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Apoio do Estado muda cenário de recicláveis em cidade do Noroeste do Paraná

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A vida do coletor de recicláveis Elias Alves de Oliveira, de 46 anos, está prestes a mudar. Ele conta os dias para que o kit com equipamentos de coleta seletiva chegue ao barracão em que separa os resíduos produzidos em Itaúna do Sul, cidade de 3,5 mil habitantes, no Noroeste do Paraná.

Oliveira presta serviço à prefeitura dentro do barracão municipal. Os equipamentos são disponibilizados pelo Governo do Estado. Com a ajuda das máquinas, Oliveira diminuirá o tempo de ação desde a retirada do material dos caminhões públicos até o empacotamento final. Poderá, assim, trabalhar um volume maior de resíduos, aumentado a renda média mensal, dentro do acordo que mantém com o município.

Em um cálculo de quem se acostumou a transformar quilos de resíduos em dinheiro vivo, Oliveira estima que o conjunto composto por esteira, prensa hidráulica, empilhadeira hidráulica, balança, carrinho transportador de fardos e carrinho para transportar big bags possa dobrar o faturamento. Ganho que terá reflexo na renda das três famílias que dividem a administração do barracão de recicláveis, hoje na casa dos R$ 1,3 mil/mês.

“Sem esses equipamentos a dificuldade de manuseio é muito grande, demoramos mais tempo e temos de fazer mais força. Por isso esse kit é muito importante para nós”, diz ele, que adotou a profissão há seis anos. 

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O kit custa em média R$ 125 mil e é apenas uma das ferramentas que o Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), usa para a inclusão social de pessoas que vivem da coleta e processamento de materiais recicláveis, dentro do Programa Paraná Sem Lixões – Patrulha Ambiental.

A divisão de Resíduos Sólidos do órgão ambiental repassa também aos municípios caminhões de cinco modelos diferentes (baú, compactador, limpa-fossa, poliguindaste e pipa) e trituradora de galhos, além de investir na construção de barracões que possam armazenar o resíduo coletado. A contrapartida é desenvolver ações de educação ambiental e promover capacitação dos agentes ambientais.

“A preocupação do Instituto Água e Terra, atendendo uma determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, é dar dignidade de trabalho para essas pessoas. Fornecer equipamentos para que eles possam alcançar um melhor rendimento, tanto no número de materiais reciclados quanto na renda familiar”, afirma o diretor-presidente do IAT, Everton Souza. “Sem contar a colaboração que eles dão para o meio ambiente ao tirar esse resíduo das ruas”.

De acordo com Souza, o Estado investiu mais de R$ 227 milhões na operação de recicláveis desde 2019, cerca de R$ 150 milhões apenas no ano passado. Foram 872 convênios com os municípios paranaenses no período. Esperança Nova, Campina do Simão, Irati, Novo Itacolomi, Tapejara e Clevelândia, por exemplo, ganharam novos barracões. E há obras iniciadas em outras 14 cidades.

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Um desses convênios, o de Itaúna do Sul, será finalizado agora em março, com a entrega dos equipamentos no barracão do Elias Oliveira. “Nós, das cidades pequenas, não temos dinheiro para esse investimento”, conta o prefeito da cidade, Gilson José de Gois.

SUPORTE TÉCNICO – Chefe da divisão de Resíduos Sólidos do IAT, Vera Solange Carpen explica que além do reforço estrutural e de equipamentos, o Governo do Estado garante também apoio técnico aos municípios, dentro de um sistema integrado de coleta seletiva no Programa Paraná Sem Lixões – Patrulha Ambiental.

“Os municípios têm dificuldade de conciliar o seu orçamento diante de todas as demandas no serviço público, por isso o apoio do Estado é fundamental. Essa melhoria na gestão de resíduos garante rios e córregos mais limpos, aumenta o tempo de vida útil dos aterros e permite, ainda, que as prefeituras possam investir em campanhas de conscientização ambiental. Uma política de ganha-ganha”, destaca.

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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