14 de Abril de 2025
    NOVA AURORA

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    Oficina vai orientar produtores de erva-mate do Paraná na busca por novos mercados

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    União da Vitória recebe na próxima terça-feira (11) a 2ª Oficina do VRS Mate para produtores do Centro-Sul do Estado. A oficina integra o programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) da Invest Paraná – agência de captação de negócios do Governo do Estado vinculada à secretaria estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Seic) -, que tem objetivo de profissionalizar a cadeia de produtos típicos paranaenses, com busca por novos mercados, inclusive no Exterior.

    São 200 vagas abertas para a participação dos produtores de erva-mate, cujas inscrições devem ser feitas pelo site do VRS, no banner do evento. O programa é desenvolvido pela Invest Paraná em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

    O objetivo é apoiar os produtores na conquista de novos mercados. Três empresários do setor ervateiro darão palestras dos seguintes tópicos: Boas Práticas Agrícolas e Rastreabilidade, por Nei Antônio Kukia (presidente do Conselho Gestor do Mate – Cogemate); Segurança Alimentar Certificada, por Naldo Vaz (vice-presidente do Cogemate); e Erva-Mate com Indicação Geográfica, por Eva Blaszcyk, representante do IG-Mathe.

    Representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Gabriel Isaacsson, do governo federal, vai falar sobre como os produtores devem se preparar para vender a outros países. Por fim, Sotirios Ghinisa, da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira abordará o potencial da erva-mate no mercado dos países do Oriente Médio.

    “O Paraná é o maior produtor de erva-mate do Brasil e nos últimos anos a produção vem ganhando valor agregado. Essa oficina do programa VRS é importante para que nossos produtores se qualifiquem para buscar novos mercados. O mate paranaense tem potencial para expandir não só no mercado nacional, mas também para o Exterior”, enfatiza o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

    O mate é a maior cadeia produtiva atendida pelo VRS, com 14 municípios da Região Centro-Sul. O programa também está em outras regiões com produtos locais, como no Litoral com banana, palmito, açaí juçara, frutas sazonais e turismo; e no entorno da futura Represa do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com a produção agrícola local. O VRS também está em fase de implantação no Vale do Ribeira, área que é grande produtora de tangerina e com grande potencial turístico.

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    “A oficina terá dinâmicas para que a cadeia produtiva desenvolva o mercado de erva-mate. Serão mostrados dados econômicos sobre o potencial do mate de expandir o mercado no Brasil e no Exterior, como no caso dos países árabes”, afirma o gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Bruno Banzato.

    Um dos palestrantes da oficina, Naldo Vaz destaca a importância de toda a cadeia produtiva se profissionalizar. “De uns anos para cá está tendo muita iniciativa do Governo do Estado em organizar a cadeia. E o VRS é justamente o programa que agrega valor não só na matéria-prima, mas também no produto beneficiado, o que faz com que todos evoluam”, afirma Vaz. “É importante ter uma iniciativa como o VRS para organizar a cadeia produtiva do mate para que se chegue ao nível da cadeia do café, por exemplo, que é um setor produtivo muito organizado”, compara o especialista.

    MATE SOMBREADO – Desde 2014 o mate paranaense vem ganhando valor de mercado a partir de ações de incentivo ao cultivo da erva sombreada, plantada debaixo de florestas nativas, em especial de araucárias, no Sul do Estado. O diferencial do mate sombreado em relação à produção a pleno sol é no sabor mais palatável.

    Cultivada à sombra de árvores, a planta produz menos cafeína, o que reduz a amargura do mate. Além disso, plantada desta forma a erva-mate produz mais teobromina, substância que dá um gosto mais amaciado ao chimarrão e ao chá.

    “A erva-mate sombreada pegou muito bem no mercado. Todo o processo de cultivo desse mate sombreado foi desenvolvido pela Emater a partir de 2014. Em 2012 ninguém queria produzir nesse sistema porque a arroba da erva custava R$ 4,50 e o custo de produção era de R$ 5, ou seja, prejuízo de R$ 0,50. Hoje a arroba da erva-mate sombreada está cotada em R$ 26, acima, inclusive, da soja”, explica o gerente do IDR-PR, Amauri Ferreira Pinto.

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    O cultivo de mate sombreado garante renda para 37 mil famílias, sendo que 90% são pequenos empreendedores. Além disso, gera sustentabilidade, com a preservação da mata nativa da região.

    O gerente do IDR-PR, porém, enfatiza que o cultivo da erva-mate sombreada exige capacitação. Por isso a importância da oficina do VRS em União da Vitória. “O que vai melhorar ainda mais o preço do mate é a conquista de novos mercados. E na oficina vamos falar de qualidade, da importância de serem criados novos produtos de mate como, por exemplo, linhas de bebidas energéticas, ou mesmo novas opções de chás”, ressalta Ferreira Pinto.

    MERCADO ÁRABE – Um mercado com potencial de exportar a produção paranaense é o dos países do Oriente Médio. Um representante da Câmara Árabe-Brasileira vai falar do potencial de exportação para três países cujo consumo vem da década de 1960 e segue crescendo: Líbano, Síria e Jordânia.

    Nesses países o consumo é pela bebida numa espécie de chimarrão, bem como em chás. Desde os anos 1960 a população do Líbano, Síria e Jordânia tem o hábito de consumir mate. Porém, o Brasil pouco exporta para essa região, cujo principal fornecedor é a Argentina.

    “Poucos brasileiros sabem, mas os árabes consomem muito mate. Por isso é um mercado potencial para o Brasil, em especial o Paraná, já que são poucos fornecedores para esses países”, informa a analista sênior de Relações Internacionais da Câmara Árabe-Brasileira, Elaine Prates.

    Ela explica que, além de detalhar o potencial de exportação da erva-mate paranaense para os países árabes, a câmara também vai divulgar a qualidade da produção do Estado no Oriente Médio. “A oficina do VRS é uma ótima oportunidade de divulgar a qualidade do mate brasileiro. Vamos levar as informações daqui para esses países, já que no Paraná a erva-mate tem qualidade e escala de produção”, aponta Elaine.

    Fonte: Governo PR

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    Pesquisa socioeconômica do Ipardes chega a 62 municípios nesta semana; veja a lista

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    Pesquisadores contratados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) chegam a 62 municípios nesta semana para dar continuidade à coleta de dados de uma amostragem inédita, que pretende traçar o perfil socioeconômico da população paranaense. A fase de campo da Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR) entra na sua terceira semana e já concluiu a amostragem em três cidades: Salto do Lontra, Leópolis e Uraí.

    Até a última quinta-feira (10), foram respondidos aproximadamente 8.800 questionários, o que equivale a 14,6% dos que serão aplicados até junho. A pesquisa amostral tem caráter regional e deve abranger 361 cidades de todas as regiões, o que equivale a 90% dos municípios do Estado. 

    Além das cidades onde já foram iniciadas as amostragens, os pesquisadores também iniciam nesta semana entrevistas domiciliares com moradores das áreas urbanas e rurais de mais 20 municípios: Califórnia, Arapongas, Boa Esperança do Iguaçu, Cambé, Capanema, Carambeí, Castro, Cruzeiro do Iguaçu, Florestópolis, Itambaracá, Ivaiporã, Jandaia do Sul, Matinhos, Mauá da Serra, Nova Prata do Iguaçu, Paraíso do Norte, Santa Isabel do Ivaí, São João do Caiuá, São Jorge do Oeste e Sarandi. 

    INÉDITA NO BRASIL – A PAD-PR é o maior levantamento já conduzido por um governo estadual sobre o perfil socioeconômico da população. No Paraná, a abrangência é três vezes maior do que a da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o levantamento nacional abrange cerca de 20 mil paranaenses, a PAD-PR entrevistará moradores de 60 mil domicílios em todas as regiões do Paraná até o fim de junho.

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    As informações coletadas servirão de base para as políticas públicas do Governo do Estado, mas também para empresas que pretendem se instalar ou expandir as suas atividades no Paraná, dentro da política estadual de atração de investimentos.

    A pesquisa é financiada com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e que conta com 2% da receita tributária anual do Governo do Estado.

    O plano é que as informações sobre o perfil dos paranaenses sejam compiladas até o final de 2025. Na sequência, os dados poderão ser consultados em um painel interativo, com relatórios, tabelas e gráficos estatísticos no site do Ipardes.

    SEGURANÇA E SIGILO – As entrevistas duram de 10 a 15 minutos, em média, e os profissionais são identificados com coletes do Ipardes, crachá com foto e informativos sobre a pesquisa. Durante as abordagens, são coletadas informações como condições de moradia, trabalho, renda, nível de escolaridade, hábitos e condições alimentares.

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    As informações fornecidas são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com uso exclusivo para fins estatísticos. De acordo com o Ipardes, a participação da população é fundamental para que a pesquisa seja bem-sucedida, contemplando todas as particularidades das diferentes regiões do Estado.

    Confira a lista de municípios onde os pesquisadores contratados pelo Ipardes farão entrevistas domiciliares nesta semana:

    Apucarana

    Arapongas

    Araruna

    Bandeirantes

    Boa Esperança do Iguaçu

    Califórnia

    Cambé

    Campo Largo

    Campo Magro

    Campo Mourão

    Capanema

    Carambeí

    Carlópolis

    Cascavel

    Castro

    Cianorte

    Colombo

    Cornélio Procópio

    Cruzeiro do Iguaçu

    Curitiba

    Dois Vizinhos

    Fazenda Rio Grande

    Florestópolis

    Foz do Iguaçu

    Francisco Beltrão

    Guarapuava

    Ibaiti

    Irati

    Itambaracá

    Ivaiporã

    Jaguapitã

    Jandaia do Sul

    Loanda

    Londrina

    Maringá

    Matinhos

    Mauá da Serra

    Nova Prata do Iguaçu

    Paraíso do Norte

    Paranaguá

    Paranavaí

    Pato Branco

    Peabiru

    Pinhais

    Piraquara

    Pitanga

    Ponta Grossa

    Pontal do Paraná

    Porto Vitória

    Salto do Lontra

    Santa Cecília do Pavão

    Santa Isabel do Ivaí

    Santa Mariana

    São João do Caiuá

    São Jorge do Oeste

    São José dos Pinhais

    São Mateus do Sul

    Sarandi

    Sertaneja

    Telêmaco Borba

    Toledo

    Umuarama

    União da Vitória

    Fonte: Governo PR

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