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Expedição encontra três plantas ameaçadas de extinção, uma delas pela primeira vez desde 1995

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A expedição de campo para o registro de espécies de flora ameaçadas de extinção do Território Caminho das Tropas Paraná-São Paulo, encerrada nesta semana, divulgou os primeiros resultados e achados. A atividade faz parte das ações do Plano de Ação Territorial – PAT Caminho das Tropas Paraná – São Paulo que foi instituído pela Resolução SEDEST 48, de 22 de setembro de 2021. No território paranaense as ações são coordenadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

A expedição durou nove dias e envolveu dez técnicos de instituições parceiras como CNCFLORA/Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Laboratório de Dendrologia e Conservação da Flora/UFPR, Museu Botânico Municipal de Curitiba, Sociedade Chauá. A viagem abrangeu nove municípios: Itararé, Bom Sucesso do Itararé, Barra do Chapéu, Ribeira, Sengés, Jaguariaíva, Ponta Grossa, Palmeira e Lapa.

Entre os principais resultados destaca-se o registro de várias espécies de flora com interesse conservacionista em Unidades de Conservação como o Parque Estadual (PE) de Vila Velha, PE do Cerrado, PE Vale do Codó, PE do Monge, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata do Urú, RPPN Meia Lua e RPPN Caminho das Tropas, a qual leva o nome do território alvo do projeto.

A expedição encontrou a espécie Serjania hatschbachii, um tipo de cipó lenhoso sem registro há quase 30 anos (o último foi em 1995), e as espécies ameaçadas Galianthe souzae e Mimosa strobiliflora no Paraná. Das nove espécies-alvo escolhidas como foco da expedição, essas três foram encontradas e uma outra ainda passa por investigação, uma vez que sua identificação depende de pesquisas laboratoriais. Também foram coletadas 268 espécies de pelo menos 35 famílias botânicas – a maioria ainda necessita de análise para identificação.

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Essas três espécies encontradas são tão raras que não possuem nomes populares, segundo o professor de Engenharia Florestal da UFPR Christopher Thomas Blum, que participou da expedição. “Poderíamos pensar em um nome para elas, mas seria algo artificial. Elas são tão raras que a sociedade humana de modo geral não teve um contato com essas plantas a ponto de atribuir um nome”, afirmou.

A equipe planeja retomar as pesquisas na época de floração delas, o que facilitará a localização de outras espécies-alvo. “Encontramos remanescentes de vegetação de boa qualidade que podem abrigar essas espécies que estamos procurando. Agora esperamos localizá-las nas próximas expedições porque são espécies arbustivas ou herbáceas, mais fáceis de localizar na primavera”, pontou o professor.

O secretário de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, ressaltou a importância da expedição e a valorização da flora paranaense. “O trabalho integrado de diversos pesquisadores nas ações é fundamental para a conservação da flora ameaçada no Paraná e no Brasil. O registro dessas espécies vai auxiliar em ações de cuidado e restauração”, complementou.

PRÓ-ESPÉCIES – O Ministério do Meio Ambiente (MMA) instituiu o Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – Pró-Espécies por meio da Portaria Nº 43, de 31 de janeiro de 2014, visando cumprir a Meta 12 da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). A implementação desse programa é viabilizada pelo GEF Pró-Espécies – Todos Contra a Extinção.

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O Projeto trabalha em conjunto em 13 estados do Brasil: Maranhão (MA), Bahia (BA), Pará (PA), Amazonas (AM), Tocantins (TO), Goiás (GO), Santa Catarina (SC), Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS), Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES). Estão sendo desenvolvidas estratégias de conservação em 24 territórios, totalizando 9 milhões de hectares.

O Brasil conta com um extenso catálogo de espécies de fauna e flora. Em relação à fauna, são mais de 100 mil invertebrados e quase 9 mil vertebrados; na flora, mais de 46 mil espécies. Como consequência das atividades humanas que interferem a conservação do meio ambiente, atualmente 2.113 plantas e 1.173 animais recebem a classificação Criticamente em Perigo.

Espécies encontradas:

Galianthe souzae – coletadas amostras e realizada contagem em população já conhecida no Morro dos Cristais.

Serjania hatschbachii – reencontrada e coletada na localidade onde originalmente foi descoberta (Vale do Ribeira).

Mimosa strobiliflora Burkart – contado número em população já conhecida (Lapa), procurada em remanescentes potenciais, mas não encontrada.

Espécies com chance de ter sido encontrada:

Butia pubispatha – coletados dois indivíduos com identificação ainda a ser confirmada em nova localidade (PE Vale do Codó).

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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