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Ensino em tempo integral cresce 51% na rede estadual, alcançando 55 mil estudantes

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta quinta-feira (14) em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, a ampliação da educação em tempo integral na rede estadual do Paraná. A partir deste ano letivo, 253 colégios paranaenses passaram a contar com o ensino integral no fundamental e médio, 86 instituições a mais do que no ano passado, o que representa uma expansão de 51% na rede. Com isso, 55 mil estudantes estão sendo atendidos na modalidade.

O anúncio foi feito durante o Seminário de Diretores Escolares, que reúne os dirigentes das 2,1 mil escolas da rede estadual. Na oportunidade, o governador também destacou o investimento de R$ 100 milhões para revitalização de colégios da rede estadual, dentro do programa Escola Bonita, e o pagamento de uma gratificação a diretores e diretores-auxiliares de toda a rede estadual, condicionada à manutenção da frequência escolar superior a 85% no ano.

“O Paraná foi reconhecido como a melhor educação pública do País. Isso é fruto de um grande trabalho que envolve não apenas o governo, mas toda a comunidade escolar, diretores, professores, equipe pedagógica, os pais e os alunos. Mas é também fruto de muito investimento e inovações”, afirmou Ratinho Junior.

Uma delas, ressaltou o governador, é a ampliação constante do modelo. “Quando assumimos o governo, o Paraná tinha pouco mais de 70 escolas em tempo integral, e hoje estamos iniciando o ano com mais de 250 nessa modalidade”, disse. “Junto à ampliação dos colégios cívico-militares, às três merendas por período e à melhoria da tecnologia em sala de aula, temos demonstrado o compromisso do Governo do Estado com a educação pública, valorizando o corpo técnico e todos os alunos”.

O secretário estadual da Educação, Roni Miranda, destacou como o avanço da modalidade na rede estadual beneficia a aprendizagem dos estudantes. “A educação em tempo integral traz o estudante para dentro da escola e também tem a ação social voltada à aprendizagem. Ela busca a formação por inteiro do indivíduo, em que o aluno tem aulas de projeto de vida, empreendedorismo e liderança, entre outras”, explicou.

EXPANSÃO – O número de escolas no modelo mais do que triplicou em quatro anos. Em 2019, o Paraná contava com 73 unidades atendendo em período integral. O avanço ocorreu mesmo após a pandemia, com a expansão sendo feita em ritmo acelerado desde a retomada das aulas. De 2021 para cá, o número de instituições cresceu 175%, passando de 92 unidades para as atuais 253.

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Além da ampliação da modalidade, pela primeira vez estão sendo ofertados cursos técnicos para a educação em tempo integral. A educação profissional agora está presente em 33 desses colégios, com seis cursos: Administração, Agronegócio, Desenvolvimento de Sistemas, Formação de Docentes, Gastronomia e Marketing.

Do ano passado para cá, o número de municípios com essa modalidade também aumentou, passando de 103 para 154 cidades atendidas nos 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado (NREs). Com a inovação, 106 colégios estarão inseridos no programa Paraná Integral, em que todos os alunos estudam em período integral, e outros 147 fazem parte do Integral +, que conta com algumas turmas dentro do modelo.

ENSINO INTEGRAL – Nessa modalidade, os estudantes passam nove horas por dia no colégio: são nove aulas diárias de 50 minutos, uma hora de almoço e dois intervalos de 15 minutos, um pela manhã e outro à tarde. Durante esse período, os alunos recebem cinco refeições.

Para Marcela de Campos, diretora do Colégio Estadual Érico Veríssimo, de Faxinal, no Vale do Ivaí, o ensino em tempo integral transforma a realidade dos estudantes. Ela conta a história de um aluno que chegou a a trocar de turno para poder estudar à noite e trabalhar durante o dia, mas que retornou tempos depois porque o salário que recebia acabava sendo menor que a economia da família com a alimentação, já que ele fazia todas as refeições no colégio.

“Esse aluno nos motivou porque ele avançou não só estando na escola, mas também evoluiu academicamente. Ele mudou sua vida e também os nossos olhares”, explicou Marcela. “Começamos no ano passado com algumas turmas, no Integral +, e agora todas estão inseridas na modalidade, pois passamos para o Paraná Integral. É um grande desafio, viramos a chave total, mas com mais investimentos e também com a verba do Escola Bonita, estamos prontos para avançar. A história de cada aluno nos motiva a cada dia seguir em frente”.

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Ao todo, a carga horária da matriz curricular é de 45 horas-aula semanais, ou 1.500 ao longo do ano, quase o dobro do ensino fundamental regular (800) e 50% superior à do novo ensino médio (1.000). Além das disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, os alunos do ensino fundamental têm aulas de robótica, educação financeira, redação e leitura, pensamento lógico, projeto de vida, entre outras.

Com o Novo Ensino Médio, que passou a valer no último ano letivo, o currículo é formado pela Formação Geral Básica, dividida em quatro áreas de conhecimento, e pelos Itinerários Formativos, em que o aluno escolhe uma área em que tenha mais interesse e aptidão. Na modalidade, as disciplinas também seguem a área escolhida pelos alunos.

Nas escolas do Paraná Integral, a jornada ampliada também é aplicada ao professor, que cumpre todas as 40 horas semanais na instituição. Na prática, os docentes contam com mais tempo para planejar as aulas e criar estratégias interdisciplinares.

MODELO – Em 2019, além de planejar a expansão, a Secretaria de Estado da Educação criou uma nova proposta pedagógica e gestão para o integral, adotando o modelo da Escola da Escolha, também utilizado em outras unidades federativas e que conta com parcerias de institutos da sociedade civil. O modelo funciona com o currículo integrado pelos componentes da Base Nacional Comum e uma parte de formação diversificada, oportunizando experiências contextualizadas ao estudante, considerando suas necessidades e interesses.

Dentro dessa proposta entram disciplinas como Estudo Orientado, Práticas Experimentais, Protagonismo e o Projeto de Vida, na qual o estudante reflete sobre os seus sonhos, suas ambições e aquilo que deseja para a sua vida. Desde o ano passado, este componente também está inserido no Novo Ensino Médio.

A ideia é permitir que os estudantes tenham mais protagonismo na escola, entendendo melhor as referências sobre valores e ideais e sobre onde querem chegar e quem pretendem ser. Além disso, o modelo tem criado uma comunidade escolar mais participativa, com alunos, professores, diretores e pais construindo uma relação de mais confiança.

Educação Integral

Foto: SEED-PR

PRESENÇAS – Também participaram do evento em Foz do Iguaçu o secretário de Estado da Comunicação, Cleber Mata; o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel Bueno; a chefe do núcleo regional da Educação de Foz do Iguaçu, Silvana Garcia; o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; e os deputados estaduais Matheus Vermelho e Hussein Bakri (líder do Governo).

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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