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Paraná organiza cadeia para liderar produção de hidrogênio renovável no Brasil

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O Paraná está se organizando para liderar a produção nacional de hidrogênio renovável, considerado o “combustível do futuro” por ser obtido a partir de fontes renováveis e com baixa emissão de carbono. Nesta quarta-feira (3), o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou uma série de medidas para criar uma política integrada de fomento à produção, pesquisa e uso do insumo no Estado.

Ele participou da abertura do 1º Fórum de Hidrogênio Renovável (H2) do Paraná, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e anunciou a criação do Programa de Energia Verde no Estado; a desoneração tributária da cadeia produtiva do insumo; linhas de crédito que somam R$ 500 milhões para fomentar investimentos no setor; assinou a resolução que cria o Descomplica H2R, que estabelece critérios para licenciamento ambiental do combustível; e sancionou o projeto de lei que cria a Política Estadual do Hidrogênio Renovável.

Também foi formalizada, na ocasião, uma cooperação técnico-científica entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Fundação Araucária e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para a elaboração de projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção e inovação industrial no campo do hidrogênio renovável.

“Somos líderes na produção de energia renovável no País e agora queremos sair na frente na discussão sobre hidrogênio verde, criando um ambiente favorável para atrair investimentos dessa cadeia para o Estado”, afirmou Ratinho Junior. “Temos plenas condições liderar esse processo e ser grande um fornecedor de energia para a Europa e outros países. O hidrogênio utiliza como matéria-prima a água, que temos em abundância no Paraná”.

Com esse pacote e um trabalho que envolve diversos segmentos do Estado, salientou o governador, o Paraná busca criar um ambiente seguro e competitivo para a atração de investimentos no setor. “O Estado está organizado legalmente para que a cadeia produtiva possa ser colocada à disposição da sociedade, para atrair investidores de todo o planeta, que buscam segurança jurídica e incentivos para os investimentos”, disse.

Além disso, o Paraná também deve ganhar uma planta industrial para a produção de hidrogênio renovável. A Invest Paraná, agência de atração de investimentos do Estado, assinou um protocolo de intenções com a Sengi Solar, empresa pertencente ao Grupo Tangipar, para a implantação de uma fábrica, que também vai produzir oxigênio. O investimento previsto é de R$ 50 milhões.

“Há uma corrida mundial pelo hidrogênio verde por conta do processo de transição energética, para reduzir o uso de combustíveis fósseis. E o Paraná quer liderar esse processo, porque temos tradição na produção de energia limpa”, afirmou o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva. “O Estado ocupa uma posição estratégica e está se organizando para atrair esse mercado, com arcabouço legal, desoneração da cadeia tributária, financiamento e pesquisa”.

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O QUE É – Também chamado de hidrogênio verde, o insumo pode ser obtido a partir da separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio da água, em um processo chamado eletrólise, ou mesmo separando as moléculas de hidrogênio presentes no biometano.

Com isso, a produção do hidrogênio renovável pode vir de diferentes fontes, como o lodo de esgoto, dejetos de animais, biomassa, usinas hidrelétricas de diferentes portes, solares e eólicas. Para ser considerado renovável, é preciso que as fontes utilizadas para a sua obtenção também sejam renováveis, com baixa ou nenhuma emissão de carbono.

“Esse processo de separação da molécula permite que o hidrogênio seja estocado e comprimido como um gás, que é muito utilizado na indústria pesada, na aviação civil, em grandes embarcações ou mesmo em automóveis”, explicou Guto Silva. “Além da produção do hidrogênio, a partir desse processo há também a possibilidade de produzir fertilizantes verdes, como amônia e ureia, mercado que o Paraná também pode se tornar competitivo”.

PACOTE DE MEDIDAS – Dentro do pacote anunciado pelo governador, está a implementação do Programa de Energia Verde no Estado do Paraná, com o objetivo de promover a produção e uso de energias renováveis e sustentáveis, em especial o hidrogênio verde, como forma de estimular o desenvolvimento econômico e social do Estado. A medida também prevê a busca incentivos fiscais junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para estimular o desenvolvimento do setor no Estado.

Para reduzir a burocracia e facilitar a implantação de empreendimentos no setor, também está sendo criado o Descomplica H2R, nos mesmos moldes do Descomplica Energias Renováveis. A resolução estabelece critérios e procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos para a produção de hidrogênio renovável.

Outro ponto é o incentivo econômico a empresas do setor. O Sistema Paranaense de Fomento, formado pela Fomento Paraná e pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), deve disponibilizar R$ 500 milhões por ano para financiar a cadeia produtiva. Serão R$ 300 milhões da linha BRDE Energia Sustentável e R$ 200 milhões da Fomento para projetos de investimento e capital de giro.

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Na linha da pesquisa e desenvolvimento, a Seti, Fundação Araucária e Tecpar terão uma cooperação técnico-científica para o desenvolvimento de programas, projetos e atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico, produção e inovação industrial no campo do hidrogênio renovável de baixo carbono.

Já a lei que cria a Política Estadual do Hidrogênio Renovável, aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Paraná, tem o objetivo de aumentar a participação do hidrogênio renovável na matriz energética do Estado, estimulando o uso do insumo em suas diversas aplicações, em especial como fonte de energia e produção de fertilizantes agrícolas.

O texto afirma que o Estado pode firmar convênios com instituições públicas e privadas e financiar pesquisas e projetos que visem o desenvolvimento tecnológico e à redução de custos de sistemas de energia a base de hidrogênio renovável; e à capacitação de recursos humanos para a elaboração, a instalação e a manutenção de projetos de sistemas de energia a base de hidrogênio renovável. Também estimula o uso de hidrogênio renovável no transporte público, na indústria e na agricultura.

FÓRUM – O fórum é promovido pelo Governo do Estado e organizado pela Secretaria de Planejamento, Invest Paraná, Copel, Sanepar e Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). O evento traz uma série de discussões e painéis temáticos para tratar de produção, competitividade, inovação e demandas de longo prazo.

Com o tema “Acelerando a economia do hidrogênio no Paraná: transição energética e neutralidade de CO2”, o evento reúne especialistas da indústria, academia e formuladores de políticas para discutir e elaborar estratégias práticas e efetivas para o desenvolvimento da produção e uso dessa energia renovável no Estado.

A partir das discussões do fórum e com base na Política Estadual do Hidrogênio Renovável, o Estado pretende estruturar o Plano de Hidrogênio Verde do Paraná, com a contratação do serviço de assessoria especializada na área que dará subsídios técnicos para elaboração de uma proposta comercialmente viável.

O plano deve contar com um diagnóstico do cenário atual do Estado frente ao mercado de H2 verde e diretrizes gerais; estudos para estruturação do plano estadual para este mercado; sugestões de incentivos governamentais para desenvolver a área, relatório final e proposta de implantação do Plano de Estruturação do Mercado de H2 Verde no Paraná.

HIDROGÊNIO RENOVÁVEL

Assinatura da lei que institui a Política Estadual do Hidrogênio Renovável. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN

PRESENÇAS – Estiveram presentes na abertura do Fórum o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil João Carlos Ortega; os secretários estaduais da Fazenda, Renê Garcia Júnior; da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; os presidentes da Invest Paraná, Eduardo Bekin; da Sanepar, Claudio Stabile; da Fomento Paraná, Heraldo Neves; do Instituto Água e Terra, Everton Souza; do Tecpar, Celso Kloss; da Compagas, Rafael Lamastra; e do BRDE, Wilson Bley Lipski; o superintendente do Parque Tecnológico de Itaipu, Irineu Mário Colombo; o presidente do Grupo Tangipar, Daniel Rocha; o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca; e os deputados estaduais Maria Victória, Alexandre Curi, Adão Litro, Luís Corti, Gilberto Ribeiro e Fabio Oliveira.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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