NOVA AURORA

PARANÁ

Após um hiato de 12 anos, travessia de Guaratuba teve participação de crianças e PCDs

Publicado em

Veranistas lotaram a praia na manhã deste domingo (22) para acompanhar a tradicional travessia a nado de Guaratuba, no Litoral do Estado. Realizado após um hiato de 12 anos, o evento teve a participação de um público diverso, incluindo crianças e pessoas com deficiência.

A largada foi dada às 8h em frente ao Hotel Caieiras Vila Real. Com um número recorde de inscritos, a competição contou com cerca de 300 atletas da comunidade e 50 do Corpo de Bombeiros. Os participantes competiram em diversas categorias, dos 12 aos 80 anos, divididas em três provas: 1500m, 750m e 400m.

Lidiana Cornélio Silva, educadora física, está na quinta competição de águas abertas e pela primeira vez participa do desafio em Guaratuba, na categoria de 1500m. Segundo ela, o mar é imprevisível, mas está confiante, já que se preparou com antecedência. “Estou me preparando desde o começo do ano para fazer uma boa prova. O mar é desafiador, é sempre diferente. Mas a gente vem pra fazer o nosso melhor e superar os desafios”.
Já Anderson Rosso de Moura também nadou os 1500m, mas na categoria de pessoas com deficiência. Ele tem paralisia do lado direito do corpo, o que não o impediu de competir. “Essa é a minha primeira vez aqui em Guaratuba. Faz dez anos que eu treino. Pra mim é uma experiência incrível.”

O pequeno Erik de Albuquerque Maranhão Galvão, de apenas 11 anos, treinou muito para a sua primeira competição. “Estou um pouco nervoso e ansioso, acho que vou chegar pelo meio da tabela. Espero que seja o melhor”. O pai não esconde o orgulho em ver o filho competindo. “Vamos ver se ele vai fazer uma boa prova. Estamos na expectativa acompanhando. Ontem ele nadou, fizemos a travessia juntos. Ele já treina, acho que vai bem”.
A ação faz parte do calendário de competições esportivas dos Jogos de Aventura e Natureza inseridos no Verão Maior Paraná, organizados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Esporte. Para se inscrever, cada atleta doou 2kg de alimentos, que foram doados para a Prefeitura de Guaratuba e receberão o destino mais adequado.
RETOMADA — Para o secretário estadual do Esporte, Hélio Wirbiski, a retomada foi um acontecimento importante para a economia do litoral paranaense. “O esporte é indutor do turismo. Nós temos 30 eventos desse porte no litoral durante toda a temporada. A ideia é atrair atletas com suas famílias para que além de praticar esportes, a gente consiga criar um círculo virtuoso da economia”, destacou. Segundo o coordenador dos Jogos de Aventura e Natureza, Jackson Douglas Almeida, a prova, que é uma tradição na cidade, é realizada desde 1987 e terá novas etapas ao longo do ano.
“É uma prova de águas abertas, mas mantemos o nome por conta da tradição. Ainda teremos duas etapas dentro do calendário de jogos de aventura e natureza: uma no meio do ano no festival de inverno no litoral e outra em outubro na região de Angra doce.
Ele destaca que para a retomada houve muito planejamento e a participação do Estado foi fundamental para o processo. “Estamos planejando essa prova há 2 meses. O Governo do Estado entrou com toda a infraestrutura e logística para realizar a prova”.

Leia Também:  No mês das mulheres, prêmio milionário do Nota Paraná sai para moradora de Curitiba

Almeida também afirmou que o apoio do município foi importante e que a estrutura do evento garantiu mais segurança e conforto aos atletas. Estavam à disposição dos participantes motos aquáticas, barcos de resgate, caiaques e pranchas de stand up paddle.
“Convocamos o pessoal local para dar o suporte de mar, fizemos a aferição do percurso pelo gps e montamos uma estrutura de hidratação, largada e chegada, para que os atletas fizessem a prova com segurança”.
Todos os atletas utilizaram a tecnologia de controle em chip, cedida pela Federação dos Desportos Aquáticos do Paraná (FDAP), instituição responsável por supervisionar a competição.
BOMBEIROS — Cerca de 50 integrantes do Corpo de Bombeiros participaram da travessia. A maior parte competiu na categoria de 1500m, enquanto alguns participaram do percurso de 750m.
Segundo Jackson, a participação da corporação é importante em toda a programação do Verão Maior Paraná.
“É uma prova importante para os bombeiros. Eles fazem a prática diária. E nós agradecemos a participação deles, tanto pela segurança na prova, mas como em todo o auxílio no Verão Maior Paraná”, enfatizou.
Leandro de Souza Graça, de 33 anos, disse que sente orgulho em representar o Corpo de Bombeiros em competições. Ele atua na corporação há dez anos. “Sempre represento os bombeiros em todas as competições em que posso participar. É um grande orgulho. tem também nossos amigos civis que participam conosco. E funciona como um treinamento pra nós”.

Leia Também:  Atuação da Polícia Militar promove Carnaval seguro em Guaratuba

VERÃO MAIOR PARANÁ – O Verão Maior Paraná tem ações voltadas aos veranistas e à comunidade local, com atividades esportivas e de lazer, aulas de ginástica, dança, caminhadas, recreação infantil, torneios e eventos esportivos, além de uma série de outras práticas relacionadas ao entretenimento. Acesse o site www.verao.pr.gov.br e confira a programação completa das atrações promovidas pelo Governo do Estado. As ações acontecem nos municípios do Litoral, além de Porto Rico e São Pedro do Paraná, no Noroeste do Paraná.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Ganhando o Mundo: últimos intercambistas começam a chegar com mala cheia de experiências

Published

on

By

O Natal será com a família reunida e com diversas histórias para compartilhar para 27 alunos que voltaram do intercâmbio nos Estados Unidos nesta segunda-feira (23), dentro do programa Ganhando o Mundo. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, onde foram recebidos com muita emoção por pais e familiares depois de quatro meses estudando na América do Norte. Outros alunos devem chegar em janeiro.

Foram mil estudantes de escolas públicas paranaenses que tiveram a oportunidade de realizar um intercâmbio com as despesas pagas pelo Governo do Estado, após uma seleção que envolveu mais de 12 mil candidatos. A edição de 2025 será ainda maior e levará 1,2 mil alunos para cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

O chefe do Departamento de Intercâmbios da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Marlon de Campos, destacou que a edição do Ganhando o Mundo deste ano foi um sucesso. “Todo o processo está sendo incrível. Foi o primeiro ano que nós tivemos mil alunos viajando, 950 deles já retornaram no primeiro semestre, e agora o restante está voltando”, ressaltou.

“Eles voltam com uma cabeça completamente mudada, muito mais atenciosos com a sua família, com a sua escola, com o seu espaço. Quando eles viajam e experienciam uma oportunidade tão diferente, não só da língua, mas também cultural e acadêmica, eles ampliam os seus horizontes e isso faz com que se tornem líderes”, acrescentou.

EXPERIÊNCIA DE VIDA — Entre as intercambistas que chegaram nesta segunda-feira está Isabella Parra Hass, de 16 anos, estudante do Colégio Estadual Rio Branco, em Rio Branco do Ivaí, no Norte do Estado. Para ela, a principal conquista com o intercâmbio foi tornar-se uma pessoa mais independente. “Foi uma das melhores experiências da minha vida. Vivi coisas que eu nunca imaginaria viver, conheci pessoas incríveis e me tornei uma pessoa tão madura, independente, que eu nunca imaginei que eu conseguiria”, explicou.

Ela conta que pôde vivenciar a cultura americana na prática. “Fui líder de torcida e também gerente do time de basquete feminino. Foi muito legal vivenciar a cultura deles, do esporte, mas mais do que isso, saber que você consegue fazer algo quando realmente se quer muito. Uma oportunidade incrível que nunca imaginei que poderia ter e que graças ao Ganhando o Mundo consegui realizar um dos meus maiores sonhos”, disse, com os olhos ainda com lágrimas após encontrar os pais.

Leia Também:  Dois Vizinhos recebe serviços de polícia judiciária do PCPR na Comunidade

A família viajou cerca de 350 quilômetros para receber a filha, pouco para uma distância que já foi continental. “A gente viveu junto esse intercâmbio. Ela lá e eu acompanhando daqui, nos falando todos os dias, dando força nas horas das dificuldades e sorrindo, acreditando que tudo ia dar certo”, afirmou Maria Inez Parra Hass, mãe de Isabella.

“Agradeço ao Governo do Estado por esse intercâmbio, por esse projeto. Ela gostou muito da escola, construiu muitas amizades, foi muito bem recebida pela família e agora esse presente de Natal que estamos está recebendo com a chegada dela”.

Para Pedro Moreira Silva, 16 anos, do Colégio Estadual Arcângelo Nandi, de Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste, o que mais lhe chamou sua atenção foi a cultura do esporte nos colégios americanos. “Eu não teria oportunidade de fazer um intercâmbio se não fosse por esse programa, para estudar numa verdadeira high school. Uma das coisas mais legais foi o esporte que pratiquei, participando do time de futebol americano, que foi incrível, e um pouco de wrestling”, ressaltou.

Outro destaque foi o aprimoramento da língua. “O meu inglês melhorou muito, o que vai me ajudar a ter um bom emprego. Fora isso, aprendi coisas novas, como comidas típicas de lá e que vou cozinhar para a minha família, além da neve, porque lá é bem gelado”, disse.

A mãe de Pedro, Katyussa Maiara Moreira, contava os minutos para chegada do filho, acompanhada do marido e da filha mais nova. “Começa a bater aquela ansiedade. A gente fala que não vai ficar nervosa, mas não tem como. É um orgulho como mãe saber que ele conquistou isso, que chegou onde chegou e só tenho muito a agradecer a Deus e ao Governo do Estado”, salientou.

“Ele se desenvolveu muito bem. No começo foi difícil, mas todo dia conversava com ele pelo WhatsApp, então estava longe, mas perto ao mesmo tempo. E agora ter ele aqui junto no Natal, poder passar o Ano-Novo era uma coisa que a gente queria muito”, celebrou o pai, Rodimar Silva.

Quem também vai ter muita história para contar é Amanda Samiria, de 16 anos, do Colégio Estadual Joaquim de Oliveira Franco, de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi recebida pelos pais e amigos no saguão do aeroporto. “Ao mesmo tempo que apertava o coração, eu sabia que aquilo ia ser para o meu bem. Toda a independência, maturidade e responsabilidade que eu ganhei com esse programa foi incrível, uma oportunidade de estar vivendo em um outro país, de morar com uma outra família, com uma cultura totalmente diferente da minha”, comentou.

Leia Também:  Última etapa das corridas de rua da Sanepar acontece no domingo em Pontal do Paraná

“Ao mesmo tempo que o coração está apertado por eu ter deixado minha segunda família lá nos Estados Unidos, também está muito alegre de reencontrar todo mundo, de ver o quanto eu sou amada aqui e o quanto tudo valeu a pena. Já tenho planos para compartilhar tudo o que eu aprendi, que eu não vou deixar só para mim, mas sim dividir com os outros, contar como foi a minha experiência para inspirar outras pessoas a também participarem”, acrescentou.

GANHANDO O MUNDO – Iniciado como projeto-piloto em 2022, o Ganhando o Mundo levou 100 estudantes para o Canadá, na América do Norte, naquele ano. Na segunda edição, outros 100 alunos tiveram a experiência de conhecerem uma outra cultura, desta vez com destino a Nova Zelândia, na Oceania.

Em 2023, o programa passou a incluir professores, com 96 docentes enviados para o Canadá e a Finlândia, países referências em educação. No mesmo ano, mais 40 alunos estudaram por um semestre letivo na França. Já em 2024, o número de intercambistas cresceu dez vezes, chegando a mil alunos que viajaram para países de língua inglesa, como Canadá, Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos. Além disso, 100 diretores de colégios estaduais embarcaram no meio do ano para um intercâmbio de duas semanas no Chile.

A próxima edição, em 2025, será ainda maior. Mais de 1,2 mil alunos da rede estadual terão como destino cinco países de língua inglesa (Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido). Durante seis meses, os jovens farão curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil.

Também em 2025 acontecerá a primeira edição do programa voltada aos alunos de 1ª série dos cursos técnicos em agropecuária, agrícola, florestal, operações de máquinas florestais e agronegócio, matriculados nos centros de educação profissional. Cem estudantes vão para Iowa, nos Estados Unidos, estado líder em tecnologia agrícola e coração do corn belt (cinturão agrícola forte em produção de milho e um dos principais pólos agrícolas do mundo).

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA