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Governo do Paraná investe no ensino das ciências em comunidades indígenas do estado

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Fomentar a educação com foco na tecnologia como aliada da relação dos povos indígenas com a natureza e como meio de viabilizar a preservação da sua cultura. Estes são os objetivos de algumas ações implementadas nos últimos meses pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação, nas 39 escolas indígenas do Paraná. Computadores, webcams, microfones, mouse pads: elementos antes distantes do dia a dia das comunidades nativas hoje se tornam familiares e já começam – aos poucos – a transformar a educação nas sociedades indígenas. 

Nesta quarta-feira (19), o Dia Nacional dos Povos Indígenas põe em evidência a diversidade destes grupos étnicos no cenário brasileiro, além de contribuir para a preservação da cultura e da história desses povos. A data traz à pauta também reflexões importantes sobre a luta contra o preconceito e a preservação de seus direitos no contexto social e político.

Em prol da defesa desses direitos e tendo em vista promover a educação como forma de fortalecimento das culturas indígenas, o Governo do Paraná tem investido no ensino da ciência às comunidades. Com foco na Matemática, Informática e Robótica, a inclusão digital e o uso das ferramentas tecnológicas têm se tornado cada vez mais rotineiros para os estudantes.

Com a implementação, em 2022, da disciplina de Informática Básica na grade das escolas indígenas, veio também o investimento em infraestrutura tecnológica. Foram entregues, no ano passado, kits Educatron (compostos por smartTV 43”, computador, webcam, microfones, teclado com mouse pad e pedestal regulável) a todas as escolas da rede estadual — para as indígenas, já neste primeiro semestre de 2023 –  foram entregues 485 computadores. Dezoito delas também receberam um total de 105 chromebooks e kits robótica. Ao todo, esse investimento nas unidades indígenas ultrapassa os R$ 2 milhões.

SABERES INDÍGENAS NO ENSINO DA ROBÓTICA —  Jumpers, baterias, leds, resistores, potenciômetros. Para os estudantes da etnia kaingang do Colégio Estadual Indígena Cacique Otávio dos Santos (que atende 122 estudantes no município de Turvo, na região central do estado), os equipamentos que no início pareciam complexos ganharam significado prático a partir de uma das mais milenares e cotidianas atividades da comunidade indígena: a montagem de armadilhas para pesca. Luan Felipe de Lima leciona Informática Básica e Robótica para 13 alunos da 1ª série do colégio e, para demonstrar aos alunos a utilidade da robótica de forma prática, recorreu à montagem das armadilhas.

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“Os alunos não tiveram dificuldade, pois encontraram semelhanças entre o funcionamento dos mecanismos da robótica com os das armadilhas que já costumavam montar para capturar animais”, explica. Segundo o professor, mecanismos como o da força potencial e do desarme, por exemplo, fazem parte da realidade do aluno. “Foi feita uma adequação. No começo, imaginavam que faríamos robôs que sairiam falando e andando, como normalmente se imagina a partir de filmes e programas de televisão. Logo eles entenderam que a atividade era bem mais próxima da realidade do que imaginavam”, diz.

Já as aulas voltadas à informática começaram pelo funcionamento do computador, do sistema operacional, dos aplicativos e programas, além do uso responsável da internet. Todo o conteúdo é trabalhado de forma alinhada aos conhecimentos ancestrais da comunidade. “Existe orientação [das lideranças indígenas do Paraná e do Brasil] de como usar a tecnologia como ferramenta e não deixar atrapalhar o desenvolvimento dos jovens e nem acabar substituindo a cultura. Isso acaba se tornando um desafio, e temos que aprender o passo a passo”, observa o professor.

PLATAFORMA DE INGLÊS — Considerando a relevância do ensino da Língua Inglesa no mundo contemporâneo, em especial no que diz respeito à inserção dos estudantes no mercado de trabalho e à importância de possibilitar acesso às informações vindas de todas as partes do mundo, o Inglês Paraná – ferramenta voltada ao ensino e aprendizagem da língua inglesa – também passou a ser implementada no ensino das escolas indígenas da rede estadual.

No Colégio Estadual Indígena Carlos Alberto Cabreira Machado, que atende 80 alunos indígenas no município de Novas Laranjeiras, estudantes da Terra Indígena Rio das Cobras tiveram o primeiro contato com a língua inglesa a partir da ferramenta. “Um dos grandes incentivos para que os estudantes guaranis se interessassem pelo conteúdo foi o programa Ganhando o Mundo, do Governo do Estado, que viabiliza aos alunos da rede estadual a experiência do intercâmbio”, explica o diretor da escola, Edson José Borsoi. “Com a perspectiva de participarem do programa, os alunos já agregam ferramentas importantes para sua futura inserção no mercado de trabalho”, ressalta.

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Para Ananias Veríssimo, professor e cacique da aldeia Rio da Lebre, o contato com as plataformas digitais tem mostrado resultados positivos no desempenho dos estudantes. “Tudo isso tem favorecido o aprendizado integral e expandido o conhecimento dos nossos alunos para além das fronteiras da aldeia”, afirma.

Além disso, a familiarização gradual dos estudantes com a plataforma Inglês Paraná aos poucos rende resultados positivos no ensino de novos idiomas. “São recursos indispensáveis ao ensino das ciências tecnológicas. Por meio deles é possível aproximar as comunidades da tecnologia de modo prático e natural, como ferramentas que vêm para facilitar o dia a dia”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

INDÍGENAS NO BRASIL — Segundo o último Censo realizado no Brasil, no ano de 2010 o país conta com uma população indígena de quase 900 mil pessoas. Deste total, quase 600 mil vivem na zona rural. A diversidade cultural da população indígena brasileira é vasta e a preservação da cultura e modos de vida destas populações estão no foco do Governo do Estado do Paraná.

EDUCAÇÃO INDÍGENA — A rede estadual de ensino do Paraná conta com 39 escolas indígenas, inscritas em suas terras e culturas, contemplando mais de 5 mil estudantes. Essas instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada povo. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue (com aulas da língua indígena materna e de português) desde o início de sua jornada escolar, visando à valorização da diversidade étnica.

Todas as 39 escolas indígenas da rede estadual foram contempladas na entrega de novos equipamentos de informática neste primeiro trimestre de 2023. Foram entregues ao todo 485 computadores e 18 delas também receberam um total de 105 chromebooks e kits robótica. Ao todo, esse investimento nas unidades indígenas ultrapassa os R$ 2 milhões.

Fonte: Governo PR

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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