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Com apoio do Estado, pesquisadoras fortalecem atuação feminina em duas comunidades

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Uma equipe da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) do câmpus de Paranavaí atua na Terra Indígena Apucaraninha, no município de Tamarana, no Norte do Paraná, para preparar mulheres para promoverem o desenvolvimento do futuro da comunidade. A ideia do projeto é que a próxima geração tenha um olhar mais feminino sobre gestão, educação, meio ambiente e integração.

A Terra Indígena é formada pelas aldeias Sede, Água Branca, Serrinha e Barreiro, com uma população atualmente estimada de 2 mil indígenas da etnia Kaingang. Ela foi formalizada nos anos 1950 em breve vai completar 75 anos de existência.

Na região de Guarapuava, distante cerca de 300 quilômetros de Tamarana, uma ação da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) busca capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade social para contribuir com a geração de trabalho e renda para o enfrentamento da invisibilidade.

No ano passado, mais de 50% do saldo de empregos formais do Paraná foi feminino, mas ainda há um imenso caminho na luta por equidade, da base das escolas até o mercado de trabalho.

Essas duas iniciativas estão entre os 86 projetos que fazem parte do Programa Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança, realizado pelo Governo do Estado, financiado por meio da Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Os projetos são desenvolvidos por universidades estaduais, federais e particulares, e o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná).

A iniciativa foi planejada com a participação de mulheres representantes de universidades de todas as regiões do Paraná. Há diversas linhas de atuação, que incluem áreas como saúde da mulher, a efetividade das políticas públicas, gestão para emancipação e também aborda questões sobre como reduzir a violência de gênero e melhorar a inclusão digital por meio de ações universitárias de ensino, pesquisa e extensão.

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TERRA INDÍGENA – O projeto na Terra Indígena Apucaraninha é denominado “Mulheres indígenas protagonizando o desenvolvimento comunitário: educação, sustentabilidade e inovação cultural”, pelo qual os pesquisadores e professores desenvolvem ações que contribuem para a melhoria das condições de vida das mulheres.

O grupo de pesquisadores realiza estudos e um trabalho de campo para fazer o diagnóstico das necessidades de Apucaraninha. Em seguida será feito um mapeamento das demandas que as mulheres têm para o desenvolvimento de ações mais direcionadas, como a realização de cursos de formação e formatação de parcerias.

Após a capacitação, a equipe realizará o acompanhamento do desenvolvimento das atividades junto aos moradores. “Queremos despertar o interesse e busca por direitos e acesso a níveis mais elevados de escolarização e perspectiva de vida nas comunidades. Com isso, é possível evitar a saída de indígenas para a zona urbana”, comenta a pesquisadora Maria Novak, que coordena o projeto.

Segundo ela, a principal atividade envolve a formação de um grupo de mulheres para disseminar ações e desenvolver práticas culturais inovadoras nas escolas da comunidade. “Buscamos habilidades para a construção de autonomia na tomada de decisões e a sistematização e registro de práticas culturais inovadoras”, explica a coordenadora.

Ela afirma que as mulheres indígenas têm potencial para contribuir para a redução da desigualdade em suas comunidades, inclusive de gênero. Segundo o último Censo, são 817.963 indígenas no Brasil, representando 305 diferentes etnias, sendo mais de 50% mulheres.

Na área da educação, por exemplo, o Paraná foi pioneiro na criação do Vestibular dos Povos Indígenas, modalidade exclusiva de ingresso em universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar); além da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

O Estado também tem 39 colégios indígenas na rede estadual. Todas as escolas têm energia elétrica e são abastecidas por água encanada ou poço artesiano. De acordo com dados do Censo Escolar de 2021, o Brasil tem 3.466 escolas indígenas. Dessas, 30% não têm energia e 63% não têm água potável.

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GUARAPUAVA – Na região de Guarapuava, outra ação busca capacitar mulheres a fim de contribuir para a geração de trabalho e renda. O projeto, “Organização coletiva e economia solidária com mulheres em situação de vulnerabilidade social”, é coordenado pela professora da Angela Maria Moura Costa Prates, da Unicentro.

“Apoiamos as mulheres para a organização coletiva e desenvolvimento de empreendimentos solidários. Esse é um projeto que vida fortalecer o protagonismo das mulheres e possibilitar melhores condições de vida através do acesso ao trabalho e renda”, destaca.

Nos trabalhos com grupos de mulheres, a equipe da universidade apresenta diversas temáticas, como direitos sociais, civis e políticos, gestão cidadã, democracia e participação social, violência de gênero, empoderamento, cooperativismo e economia solidária, promovendo um ciclo de entendimento mais amplo sobre a mulher no século 21.

“Também queremos organizar visitas técnicas destas mulheres a outras organizações coletivas e movimentos sociais para que elas conheçam como tudo acontece na prática. Estamos vivendo um novo momento das mulheres na educação, no mercado de trabalho e nas rotinas familiares”, comenta a coordenadora.

Ela explica que a Incubadora Social da Unicentro apoia, assessora e fortalece a luta por melhores condições de trabalho e renda para o sustento da mulher e também de suas famílias.

“O projeto é importante no sentido de ampliar os horizontes destas mulheres na busca pelos seus direitos e fortalecer a ideia da organização coletiva”, acrescenta Angela Maria.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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