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Novo arranjo de pesquisa de biodiversidade terá investimentos de R$ 2,5 milhões

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O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), lançou nesta terça-feira (28), em Londrina, o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia. Cerca de 50 pesquisadores integram o novo arranjo, que terá um investimento de cerca de R$ 2,5 milhões.

Este Napi busca o fortalecimento da agricultura sustentável, o desenvolvimento de tecnologias voltadas à recuperação e manutenção da biodiversidade nativa do Paraná, também o desenvolvimento da bioeconomia e economia circular no Estado e a redução dos impactos das mudanças climáticas sobre as cadeias agropecuárias.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, definiu a iniciativa como um trabalho organizado em rede para unir parceiros e otimizar recursos. “Queremos agrupar os melhores talentos, suprir com os recursos necessários rumo à construção de uma sociedade do conhecimento”, afirmou.

Segundo o articulador do Napi e professor do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Andre Luiz Martinez de Oliveira, as ações desenvolvidas consideram os objetivos da Agenda 21 da ONU. Ele define a iniciativa como uma rede multidisciplinar para compreender a biodiversidade e apresentar soluções à sociedade. “O que temos como premissa é conhecer esta biodiversidade, saber qual seu potencial de aplicação e fazer uso racional dela”, ressaltou.

METAS – O Napi Biodiversidade Recursos Genéticos e Biotecnologia deverá se basear em cinco metas – desenvolvimento de produtos biotecnológicos para agricultura e meio ambiente; produção biotecnológica para saúde, agricultura e meio ambiente; aplicação de nanotecnologia na produção de mudas para restauração ecológica; avaliação do estoque da biodiversidade; e interação com a sociedade. 

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Para o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, os novos arranjos ativam os chamados ecossistemas de inovação, mobilizando os ativos tecnológicos do Paraná e envolvendo as universidades públicas e privadas. “Vivemos um momento bom da ciência e tecnologia no Paraná com os últimos anúncios do Governo do Estado, com a recomposição do Fundo Paraná fortalecendo os investimentos neste setor. Este Napi que lançamos hoje se insere neste contexto”, disse.

A reitora da UEL, professora Marta Favaro, destacou que os esforços desenvolvidos pelos pesquisadores paranaenses, juntamente com os da França e Alemanha, trarão um impacto positivo à sociedade a partir da produção de conhecimento. “Precisamos estender nossos braços e gerar ciência e tecnologia, criando novas possibilidades e mudando vidas. Essa é a nossa colaboração para fazer a diferença na sociedade”, resumiu. 

HISTÓRICO – O Napi Biodiversidade será subdividido em duas grandes áreas: “Recursos Genéticos e Biotecnologia” e “Serviços Ecossistêmicos”, sendo que esta segunda deverá ser lançada oficialmente no próximo dia 25 de abril, na Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

Esse Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação conta com a parceria de 12 universidades e institutos de pesquisa do Brasil, França e Alemanha e foi criado a partir do projeto Restore (natuRe-basEd SoluTions for imprOving REforestation), desenvolvido no Departamento de Biologia Animal e Vegetal do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL.

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Há cerca de dois anos o projeto foi contemplado na chamada internacional Confap-BiodivErsA: 2019-2020, que envolveu Brasil, França e Alemanha. O Confap é o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. Já a BiodivERsA é uma rede de organismos internacionais que envolve 24 países europeus e demais parceiros, incluindo o Brasil.

Por meio do Restore são desenvolvidos estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas, especialmente a seca na microbiota do solo e nas plantas. Outro foco é o uso da biodiversidade para amenizar os efeitos da mudança climática. 

Segundo o coordenador do projeto, professor Halley Caixeta de Oliveira, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal da UEL, a proposta do Arranjo de Pesquisa é entender os fenômenos que envolvem a seca e desenvolver estratégias de nanotecnologia que atenuem esses impactos. No Brasil os estudos envolvem a Mata Atlântica.

“Também queremos desenvolver estratégias de base biotecnológica para programas de restauração florestal, principalmente através da obtenção de mudas mais tolerantes à seca”, destacou.

WORKSHOP – Além da apresentação do Napi Biodiversidade, estudantes, professores e pesquisadores participaram nesta terça da abertura do Workshop que apresenta os resultados do projeto Restore. O encontro prossegue até quinta-feira (30), no Anfiteatro Cyro Grossi – localizado no Centro de Ciências Biológicas da UEL.

Fonte: Governo PR

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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