NOVA AURORA

PARANÁ

Paraná vai importar modelo japonês para fortalecer exposição de produtos regionais

Publicado em

O governador Carlos Massa Ratinho Junior conheceu no Japão as Michi-no-Eki (em português, estações de estrada), sistema de parada para descanso nas rodovias onde são vendidos produtos locais e fornecidas informações turísticas, fortalecendo o desenvolvimento regional com sustentabilidade. O objetivo foi entender o modelo para replicar no Estado com o nome Ponto Paraná. O programa é desenvolvido com apoio da província de Hyogo pela Invest Paraná, agência de captação de investimentos vinculada à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (Seic), em parceria com outras pastas do Governo.

A comitiva paranaense visitou quatro estações com características distintas em Awaji, cidade-irmã de Paranaguá desde 1986. A primeira visita foi na unidade que tem como foco o turismo de passeio, como um cartão de vistas da cidade. A segunda, a Awaji Highway Oasis, é considerada o maior michi-no-eki do Japão e oferta uma série de produtos regionais e uma grande variedade de locais para refeições. A terceira e quarta estações visitadas expõem produtos agrícolas, como cebola, arroz, sementes e seus derivados. Em comum, todos agregam oportunidades turísticas e valorizam produtos locais – exatamente o planejamento para o programa Ponto Paraná.

“É sem dúvida um projeto inovador e que precisa ser levado a diversos países. A nossa proposta é instalar uma estação em cada região turística do Estado, proporcionando infraestrutura para alavancar a geração de emprego e renda dos paranaenses, com foco no desenvolvimento do turismo sustentável e regional”, afirmou o governador Ratinho Junior.

O sistema se baseia em estações multiuso que impulsionam ações regionais para o desenvolvimento sustentável. Seguindo o modelo japonês, as estações paranaenses vão operar 24 horas, oferecendo estacionamento gratuito, pontos de descanso, sanitários, alimentação e informações turísticas da região. O foco principal, entretanto, será a comercialização de produtos locais cadastrados no programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS)

Leia Também:  Hélio Leites realiza visita guiada à mostra "Os Significadores do Insignificante" no MAC-PR

O programa da Invest Paraná apoia produtores locais a inserir sua produção no mercado, inclusive para exportação, a partir do fortalecimento de uma marca conjunta da própria região em que atuam. Assim, cria-se renda e mantém-se a tradição de produtos locais, além de incentivar a produção sustentável.

É o caso da cachaça e da bala de banana de Antonina ou a erva mate produzida na região Centro-Sul do Estado – três dos produtos que compõem o kit de produtos tradicionais paranaenses que o governador Ratinho Junior entregou para as autoridades na missão.

“Fortalecer os pequenos produtores locais, agregando valor à sua produção com uma marca forte que os ajude a vender, e levar desenvolvimento a essas regiões. Esses são os objetivos. Por isso a importância do programa Vocações Regionais Sustentáveis, o qual vai ganhar reforço das estações do Ponto Paraná”, enfatizou o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, que participou da missão.

O modelo do Ponto Paraná vem sendo desenvolvido há dois anos pelo Governo do Paraná em cooperação entre a província de Hyogo e a Invest Paraná. Como resultado, já foi desenvolvido o Caderno de Encargos de Projeto contendo os estudos técnicos de implantação; definição de governança e operação; estudo de viabilidade econômico-financeiro dos pilotos; e o Anteprojeto Arquitetônico, feito em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

O piloto deve começar pelas cidades de Morretes (Litoral), São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), Guarapuava (Centro)  e Juranda (Centro-Oeste), onde já há produção dentro do VRS. O convênio entre o Governo do Estado e os municípios está sendo firmado pela Secretaria Estadual de Cidades. 

A Invest Paraná coordena o Ponto Paraná em parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Secretaria das Cidades, Paranacidade e instâncias de governança regionais de turismo com a colaboração dos mais de 20 parceiros do Programa de Vocações Regionais Sustentáveis.

Leia Também:  Forças de segurança apreendem mais de 5 toneladas de drogas em pouco mais de 24 horas no Paraná

Segundo o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, o papel do órgão é fazer a conexão entre os setores público e privado. “O objetivo do projeto é fazer com que os produtores e empreendedores locais tenham um espaço qualificado para suas vendas e promoção das atrações locais aos visitantes”, disse.

No programa Ponto Paraná, os espaços terão um papel fundamental na inclusão da cultura local. A comunidade onde a estação for instalada terá a oportunidade de vender seus produtos, aprimorar o turismo sustentável e a promoção de eventos. Todas as estações vão oferecer uma estrutura padrão, mas poderão incorporar estruturas e serviços extras, de acordo com interesse da comunidade e viabilidade.

MICHI-NO-EKI – A política pública Michi-no-Eki surgiu em 1993, com a proposta de ser um local único e animado, construído junto com a comunidade. O ponto concentra em um único lugar instalações para descanso, informações e promoção da região. 

A proposta da cooperação é que o Paraná seja o primeiro Estado do Brasil a contar com uma rede ao estilo japonês, tendo como diferencial o conforto e a participação ativa da comunidade local. No Japão, existem 1.193 estações e o modelo já está sendo replicado em países da Ásia e da África.

A idealização de um Michi-no-Eki segue critérios básicos como a utilização para relaxamento e lazer dos usuários, de forma integral e gratuita, com estacionamento e banheiros limpos, instalações para crianças de colo e refeitórios. É necessário, ainda, ofertar informações sobre restrições e desvios nas estradas, receptivo turístico, emergências médicas e outros pontos existentes.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

Published

on

By

Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

Leia Também:  Cinco pontes nos Campos Gerais e Centro-Sul vão passar por reforma de R$ 1,3 milhão

Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

Leia Também:  Estado autoriza construção do Pronto Atendimento de Colombo no valor de R$ 4,5 milhões

RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA