14 de Abril de 2025
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    Em Cascavel, pessoas privadas de liberdade auxiliam população no combate ao mosquito da dengue

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    Dez pessoas privadas de liberdade (PPLs) da Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro – Unidade de Progressão (PIMP/UP) participam de uma ação para o combate à dengue em Cascavel, no Oeste do Paraná. O objetivo é encontrar os locais que acumulam água parada para acabar com os criadouros do mosquito Aedes aegypti, causador da doença.

    A ação vai até o dia 27 e é uma iniciativa da Secretaria da Saúde de Cascavel e da Associação de Moradores do XIV de Novembro. Para a sua implementação, elas solicitaram o apoio da Polícia Penal do Paraná (PPPR), que disponibilizou a mão de obra.

    Desde a última quinta-feira (23), os dez detentos estão auxiliando os moradores do bairro a coletar o lixo descartado de forma irregular em áreas inapropriadas. As PPLs foram autorizadas previamente pela Justiça a fazer o trabalho externo e estão sendo acompanhadas o tempo todo por equipes da Polícia Penal.

    Para o diretor da PIMP/UP, Álvaro Marcelo Alegrette, auxiliar a comunidade também é uma forma de ressocialização para os custodiados. “A atividade laborativa das pessoas privadas de liberdade, prevista em lei, seja dentro ou fora das unidades, colabora para a sua ressocialização. O seu trabalho nesta ação também traz benefícios à comunidade, recolhendo materiais que acumulam água e contribuem para a proliferação do mosquito causador da dengue e de outras doenças”, diz.

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    O presidente da Associação de Moradores do XIV de Novembro, Antenor Marcos Mateus, explica que a iniciativa é um reflexo do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2023, feito pela Secretaria Municipal da Saúde, que colocou o bairro em 2º lugar de infestação de mosquito da dengue em Cascavel.

    “A Associação de Moradores implementa, com essa ação, o projeto ‘Bairro Limpo’, pelo qual efetuamos diversas ações de limpeza, de conscientização da população para que não seja descartado lixo em locais públicos e inapropriados, pois são resíduos que servem de criadouros para o mosquito da dengue”, alerta.

    Para reforçar o resultado buscado com o trabalho das PPLs, a Secretaria Municipal de Saúde instalou diversas caçambas em cruzamentos do bairro para que os moradores destinem os materiais de pequeno volume, considerados vilões na proliferação do mosquito. Para grandes volumes, como sofás e outros móveis, os moradores podem acionar a Secretaria de Meio Ambiente.

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    Além das caçambas, durante a ação, 50 agentes de endemias estão orientando os moradores sobre a importância de manter os quintais limpos e livres de água parada.

    PIMP/UP – A Penitenciária Industrial Marcelo Pinheiro, antiga Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC), está em funcionamento há 21 anos. Está inserida no planejamento estratégico da Polícia Penal, que inclui a custódia e segurança dos detentos e, principalmente, a sua ressocialização através dos canteiros de trabalho e da educação.

    Fonte: Governo do Paraná

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    Semana Cultural Indígena Guarani deve reunir quase 5 mil pessoas em Diamante D’Oeste

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    Diamante D’Oeste, na região metropolitana de Toledo, será o epicentro da cultura indígena paranaense nos próximos dias. A partir desta segunda-feira (14), a cidade recebe a Semana Cultural Indígena Guarani, que chega à 19ª edição. A programação segue até quarta-feira (16) e deve reunir quase 5 mil pessoas na Escola Estadual Indígena Araju Porã.

    As atrações programadas incluem apresentações culturais, danças, exposições, vendas de artesanato e trilha na natureza. O evento é aberto não só às comunidades locais, mas a toda a sociedade. Para agendar visitas em grupo, escolas e universidades devem preencher um formulário on-line.

    A Semana Cultural ocorre em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado (19). Conforme os organizadores, o principal objetivo da ação é fortalecer e valorizar a tradição dos povos Guarani. “É um momento em que a comunidade indígena pode levar sua cultura para os não-indígenas. Nosso interesse é mostrar que existe uma cultura milenar e que o povo Guarani mantém sua língua e suas tradições. Realizar um evento como esse é muito gratificante”, diz o professor Teodoro Tupã Alves.

    A Escola Estadual Indígena Araju Porã organiza a atual edição da Semana em parceria com o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e e as associações comunitárias indígenas Tekoha Itamarã (Aciti) e Tekoha Añetete (Acitea). Apoiam a iniciativa a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR), o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo, o governo federal, a Prefeitura Municipal de Diamante D’Oeste e a Itaipu Binacional.

    “A Semana Cultural Indígena Guarani já se consolidou como um dos principais eventos culturais da região, e isso fica evidente pela quantidade de parceiros e apoiadores que tem angariado ano a ano. Além da celebração da cultura indígena, a Semana é também um espelho do papel fundamental que as escolas estaduais indígenas desempenham junto às comunidades locais”, afirma o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.

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    CRESCIMENTO E VALORIZAÇÃO – A Semana Cultural Indígena Guarani é realizada anualmente desde 2006. Responsáveis pela criação do evento, as escolas estaduais indígenas Araju Porã e Kuaa Mbo’e se alternam como sede das edições anuais.

    Desde a primeira realização, há 19 anos, a iniciativa ganhou visibilidade e se tornou uma das principais atrações culturais da região. Conforme os organizadores, a Semana Cultural Indígena Guarani é, hoje, o evento que mais atrai pessoas de outros municípios para Diamante D’Oeste.

    “As expectativas são excelentes. O diferencial desta edição é justamente o potencial de ampliação. Neste ano, queremos consolidar a Semana Cultural Indígena Guarani, não só para o município, mas como uma referência regional quando se trata de cultura indígena”, afirma Mauro Dietrich, diretor da Escola Estadual Indígena Araju Porã, que reúne cerca de 80 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental.

    “Para isso, contamos com o trabalho dos professores e funcionários tanto aqui da Escola Estadual Araju Porã quanto do Colégio Estadual Kuaa Mbo’e. São cerca de 52 profissionais da educação que direcionam esforços para o sucesso desta Semana Cultural”, acrescenta.

    Além de estudantes e membros das próprias comunidades indígenas, moradores locais e excursionistas de outras regiões têm prestigiado as edições recentes da Semana Cultural Indígena. Em 2024, os três dias de programação reuniram quase 4 mil visitantes.

    “Recebemos muitos visitantes da região e até de outros locais do Estado. Isso reforça o trabalho que é feito pelas escolas no contexto de dar visibilidade à cultura e à tradição Guarani para a sociedade envolvente, e também é uma forma de desconstruir estereótipos em relação aos povos indígenas”, aponta o diretor do Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e, Jairo Cesar Bortolini.

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    Os cerca de 140 alunos do colégio, matriculados em turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio, também participam da organização do evento junto a professores e funcionários.

    ESCOLAS INDÍGENAS – A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem a cerca de 5,5 mil estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue – com aulas da língua indígena e de língua portuguesa – desde o início da jornada escolar.

    O Novo Ensino Médio no Paraná, estabelecido em 2022, também prevê componentes curriculares específicos para a matriz curricular dos colégios indígenas. Além dos componentes curriculares previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes indígenas cursam Projeto de Vida e Bem Viver, Informática Básica e Robótica e Laboratório de Escrita e Produção Audiovisual. Ainda foram incluídos à grade curricular componentes como filosofia indígena e cultura corporal indígena.

    Além da manutenção das escolas indígenas, a Seed-PR promove a inserção de conteúdos e práticas pedagógicas que celebram a valorização da cultura indígena em todas as escolas da rede estadual. Por meio do trabalho de equipes multidisciplinares, a secretaria implementou a Lei 11.645, de 10 de março de 2018, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura indígenas em todos os níveis de ensino.

    Fonte: Governo PR

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