NOVA AURORA

PARANÁ

Para incentivar a produção agroecológica, IDR-Paraná investe na capacitação de produtores

Publicado em

A demanda por produtos orgânicos vem crescendo a cada dia, e aumentar a oferta destes produtos é uma das prioridades do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri). Para estimular agricultores do Estado a aderirem a este sistema de produção, o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater) capacita produtores por meio da metodologia conhecida como “treino-visita”. Durante cinco meses, grupos de produtores participam de encontros com técnicos para discutir algum aspecto da produção orgânica. As reuniões são quinzenais e os extensionistas também visitam, semanalmente, as propriedades dos participantes.

No dia 17 de janeiro foi encerrado o trabalho de um desses grupos na região de Cornélio Procópio, no Norte do Estado. Ernestina Muraoka, do IDR-Paraná, monitorou os encontros nos quais participaram nove produtores. No último encontro eles apresentaram os resultados obtidos, os gargalos e dificuldades que tiveram no decorrer da safra do tomate, além das expectativas para o futuro.

O treino-visita funciona como uma iniciação dos agricultores na produção orgânica. Cada uma das etapas do cultivo é implantada em uma propriedade e é replicada na sequência pelos demais produtores que são acompanhados pelos extensionistas individualmente. De acordo com Ernestina Muraoka, a metodologia chegou na região de Cornélio Procópio em 2010. Desde então o número de produtores orgânicos passou de 70 para 183, com certificação, nos últimos anos. Somente no ano passado foram capacitados mais de 30 agricultores. O acompanhamento das propriedades não parou nem mesmo durante a pandemia. Os extensionistas esperam certificar 7.700 produtores no Estado, até 2025.

Leia Também:  PMPR já entregou 2,3 mil pulseirinhas para reforçar cuidados com crianças no Litoral

O tomate tem sido o principal tema desses encontros e aparece em franca expansão no Paraná. “É um fruto difícil de ser cultivado. Mas aprendendo a produzir tomate, o agricultor tem confiança, e segurança, para produzir as demais hortaliças. Em geral, entre 70% e 80% dos produtores que passam pela nossa metodologia adotam a produção orgânica”, explica o coordenador estadual de Agroecologia do IDR-Paraná, André Miguel.

“Foi a melhor decisão que tomei na minha vida”, afirma Danieli Gonçalves de Oliveira, produtora de tomate em Nova Fátima, Norte do Estado. Ela conheceu a produção orgânica em um treino-visita, em 2018. No ano seguinte, Danieli já havia conquistado a certificação. Atualmente ela chega a produzir 600 caixas de tomates orgânicos em duas estufas de mil metros quadrados cada.

CERTIFICAÇÃO GRATUITA – O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), referência nacional em saúde pública, tem um acordo de cooperação com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP) para ampliar a certificação de produtores orgânicos. Representantes de 48 municípios do Norte Pioneiro, do Centro-Sul e Litoral já participaram deste trabalho. O Paraná se destaca nacionalmente ao oferecer a certificação de orgânicos por meio de uma empresa pública nacionalmente reconhecida. “O Tecpar faz parte deste processo, cumprindo um importante papel no desenvolvimento da economia local, ao contribuir para que a certificação de orgânicos seja um grande diferencial para produtores, com base na produção sustentável”, ressalta o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.

Leia Também:  UEM investe em software para detectar e inibir plágio acadêmico nos trabalhos

O Tecpar também é a instituição certificadora do Paraná Mais Orgânico, outro programa estadual, vinculado às sete universidades do estado por meio da Secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com apoio do IDR-Paraná. O programa garante certificação gratuita aos agricultores que aprendem a converter suas lavouras tradicionais para o modelo livre de agrotóxicos, sem o uso de sementes transgênicas ou outras substâncias tóxicas e sintéticas, de acordo com a legislação brasileira para produtos e sistemas de produção orgânica. Após uma auditoria, os produtos são encaminhados para obter o selo emitido pelo Tecpar. Com a certificação, a unidade de produção ou processamento estará autorizada a utilizar o selo Orgânicos do Brasil, imprescindível para a comercialização de produtos em todo o território nacional.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Decreto isenta de ICMS biogás, biometano e combustível sustentável de avião no Paraná

Published

on

By

O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta segunda-feira (05) o Decreto nº 9.817 que concede isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações para aquisições de bens destinados à fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), biometano, biogás, metanol e CO2. 

Além disso, o decreto também concede a isenção do ICMS na aquisição de máquinas, equipamentos, aparelhos e componentes para geração de energia a partir do biogás, como bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas aspirantes, contadores de gases. As duas medidas buscam tornar o Paraná mais competitivo na atração de negócios em energia renovável, alavancando o desenvolvimento estadual.

O decreto internaliza os convênios 161/2024 e 151/2021, aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro. Com a regulamentação, as isenções já estão em vigor. 

Leia Também:  1 milhão de pessoas passaram a virada no Litoral do Paraná, estima Polícia Militar

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a ideia é justamente estimular investimentos em combustíveis sustentáveis no Paraná, colocando o Estado em posição de destaque no cenário nacional. “Queremos consolidar o Paraná como uma referência e um polo na produção de novas energia e incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, são formas de pavimentar esse caminho, estimulando investimentos no setor”, explica.

Um dos objetivos da iniciativa, aponta Ortigara, está em tornar o biometano economicamente viável. “O Paraná já é o maior produtor de proteína animal do Brasil, então queremos aproveitar o potencial que já existe aqui para fomentar a cadeira de biogás e biometano. Temos potencial para sermos uma Arábia Saudita do combustível renovável”, diz. “É usar dejetos de animais para gerar energia e, com as novas isenções, facilitamos o caminho para tornar o Estado ainda mais sustentável”.

SUSTENTABILIDADE – Os esforços do Paraná em se tornar referência na produção de combustíveis sustentáveis a partir do reaproveitamento do potencial agrícola não se limita apenas à isenção do ICMS. Embora a medida assinada pelo governador estimule ainda mais o setor, o Estado já aposta na geração de energia renovável também por meio de outros programas, como o Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR).

Leia Também:  Com expansão de 21%, indústria de bebidas do Paraná foi a que mais cresceu em 2022

Executado pelo IDR-Paraná, ele incentiva os produtores rurais a produzir sua própria energia ou combustível. O Estado também subsidia os juros dos empréstimos usados pelos produtores para a implantação de projetos de energia renovável, por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), o Paraná lidera com folga o número de plantas de biogás na região Sul, com 426 unidades instaladas, 348 delas da agropecuária. Em Santa Catarina são 126 plantas e no Rio Grande do Sul 84. O Paraná foi responsável com 53% do volume de geração de biogás na região no ano passado, com 461 milhões de metros cúbicos normais. .

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA