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Da escola pública para o mundo: alunos aprovados na UFPR compartilham suas experiências

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“É uma aluna inteligente, mas fala bastante”. Essa é uma frase que os pais da Ana Beatriz Dantas dos Santos escutaram, algumas vezes, dos professores dela. Então, não foi surpresa quando a estudante escolheu uma profissão na área da Comunicação. Aos 18 anos, Ana foi aprovada no vestibular 2023 da UFPR (Universidade Federal do Paraná) no curso de Relações Públicas.

Ela foi uma entre os 1.605 estudantes que passaram pela rede estadual de ensino do Paraná e garantiram uma vaga no último vestibular da UFPR. O número representa quase 40% dos 4.410 aprovados.

Os professores do Colégio Estadual Cívico-Militar Segismundo Falarz (onde Ana concluiu o ensino médio), em Curitiba, contribuíram para essa conquista. “Tive professores incríveis, muito dispostos a me incentivar nessa caminhada de vestibulares”, conta a caloura.

Depois da euforia ao ver seu nome na lista de aprovados, há pouco mais de uma semana, Ana se prepara, agora, para começar a jornada universitária. E tem grandes expectativas. “Sei que virão inúmeras dificuldades e exigências, mas estou entrando de cabeça para viver a melhor fase de descobertas e conhecimentos da minha vida”, diz.

De São Jerônimo da Serra, pequena cidade do Norte do Paraná, Amanda Carolina de Souza viajará definitivamente para Curitiba para cursar Direito na UFPR, um sonho que cultiva desde a infância. A centenária Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná foi fundada em 1912, juntamente com mais cinco outros cursos superiores da então Universidade do Paraná, a primeira do Brasil.

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A estudante de 18 anos conta que se preparou muito para fazer o vestibular 2023 da instituição e que se emocionou ao descobrir que colherá os frutos do seu esforço nos próximos cinco anos. “Me senti realizada porque foquei nos estudos e vi que tudo isso valeu a pena. Consegui chegar no curso que sempre almejei”, afirma.

Quem a inspirou a persistir na rotina de estudos foi o professor Edimaraes Silvestre, que leciona Língua Portuguesa no Colégio Estadual José Ferreira de Mello, onde Amanda concluiu o ensino médio. “Ele sempre me incentivou a estudar mais, buscar o novo e aprender mais, porque isso ninguém tira de nós”, diz a caloura.

MÉDICA VETERINÁRIA – Aprovada no curso de Medicina Veterinária em duas universidades públicas (Unicentro, que é estadual, e na UFPR), Elisa Goroncy se prepara, agora, para começar as aulas no câmpus Palotina da Federal, no Oeste do Estado. A estudante tem 17 anos e concluiu o ensino médio no município de Clevelândia, no CEEP (Centro Estadual de Educação Profissional) Assis Brasil, onde fez curso técnico em Agropecuária.

“Como eu fiz ensino técnico, eu gostava das matérias de produção animal, agroindústria, produção vegetal. Já das matérias da Base [Nacional Comum Curricular, BNCC], eu gostava mais de Matemática e Biologia”, conta a aluna, que se descreve como dedicada e estudiosa.

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Além do próprio esforço, Elisa também contou com o apoio dos professores, que lhe deram suporte até nos momentos pós-prova, quando ela se sentia nervosa, sem saber se conseguiria a aprovação.

“Quando eu passei, fiquei realmente muito feliz, porque foi uma conquista. Fiquei o ano inteiro empenhada nisso. Era um grande objetivo passar na UFPR”, afirma. “Da faculdade, espero que consiga estudar bastante, pegar o máximo de conteúdo que eu puder para ser uma boa profissional, bem-formada”.

UFPR – Dos 4.410 candidatos que passaram no vestibular da UFPR, 1.605 estudaram na rede estadual do Paraná entre 2010 e 2022. O Paraná, segundo o último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), tem o melhor ensino médio do Brasil entre as redes públicas estaduais de ensino. Entre os aprovados no vestibular da UFPR, 56% são provenientes da rede pública (estadual ou federal). Além disso, quase 90% são do Paraná. Os calouros ingressam na universidade neste primeiro semestre letivo de 2023. 

Fonte: Governo do Paraná

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Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

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O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

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A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

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“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

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