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Produção agroecológica na RMC e Litoral ganha impulso com encontro em estação de pesquisa

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Discutir sistemas, ações e políticas públicas para viabilizar e aumentar a produção orgânica da região foi o objetivo do Encontro Mesorregional de Agroecologia – Casa da Agroecologia, que aconteceu nesta quinta-feira (27) na Estação de Pesquisa em Agroecologia do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), em Pinhais.

Com a presença do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e do diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, o evento contou com mais de 100 participantes entre agricultores, técnicos e estudantes.

Pela manhã eles tiveram acesso a uma série de palestras sobre o mercado de orgânicos, benefícios socioeconômicos e ambientais e o manejo ideal da água para irrigação. Durante a tarde participaram de diversas oficinas com orientações práticas.

Com 3.829 produtores certificados, o Paraná é líder em produção orgânica no Brasil. Em segundo lugar está o Rio Grande do Sul, com 3.788, e em terceiro o Pará, com 2.868.

O secretário reforçou a necessidade de pensar uma agricultura mais sustentável para o Paraná, que garanta alimento mais puro e mais saudável, tanto na produção convencional quanto na orgânica.

“Este esforço da pesquisa, evoluindo para sistemas mais inteligentes de consumo, precisa ser reconhecido. Tudo faz parte de um trabalho para ampliar nossa especialidade, que é produzir comida. E comida mais saudável, que venha de uma agricultura mais limpa”, afirmou Ortigara.

“Todo o trabalho desenvolvido pelo sistema de agricultura do Estado fez o Paraná chegar perto dos 4 mil produtores orgânicos certificados e ser o líder neste setor no Brasil, mas ainda temos desafios. Um deles é garantir 100% da merenda escolar com produtos orgânicos até 2030. Serve como estímulo para criarmos mecanismos de trabalho que nos leve a isso”, reforçou o secretário.

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O diretor-presidente do IDR-Paraná fortaleceu a importância dos momentos de união entre pesquisa agropecuária, extensão rural e ensino para discutir a produção orgânica no Paraná e criar mecanismos de incentivo ao produtor. Ações que fazem parte da missão do Instituto, que é melhorar a entrega ao agricultor paranaense e garantir que os conhecimentos gerados cheguem onde precisam estar.

“Se a pesquisa não chegar até o agricultor não gera inovação,e se a extensão rural entregar sem inovação empobrece o processo. Estes momentos de troca de experiência fortalecem o desenvolvimento rural”, acentuou.

Para o coordenador regional do IDR-Paraná em Curitiba, Raphael Branco, o evento serviu para celebrar a integração entre pesquisa e extensão rural na agroecologia. “É o primeiro encontro nesta formatação que agrega a região de Curitiba e o Litoral. Mas esperamos repetir este encontro nos próximos anos”, afirmou Raphael.

CASA DA AGROECOLOGIA – O projeto Casa da Agroecologia visa reunir as atividades desenvolvidas na Estação de Pesquisa em Agroecologia para disseminar informações aos agricultores, técnicos e estudantes.

“A ideia é transformar a estação numa verdadeira casa da agroecologia para atender diferentes públicos interessados no tema”, disse Moacir Darolt, engenheiro agrônomo do IDR-Paraná e coordenador do projeto. Atualmente a estação atende diretamente entre 1,3 mil a 1,8 mil pessoas por ano.

A estação conta com 147 hectares dedicados à pesquisa, experimentação e extensão em agroecologia. Ali são testadas novas práticas e tecnologias em busca de uma agropecuária mais sustentável. Concentram trabalhos com produção de leite orgânico, sistema silvipastoril, compostagem, fruticultura, plantas medicinais, bambu, entre outros. É a primeira Estação de Pesquisa Certificada Orgânica do País.

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TERMO DE COOPERAÇÃO – Umas das ações do IDR-Paraná para incentivar a produção de orgânicos é a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica com a Associação Para o Desenvolvimento da Agroecologia (AOPA). Como parte das ações, houve uma reunião para avaliação dos trabalhos realizados a partir do termo, que completou um ano em 14 de abril.

Durante a reunião, que também aconteceu na Estação de Pesquisa em Agroecologia do IDR-Paraná, os técnicos envolvidos apresentaram os resultados obtidos até agora com os 42 agricultores que recebem assistência técnica por meio da cooperação.

Entre eles, o produtor de tomates e hortaliças José Cassiano dos Reis, de Quatro Barras, que, mesmo sendo formado em Agronomia, sentiu muita dificuldade quando começou a trabalhar com produtos orgânicos e encontrou o apoio que precisava na técnica do IDR-Paraná Karla Fabiane Zielinsk.

“Seguimos rigidamente as orientações que recebemos e conseguimos alcançar 80% da nossa meta. A Karla também nos deu orientação para reativar a cooperativa de orgânicos e, com isso, aumentamos o número de produtores orgânicos no município. Já temos 87 cooperados, sendo 34 de Quatro Barras”, afirmou José Cassiano.

O termo deve levar assistência técnica a agricultores orgânicos de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. A intenção é certificar 150 produtores nos próximos cinco anos, além de aumentar em 20% a oferta de produtos orgânicos para a alimentação escolar no Estado.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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