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Novo Moegão do Porto de Paranaguá fará Paraná dar salto logístico sustentável

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Com um investimento de R$ 592 milhões, a nova moega ferroviária, mais conhecida como Moegão, vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá. A área onde a estrutura será instalada terá quase 600 mil metros quadrados, o suficiente para o descarregamento simultâneo de 180 vagões em três linhas independentes, o que permitirá um aumento de 63% na capacidade de descarregamento, passando de 550 para 900 vagões ao dia.

Tanto o projeto construtivo quanto à obra estão sendo geridos por um consórcio formado por quatro empresas de engenharia, cuja proposta vencedora foi conhecida em outubro do ano passado após dois anos de elaboração do projeto básico.

O projeto, que entrou no pacote de anúncios do governador Ratinho Junior nesta terça-feira (07), considera a realidade atual e a necessidade de ampliar a participação do modal ferroviário, mas também olha para o futuro da logística no Estado e no cenário nacional. O projeto visa atender diretamente o aumento da demanda causada pela Nova Ferroeste, que ampliará em centenas de quilômetros a estrutura ferroviária no interior do Paraná, com ramais até Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, aumentando a importância logística do Porto de Paranaguá.

Além da moega exclusiva, os acessos dos Terminais da Região Leste do Porto de Paranaguá serão reestruturados, otimizando a capacidade de recepção de cargas em ambos os modais rodo e ferroviário. A obra envolve novas galerias de transporte para levar os produtos descarregados no moegão até os terminais logísticos da área portuária.

As intervenções são importantes para o crescimento do porto e se somam a outras obras executadas, como a derrocagem da Pedra da Palangana, com aumento de calado para aproximação de navios maiores. Com a nova estrutura, a tendência é de novos recordes na movimentação portuária anual dos portos do Paraná, que em 2022 alcançou nova marca inédita com 58,4 milhões de toneladas de cargas carregadas e descarregadas, uma alta de 9,6% em relação a 2019 após quatro anos seguidos de marcas recordes.

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Das 58,4 milhões de toneladas de cargas movimentadas pelos Portos do Paraná no ano passado, 20,95% ocorreram através de ferrovias, uma alta de quase um ponto percentual em relação a 2021. Entre as 12,2 milhões de toneladas de produtos que chegaram ou saíram em vagões, 80,4% foram de açúcar, 35,39% de milho, 20,86% de soja, 20,09% de farelo de soja, 14,03% de contêineres e 11,76% de derivados de petróleo.

Para 2023, a expectativa dos operadores dos terminais do Porto de Paranaguá é de um aumento de 40% nas exportações de granéis sólidos vegetais no primeiro trimestre. A estimativa é de que cerca de 7 milhões de toneladas de soja, farelo de soja, milho, trigo e açúcar saiam do porto entre de janeiro a março, contra 5 milhões de toneladas dos produtos no mesmo período do ano anterior.

Após a conclusão do Moegão, a expectativa é de que mais 24 milhões de toneladas de grãos e farelos saiam anualmente por Paranaguá, ampliando para 50% a participação do modal ferroviário no transporte de cargas que passam pelo porto. A obra também vai gerar uma economia de 30% nos custos de transporte, diminuir os impactos ambientais com 73% a menos de CO2 emitido.

A comunidade local e quem transita pela região portuária de carro também deverão sentir os impactos positivos após a conclusão da obra. Isso porque o Moegão reduzirá de 16 para cinco os cruzamentos entre as linhas férreas e as ruas da cidade, com efeito direto na diminuição nas interrupções do trânsito e em riscos de acidentes.

POTENCIAL – Segundo o governador, o Moegão vai aumentar em torno de 30% da capacidade de carga e descarga de grãos pelo Porto de Paranaguá. “O trem vai chegar com a capacidade inteira para descarregamento sem necessidade de desmembramento, o que vai mudar a velocidade de carga e descarga, melhorar ainda mais a eficiência do Porto de Paranaguá e colaborar com a mobilidade do trânsito, reduzindo os trechos de entroncamento entre ferrovias e rodovias”, explicou Ratinho Junior. 

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De acordo com o diretor de Engenharia e Manutenção da Portos do Paraná, Victor Yugo Kengo, a obra do Moegão era muito esperada pela comunidade portuária. “Ela vai trazer muitos benefícios para a cidade e para a operação logística dos Portos do Paraná, centralizando todo recebimento ferroviário do corredor leste de exportação. Os trens vão parar de interligar individualmente em cada terminal e vão passar a descarregar em um ponto só, aumentando a produtividade de toda a cadeira logística”, afirmou. 

O diretor informou que, com a conclusão da licitação, o prazo para a empresa o projeto executivo é de quatro meses, quando inicia o prazo de execução da obra. “Após a conclusão da estrutura, a nossa expectativa é conseguir equalizar a balança, chegando a 50% do transporte por meio rodoviário e 50% por meio ferroviário. Com isso, também já estamos nos preparando para receber a demanda da Nova Ferroeste”, concluiu.

RECONHECIMENTO – Nos últimos três anos, a Portos do Paraná foi reconhecida como a melhor gestão portuária do Brasil pelo governo federal, com nota máxima no Índice de Gestão de Autoridades Portuárias e destaque na Execução dos Investimentos Planejados.

Além disso, os portos de Paranaguá e Antonina foram premiados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários com o primeiro lugar em Conformidade Regulatória e posição de destaque no desempenho ambiental, sendo o porto público de grande porte melhor avaliado do País.

A autoridade portuária paranaense também foi a única do ramo no mundo a ser convidada a palestrar na Conferência do Clima da ONU nas três últimas edições: COP-27, no Egito, COP-26, na Escócia, e COP-25 na Espanha.

Confira o vídeo:

Fonte: Governo do Paraná

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Com economia de 23% em licitação, novo contrato amplia serviços em presídios do Paraná

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O Governo do Estado vai economizar mais de R$ 120 milhões por ano na prestação de serviços no sistema penitenciário do Estado. Um processo licitatório aberto pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) garantiu uma economia de 23% na contratação da empresa que será responsável pela contratação de monitores de ressocialização e encarregados administrativos nas unidades prisionais.

No contrato anterior firmado com o Departamento de Polícia Penal (Deppen), o Estado gastou R$ 520 milhões no ano para a prestação desses serviços em cerca de 130 unidades do sistema prisional paranaense. Com o atual, que tem vigência de cinco anos, esse valor caiu para R$ 398 milhões anuais.

A licitação foi aberta porque, anteriormente, esse tipo serviço era prestado por profissionais temporários contratados por Processo Seletivo Simplificado (PSS). Esses contratos, porém, foram encerrados, sem possibilidade de renovação, com a transformação do Departamento Penitenciário em Polícia Penal.

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O objetivo da contratação é manter a qualidade do atendimento da Polícia Penal aos custodiados, e a seleção da empresa foi feita a partir de critérios como preço e capacidade técnica e operacional. Segundo a Sesp, contratações nesse segmento passam pelo crivo das áreas de inteligência das forças de segurança para evitar a seleção de prestadores de serviço que possam ter relação com o crime organizado.

Fonte: Governo PR

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