPA para conferir as atrações da Copacol e também das 83 empresas que estão presentes no evento. Os Grupos Femininos aproveitam para acompanhar as palestras e participar dos encontros realizados nos estandes da Cooperativa. “É muito importante se atualizar. O setor precisa se unir: se não juntarmos forças, se ficarmos parados, vamos perder espaço. O agro é a força do Brasil”, diz Terezinha Grando Domukoski, integrante do Grupo Feminino de Palmitolândia.

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AGRONEGÓCIO

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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