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Referência em contas públicas, servidora paranaense recebe medalha de mérito

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A servidora Célia Loureiro Girardi era muito nova quando deixou sua família em Clevelândia para estudar e trabalhar na Capital. Depois de um longo bate-papo sobre o trabalho que desenvolvia na prefeitura do município localizado, no Sudoeste do Paraná, já na área financeira, o então governador José Richa fez o convite.

“Ele foi a Clevelândia para uma feira e começamos a tomar um chimarrão juntos e a conversar. Eu contei como era feito o trabalho de arrecadação do ICMS no município. Foi aí que ele disse que eu era muito jovem, precisava estudar mais sobre o setor e me convidou para vir pra Curitiba. Para mim foi um desafio. Era muito jovem, e vir para Capital era algo muito novo”, relembrou Célia.

Dividindo um quarto com outras duas estudantes em um pensionato para mulheres, ela mergulhou no curso de Ciências Contábeis e prestou concurso público. Foi assim que a jovem iniciou sua carreira no governo estadual, na área financeira da Secretaria Estadual da Saúde.

Na gestão do ex-governador Jaime Lerner, Célia foi nomeada diretora administrativa financeira e seguiu sua carreira na Sesa, por 16 anos. Foi lá, inclusive, que sua amizade estreita com a ex-secretária municipal de Saúde de Curitiba e hoje deputada, Márcia Huçulak, nasceu. A paixão pelo trabalho na saúde foi tão grande que a servidora até pensou na possibilidade de cursar Medicina, mas quis o destino que ela seguisse a carreira com os números.

De 2000 a 2003, Célia se especializou dentro da Secretaria Estadual de Fazenda. Em 2003, veio um novo convite e Célia Girardi foi indicada para o Grupo Financeiro Setorial da Casa Civil. Ela conta que foi um susto e que teve receio, na época. “Eu me assustei quando veio o convite, falavam que ninguém parava lá por mais de dois anos, que ia ficar de pinga-pinga em secretarias. Eu gosto de chegar no lugar e ficar, fazer meu trabalho bem-feito, mostrar minha honestidade, minha lealdade”, contou.

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O que a servidora ainda não sabia era que esse temido tempo curto na pasta se transformaria em longo, e que pela Casa Civil se aposentaria depois de 21 anos de trabalho, no topo da carreira como agente fazendária.

Ao todo, foram cinco governadores, centenas de colegas e milhares de desafios. A servidora afirma que o fato de ser técnica e experiente foi garantindo a sua passagem de administração em administração, e que ser mulher nunca foi um empecilho para alcançar o topo da carreira.

“Ao contrário. Nunca senti nenhum tipo de preconceito, ou exclusão por ser mulher. Sou correta e fiel aos números. Cuidar disso na administração pública é muito desafiador. Tive apoio de todas as minhas chefias e colegas, homens e mulheres. Como mãe eu tenho esse jeito também de agregar pessoas e mesmo com muitos desafios sempre tive apoio da família, dos amigos e dos colegas de trabalho”, comemorou.

A jovem, que amadureceu no serviço público, faz questão de deixar um recado às novas servidoras. “Não baixem a cabeça, lutem! Não por ser mulher, nós temos os mesmos direitos que os homens, mas vocês precisam lutar para chegar nos caminhos que desejam. Estudem, se profissionalizem, tenham coragem”.

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Célia Girardi se aposentou em janeiro deste ano, com direito à celebração de reconhecimento dos colegas. Quanto à aposentadoria ela brinca: “Depois de tantos anos, eu não me sinto desligada. Continuo atendendo o telefone, revendo os amigos, dando uma consultoria ou outra porque, mesmo fora, eu me sinto em casa. O governador Ratinho Junior é um exemplo de liderança e eu me orgulho de ter feito parte desse time”.

MEDALHA DO MÉRITO FAZENDÁRIO – Na manhã desta quarta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, Célia Girardi foi homenageada pelos colegas da Secretaria Estadual de Fazenda com a Medalha do Mérito Fazendário.

A honraria, entregue pelo secretário Renê Garcia, é um reconhecimento aos 41 anos de contribuição profissional ao desenvolvimento econômico e social e pela sua contribuição no equilíbrio das finanças públicas em âmbito estadual.

A Medalha do Mérito Fazendário foi criada para prestigiar servidores, profissionais e acadêmicos no âmbito fazendário. Além da medalha, a servidora recebeu uma placa do Sindicato dos Fazendários do Paraná (Sindifazcre-PR) e uma homenagem da Casa Militar.

Sobre as homenagens, Célia disse estar emocionada com tanto carinho e reconhecimento. “Foi muito gratificante. Como mulher me sinto honrada por todo esse tempo de trabalho e dedicação ao Governo do Estado do Paraná. Hoje, no Dia da Mulher, posso dizer que foi um desafio viver tantos anos em um cargo onde mais se diz ´não´, mas onde também fui muito respeitada e reconhecida”, afirmou.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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