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Colégio de Foz do Iguaçu usa biogás para ensinar e promover sustentabilidade

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O Colégio Estadual Gustavo Dobrandino da Silva, em Foz do Iguaçu, passou entre outubro de 2021 e dezembro de 2022 por um experiência sustentável. A escola recebeu um biodigestor e, a partir dele, conseguiu produzir biogás para utilizar na cozinha da preparação da merenda. Foi um ciclo: as sobras de comida viravam gás e o gás era utilizado para a nova preparação da comida. A ideia foi financiada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná e realizada por profissionais da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.

Acompanhados de professores e graduandos da Unila, os estudantes do colégio coletavam as sobras, pesavam e preparavam o conteúdo para levá-lo ao biodigestor. O biogás resultante do processo de decomposição era utilizado tanto para aulas práticas de ciências quanto para o preparo das refeições na cozinha da escola, completando o caminho sustentável.

Enquanto durou o projeto, foram coletados 690 kg de resíduos alimentares, que possibilitaram a substituição de cerca de 30% do gás GLP usado na escola. Neste ano, será enviada uma nova proposta para dar continuidade ao projeto nessa escola e em outras duas da rede estadual em Foz do Iguaçu.

Além das atividades práticas com o biodigestor e na horta, os alunos também estudavam — durante as aulas, no laboratório e ocasionalmente no contraturno — conceitos de Física, Química, Biologia e Matemática relacionados ao que viam no desenvolvimento do projeto. Tanto professores e graduandos da Unila quanto os professores da rede estadual uniram esforços para trabalhar esses conteúdos.

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“Nós temos que preparar os alunos como cidadãos, não simplesmente observadores, mas atores e protagonistas da evolução científica”, diz Ricardo Hartmann, professor de Engenharia de Energia da Unila que esteve à frente do projeto. “Esse é um projeto que visa ensinar na prática questões de sustentabilidade e produção de energia renovável.”

“Nas aulas de Física, trabalhamos conhecimentos de termodinâmica relacionados a pressão, temperatura, definição de energia e de energia renovável. Na Biologia, vemos bactérias. Também trabalhamos as técnicas de produção e a metodologia científica: a questão de observar, anotar, tirar dados, organizar e colocar em planilhas”, relata.

Segundo o professor, as atividades práticas fizeram aumentar o rendimento dos estudantes, que se mostraram mais engajados. “No laboratório, com uma chama, você mostrando as cores, mostrando os experimentos, eles têm muito mais interesse”, comenta.

Douglas Facchinello, diretor do colégio, notou que até as faltas diminuíram nos dias das atividades práticas. “As aulas de Física, Química e Biologia se tornaram mais atrativas para os alunos, porque agora eles veem acontecer”, afirma. “Estão mais animados, mais interessados em participar”.

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A comunidade escolar também se envolveu com a iniciativa, quando o colégio sediou uma oficina de compostagem para pais, mães e responsáveis de alunos, que puderam ver de perto o projeto. O estudante Felipe Antunes (15) conta que, com o projeto, aprendeu a importância de cuidar da horta, que chegou a ter alface, couve, tomate-cereja, salsinha, cebolinha, repolho, rúcula e almeirão. “Queremos agora ensinar isso para o 9º ano, para sempre seguir a linha de quem vem para o ensino médio”, diz.

Já o aluno Carlos Eduardo Nunes (18) conta ter tido bastante experiência com o diário de bordo, anotando tudo o que era coletado no refeitório e pesado. “Tirando todo esse resíduo que iria para o aterro sanitário e transformando ele em vida, a gente aprende muito”, constata.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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