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Meio Ambiente

História e agricultura sustentável são destaques de Itaipu no Show Rural

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Passado, presente e futuro, juntos em um mesmo evento. É assim que a Itaipu Binacional conta um pouco da sua história, relata ações e mostra novas tecnologias na 35ª edição do Show Rural Coopavel, que começou nesta segunda-feira (6), em Cascavel (PR). O evento é um dos principais do setor agrícola no País e segue até o dia 10 de fevereiro.

Neste ano, a Itaipu participa em três espaços diferentes. O principal deles é um estande institucional de 342 metros quadrados no qual apresenta, de forma interativa, as suas ações em diversas frentes, como proteção de nascentes, educação ambiental, apoio técnico aos produtores rurais da sua área de influência, além, é claro, da produção e geração de energia limpa e renovável.

De acordo com o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer da Silva, o Show Rural é uma forma de expor os projetos que a empresa incentiva, demonstrando o trabalho desenvolvido junto às comunidades do entorno do reservatório. “Nossa estratégia regional é incentivar processos produtivos mais sustentáveis e adequados à segurança hídrica, o que é bom para todos, tanto para a agricultura e pecuária, quanto para a própria Itaipu e para o bem-estar da sociedade e da natureza”, destacou.

A empresa, segundo ele, tem uma preocupação com o desenvolvimento sustentável da região, o que passa por educação ambiental, preservação da água, das florestas e da biodiversidade. Assim, quem visita o estande pode conferir um pouco das ações socioambientais da Itaipu em áreas como pesca e aquicultura, gestão de resíduos e gestão por bacias, entre outras.

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E o estande traz ainda uma surpresa aos visitantes. Uma exposição do Ecomuseu da Itaipu conta a história da agricultura e da vida dos colonos da região. São equipamentos agrícolas, fotos, itens de casa e ferramentas antigas que transportam as pessoas para outro tempo.

“Isso aqui relembra a nossa infância. Lembra da minha mãe, quando ela moía o café. Que coisa mais linda! Eu não imaginava que eu ver um museu aqui. É a segunda vez que eu venho e amei vir aqui dentro, foi a parte mais legal do Show Rural, foi o que mais me tocou”, ressaltou Fátima Lucélia Leandro, de São Miguel do Iguaçu (PR).

Ela e a irmã, Lucia Arlete Carvalho Lago, se divertiram lembrando histórias da infância em frente às ferramentas. “Eu tenho as marquinhas na mão até hoje, a gente estava ralando e o ralador escorregou e pegou nos dedos”, contou Lucia sobre um acidente com um ralador de manivela igual ao que está exposto. “A gente era da agricultura, então tem muita história”, completou.

Vitrine Agroecológica

Outro espaço do Show Rural no qual a Itaipu participa é a Vitrine Agroecológica, um enorme canteiro com mudas nativas de plantas da região. Ao todo, o lugar organizado em parceria com mais 11 instituições tem 4.400 m² com mais de 300 espécies plantadas.

O destaque da Itaipu fica por conta dos canteiros de plantas alimentícias não convencionais (PANCs) e medicinais. São 32 espécies distribuídas em 100 m², e o visitante pode conhecer e saber um pouco mais sobre cada uma delas por meio das explicações dos técnicos da empresa.

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Para Maria de Fátima Rauber, que visita o Show pela primeira vez, esse foi um dos pontos que mais chamou a atenção. “Isso aqui é uma estrutura maravilhosa. Eu já conhecia a maioria das plantas, mas algumas não sabia que dava para comer. O rapaz ali me explicou tudo, adorei o acolhimento”, comentou.

Segundo o engenheiro agrônomo da Itaipu, Ronaldo Juliano Pavlak, um dos principais objetivos da Vitrine é justamente despertar o interesse dos visitantes para uma agricultura voltada para sustentabilidade, com retorno econômico baseado no equilíbrio ambiental. “O espaço reflete a união de esforços entre organizações governamentais e não governamentais para transformar uma área do Show Rural em um símbolo da agricultura ecológica”, disse.

Ciência na Esfera

A Itaipu está presente também em outro ambiente, junto às inovações tecnológicas e debates que ocorrem no pavilhão Show Rural Digital. Neste espaço a empresa apresenta a Ciência na Esfera, outro item do Ecomuseu, que projeta em um globo dados oceanográficos, atmosféricos, geológicos e ecológicos. Alguns desses vídeos trazem informações em tempo real, como o de acumulados de chuvas, por exemplo, que é atualizado a cada duas horas.

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AGRONEGÓCIO

Ponte desaba e expõe gargalos logísticos para o escoamento da safra

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O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no último domingo (22.12), trouxe à tona os problemas crônicos da infraestrutura logística brasileira. A estrutura, que conectava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desmoronou sobre o rio Tocantins, provocando uma tragédia com uma morte confirmada e pelo menos 14 pessoas desaparecidas. Caminhões que transportavam ácido sulfúrico e herbicidas também caíram no rio, levando as prefeituras a emitirem alertas sobre contaminação da água.

O acidente ocorre em um momento crítico para o agronegócio nacional. O Brasil deve alcançar uma safra recorde de 322,53 milhões de toneladas de grãos em 2024/25, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este aumento de 8,2% em relação à safra anterior reflete o crescimento da produção de soja e milho, mas evidencia os desafios logísticos de um setor cada vez mais pressionado por gargalos estruturais.

A ponte Juscelino Kubitschek estava localizada na região do Matopiba, uma das áreas de maior crescimento do agronegócio no Brasil, englobando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos dez anos, a produção de grãos na região aumentou 92%, saltando de 18 milhões de toneladas em 2013/14 para 35 milhões em 2024.

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Essa expansão, no entanto, tem sobrecarregado a infraestrutura local. O intenso tráfego de cargas pesadas, principalmente de fertilizantes e grãos, contribuiu para o desgaste da ponte, que já apresentava rachaduras e denúncias de negligência na manutenção.

Além de afetar a segurança da população, o desabamento representa um entrave significativo ao escoamento da safra. Os portos do Arco Norte, responsáveis por 35,1% das exportações de grãos em outubro de 2024, são fundamentais para o agronegócio brasileiro. A interdição da ponte pode impactar negativamente a logística de transporte para esses portos, aumentando custos e atrasos.

O transporte de fertilizantes também está em alta, com as importações alcançando 4,9 milhões de toneladas em outubro, um crescimento de 5,9% em relação ao mês anterior. Essa demanda reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para evitar colapsos como o ocorrido no rio Tocantins.

Entidades do agronegócio, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacam que episódios como este evidenciam a urgência de investimentos em infraestrutura. “O crescimento do agronegócio brasileiro depende diretamente de uma logística eficiente. A tragédia no rio Tocantins é um alerta para a necessidade de modernização das rotas de transporte e manutenção das estruturas existentes”, afirma a CNA em nota.

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O Ministério dos Transportes já anunciou a abertura de uma sindicância para investigar o desabamento e prometeu reconstruir a ponte em 2025. Enquanto isso, o setor agropecuário pede soluções imediatas, como rotas alternativas e a implementação de medidas para mitigar os impactos sobre a logística da safra.

Embora críticas à expansão do agronegócio tenham ganhado destaque após o acidente, é crucial equilibrar o debate. O setor é um pilar da economia nacional, responsável por 25% do PIB e por grande parte das exportações brasileiras. Investir em infraestrutura adequada e eficiente não é apenas uma questão de atender às demandas do agronegócio, mas de assegurar que o crescimento econômico venha acompanhado de segurança, sustentabilidade e benefícios para toda a sociedade.

O desafio agora é transformar essa tragédia em um ponto de virada, priorizando investimentos estratégicos que garantam a competitividade do agronegócio no mercado global, sem negligenciar a segurança das comunidades locais e a preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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