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Estado fará licitação inédita para modernizar sistema de transporte metropolitano da Grande Curitiba

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O Governo do Estado apresentou nesta terça-feira (24) a prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba o projeto da primeira licitação para o Sistema de Transporte Coletivo, construído em conjunto com o Ministério Público do Paraná (MPPR) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE). A licitação dará mais segurança jurídica e operacional à integração metropolitana, garantindo uma concorrência abrangente e transparente.

O novo modelo também resolve um passivo histórico na operação porque, apesar de a Rede Integrada de Transporte (RIT) ter sido implementada em 1996, nunca houve um processo licitatório para a contratação das empresas e para organizar as operações, fazendo com que sistema opere a partir de um sistema distante do ideal. 

A rede integrada atende 19 municípios da Região Metropolitana, além de Curitiba, com 18 empresas responsáveis pela operação de 206 linhas. Elas contam com uma frota de 796 ônibus para fazer a ligação com a Capital e, em alguns casos, entre as próprias cidades. Essas linhas recebem uma média de 10,1 milhões de passageiros por mês. 

Fazem parte do acordo os municípios de Colombo, Pinhais, Araucária, Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré, Piraquara, São José dos Pinhais, Campo Largo, Campina Grande do Sul, Rio Branco do Sul, Campo Magro, Itaperuçu, Quatro Barras, Contenda, Quintandinha, Mandirituba, Bocaiúva do Sul, Balsa Nova e Agudos do Sul. É possível percorrer cerca de 80 quilômetros (de Contenda a Bocaiúva do Sul) com apenas uma passagem.

A gestão do transporte metropolitano é feita pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), antiga Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec). Para garantir a integração, a Amep repassa cerca de R$ 170 milhões por ano aos municípios, subsídio usado para que o preço da tarifa não seja tão alto comparado aos custos operacionais, equilibrando o valor para os usuários.

O recurso, que deveria ser utilizado somente para o sistema metropolitano, acaba também subsidiando parte do transporte urbano dessas cidades, uma atribuição constitucional dos próprios municípios. Hoje, somente Campo Largo, Araucária, Curitiba e São José dos Pinhais possuem um sistema próprio de transporte público, ao mesmo tempo em que fazem parte da Rede Integrada. Das 206 linhas em operação, 139 correspondem ao transporte metropolitano e 67 ao transporte urbano municipal, um terço do total. 

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A nova modelagem vai alterar o sistema de atendimento municipal e focar apenas no transporte metropolitano, mas o Governo do Paraná garantirá uma transição gradual às prefeituras, o que também foi acordado com o Ministério Público, com investimentos nos municípios a partir de convênios para apoiar o início da operação.

Ao assumir a gestão das linhas urbanas, os municípios terão mais autonomia para fazerem os ajustes que melhor atendam à sua população. Atualmente, se a prefeitura quiser implantar uma linha para atender um novo bairro, precisa fazer o pedido para a Amep, e com a mudança terá autonomia de controle sobre a operação interna.

LICITAÇÃO – Uma série de estudos contratados pela Amep (então Comec) desde 2019, ano em que foi criado o primeiro Grupo de Trabalho sobre esse tema, vão subsidiar a licitação, seguindo as determinações do MPPR e do TCE. O edital será embasado por um relatório da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (FEPESE), feito em parceria com a equipe técnica do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina – LabTrans/UFSC.

Os estudos, que estão na fase de revisão, vão apontar o modelo necessário de cálculo tarifário, origem e destino dos deslocamentos para uma realidade atual e modelagem econômico-financeira do sistema. Uma das novidades é a possibilidade de incluir municípios mais distantes ao norte e ao sul da Capital, como os do Vale do Ribeira, integrando novos moradores aos serviços oferecidos por Curitiba.

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Eles também ajudam a conter alguns problemas recentes no sistema, que são o aumento da frota de veículos individuais, proliferação dos serviços de aplicativos, queda de usuários da pandemia e concentração de demanda em picos. Para isso, o estudo prevê a inclusão de novas linhas, como São José dos Pinhais-Fazenda Rio Grande e Almirante Tamandaré-Santa Felicidade (Curitiba).

A licitação deve ocorrer em quatro lotes, sendo 01 – Almirante Tamandaré, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Rio Branco do Sul; 02 – Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Colombo, Quatro Barras e Tunas do Paraná; 03 –  Tijucas do Sul, Piraquara, Pinhais e São José dos Pinhais; e 04 – Agudos do Sul, Araucária, Campo do Tenente, Contenda, Fazenda Rio Grande, Lapa, Mandirituba, Piên, Rio Negro e Quitandinha.

O prazo de concessão será de 12 anos, com frota devendo ter idade média de seis anos. O sistema também terá bilhetagem eletrônica, câmeras de monitoramento e contagem de passageiros nos terminais e veículos e centro de controle de operações.

INVESTIMENTOS NO SETOR – Para acompanhar esse movimento, o Estado vem realizando uma série de investimentos no setor, como a construção dos novos terminais metropolitanos de Piraquara e São José dos Pinhais, ampliando as estruturas de atendimento com espaços mais modernos. Os dois terminais já estão em obras.

Linha do tempo:

1989 – primeira integração

1992 – DER/PR repassa o serviço para a Comec

1995 – primeiro convênio com a URBS

2010 – licitação do transporte de Curitiba

2012 – início do subsídio do Estado

2019 – criação de um grupo técnico para discutir a licitação

2021 – contratação do estudo que embasa a licitação

2023 – licitação do transporte da Região Metropolitana de Curitiba

Fonte: Governo do Paraná

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Com aporte de R$ 25 milhões do Estado, Imbituva ganhará um Hospital Municipal

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O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), autorizou nesta quinta-feira (10) a abertura da licitação do Hospital Municipal de Imbituva, na região dos Campos Gerais. Para viabilizar a obra, a Sesa destinou um aporte financeiro de R$ 25 milhões ao município. O recurso garante a execução integral do projeto, que prevê a construção de uma unidade hospitalar com área total de 2.965 metros quadrados, moderna e adaptada às necessidades da população local.

O hospital contará com 48 leitos destinados à internação e à recuperação de pacientes, além de ofertar atendimentos de média complexidade em especialidades estratégicas como ortopedia, oftalmologia e obstetrícia. A estrutura também contemplará salas de cirurgia, centro de diagnóstico e ambientes planejados para garantir a segurança, o conforto e a humanização no atendimento.

“Estamos garantindo estrutura moderna e ampliada para que os municípios atendam sua população com eficiência. Esses investimentos refletem nossa política de regionalização da saúde. Cada centavo aplicado significa vidas salvas e atendimento de qualidade garantido”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

A unidade está projetada para atender cerca de 30 mil moradores do município e de cidades vizinhas, reforçando a regionalização da assistência hospitalar.

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O prefeito de Imbituva, Bertoldo Rover, celebrou a conquista. “Estamos escrevendo um novo capítulo na saúde do nosso município. Esse é um sonho antigo e não tenho dúvidas de que este hospital irá garantir atendimento digno e humanizado para nossa população”, destacou.

Durante o evento, foi anunciada a construção de uma Clínica de Fisioterapia, com investimento de R$ 1,8 milhão. A unidade terá 350 m² e contará com um salão amplo e moderno, equipado para a prática de cinesioterapia e mecanoterapia, técnicas fundamentais para a recuperação de pacientes com limitações motoras, dores crônicas ou em processo de reabilitação pós-cirúrgica.

O espaço também inclui um jardim sensorial ao ar livre que estimula os sentidos e promove bem-estar físico e emocional, favorecendo especialmente o tratamento de pessoas com deficiência ou em processo de reabilitação neurológica.

TEIXEIRA SOARES – Ainda nos Campos Gerais, o Governo do Estado autorizou um investimento de R$ 1 milhão em aditivos para dar continuidade às obras de ampliação e reestruturação da Associação de Amigos do Hospital de Teixeira Soares, instituição filantrópica que atende usuários do SUS.

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Entre as melhorias previstas estão a reforma da área assistencial atual e a ampliação dos setores de serviço social, sala de reunião, administração, sala de espera, recepção e triagem, além da adequação da área de emergência.

Também será construída uma nova entrada para o pronto-socorro e uma cobertura específica para o recebimento das ambulâncias, garantindo mais conforto e agilidade no atendimento emergencial, garantindo uma reforma de 875,47 m² da área já existente, aliada à ampliação de 283,50 m². Atualmente, as obras estão 67% executadas.

“Esse é um governo diferenciado, que olha para o cidadão com respeito e sensibilidade. Agradecemos profundamente por todo o apoio que encontramos no Estado para cuidar dos nossos cidadãos”, afirmou o prefeito de Teixeira Soares, Evanor Mueller.

PRESENÇAS – Participaram da autorização de recursos os deputados estaduais Hussein Bakri, líder do Governo, e Artagão Junior; além de prefeitos, vereadores e lideranças da região.

Fonte: Governo PR

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