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Laboratório da UEL pede novos doadores de sangue para transfusão em cães

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O Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (HV-UEL), primeiro do País a ser registrado como um banco de sangue de cães e gatos, quer atrair novos doadores. Isso porque a demanda por sangue, especialmente de cães com anemia, aumentou bastante. Atualmente a unidade conta com cerca de 40 cães voluntários. O local também faz coleta para transfusões em gatos. 

“Uma transfusão de sangue realizada com segurança ajuda a salvar vidas. Já uma transfusão mal feita pode antecipar a morte”, afirma a professora do Departamento de Clínicas Veterinárias (CCA), Patrícia Mendes, coordenadora do Laboratório de Medicina Transfusional do HV-UEL.

No laboratório a captação do sangue é feita sem o uso de sedativos. Por conta disso, é importante que os doadores sejam dóceis para que permaneçam por cerca de 10 minutos imóveis, sem prejudicar a coleta. Os cães precisam ter entre 2 e 8 anos e no mínimo 26 kg (grande porte), além de estarem com as vacinas em dia. No caso das fêmeas, é importante que os tutores aguardem cerca de 15 dias desde o último período fértil (cio) e se certifiquem de que ela não está esperando filhotes.

Como cada animal pode realizar no máximo quatro doações por ano, ou seja, uma a cada três meses – assim como os humanos – o atual volume de doações não supre a necessidade do Hospital Veterinário da UEL, referência para casos graves em toda a Região Metropolitana de Londrina.

“Colhemos 450 ml de sangue. Essa bolsa fica em repouso por uma hora, centrifugamos esse sangue e separamos os hemocomponentes. O plasma é congelado e as hemácias vão para uma geladeira própria. O plasma, dependendo do tipo, pode durar um ano, e o concentrado de hemácias, com o manitol, um suplemento para elas ficarem bem, dura até 35 dias. Mas, eles não duram três dias aqui porque a demanda é grande”, diz a professora Patrícia.

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O primeiro passo do tutor para que o cão se torne um doador é preencher o formulário neste link.

HERÓIS DE QUATRO PATAS – Por conta dos critérios para a doação, cães de raças que desenvolvem maior porte acabaram se tornando “heróis” para os pacientes diagnosticados com anemia ou que tenham sido vítimas de acidentes. Dentre os doadores, destacam-se os rottweilers, labradores, além de cães das raças pit bull, akita, são bernardo, pastor alemão e golden retriever.

É o caso do querido Aslan, um simpático golden retriever de 37 kg cuja visita ao Laboratório de Medicina Transfusional recebeu inúmeras curtidas no perfil do Instagram do Projeto Vida.

CUIDADOS – Para garantir que não ocorra a contaminação do sangue coletado, a equipe do Laboratório utiliza as mesmas bolsas usadas na coleta de sangue humano, explica Patrícia. “Fazemos a coleta em sistema fechado, em que não há contato com o ar. Se no HV for preciso uma transfusão, somos nós que fazemos. Acompanhamos o paciente controlando a transfusão sanguínea”, conta. 

ANEMIA EM CÃES – Gesto de generosidade que pode ser decisivo para salvar a vida de um animalzinho de estimação, a doação também pode ser muito benéfica para os animais doadores. Isso porque o plasma coletado passará por uma análise laboratorial que poderá constatar doenças ou alterações. “É como se o cãozinho pudesse passar por uma consulta ao veterinário gratuita a cada três meses”, diz a coordenadora do Laboratório de Medicina Transfusional.

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A professora explica que boa parte do sangue coletado vai para cães que desenvolveram anemia. Estes pacientes acabam consumindo cerca de 95% do volume de sangue coletado todos os meses, sendo bem menor o número de pacientes com traumas que necessitam de transfusões. O número de gatos que precisam do atendimento também é bem inferior.

Assim como nos humanos, as causas da anemia em cães têm origem em doenças autoimunes, dieta inadequada que pode derrubar as taxas de ferro no sangue e, ainda, doenças causadas por parasitas. “São muito comuns em cães as doenças transmitidas por carrapatos, como a Ehrlichia e Babesia. Elas levam à anemia e à diminuição de plaquetas”, explica Patrícia.

Um exemplo de caso delicado que precisou ser atendido no Hospital Veterinário foi registrado logo no início deste ano, quando a equipe precisou destinar diversas bolsas de sangue a um cãozinho vítima de uma picada de cobra. “Precisamos de várias bolsas de sangue, várias de plasma fresco congelado. São muitas situações, pacientes com neoplasia, insuficiência renal, um leque bem grande que acaba levando à anemia”, explica. 

PROJETO VIDA – O Projeto Vida conta com 20 alunos do curso de graduação em Medicina Veterinária da UEL que atuam na captação dos doadores, coleta, separação, armazenamento, controle de qualidade e transfusão do sangue. Mais informações podem ser solicitadas pelo WhatsApp (43) 9 9192 2255 ou pelo perfil do projeto no Instagram.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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