NOVA AURORA

PARANÁ

Revitalização da orla vai ampliar em quase cinco vezes a área de restinga nativa de Matinhos

Publicado em

Sustentabilidade. A palavra que faz do Paraná referência para o País é também o principal pilar da obra de recuperação da Orla de Matinhos, no Litoral. E ela tem um componente muito importante, que é o replantio da restinga ao longo da faixa de 6,3 quilômetros, entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida, contemplados nesta primeira fase do projeto. A área de vegetação nativa será ampliada em quase cinco vezes ao final do projeto, previsto para ocorrer até o segundo semestre de 2024.

A ação de substituição dos pontos vegetativos foi cuidadosamente planejada pelo Governo do Estado e contou com colaborações da comunidade e da sociedade civil organizada. Em números absolutos, a área de restinga será mais do que dobrada, passando dos atuais 34,7 mil metros quadrados para 75 mil metros quadrados – o relatório mais recente aponta para 46% de conclusão do plantio.

Porém, como a proposta prevê que a nova vegetação será composta apenas por espécies nativas, o número é ainda mais significativo, já que atualmente menos da metade da área de restinga, cerca de 15,9 mil metros quadrados, é composta por plantas típicas da região. O restante é formada por espécies exóticas, que não contribuem para a proteção da faixa de areia e preservação ambiental. Ou seja, será quase cinco vezes maior (total de 75 mil metros quadrados).

O Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos é o maior aporte de recursos já realizado pelo Governo do Estado no Litoral, totalizando R$ 314,9 milhões.

Leia Também:  20,3 mil vagas: semana começa com oportunidades de emprego em todo Paraná

“Toda obra, toda mudança, gera um certo transtorno, até mesmo incômodo, durante a sua execução. O que queremos é que, no fim, o resultado mostre que a natureza foi respeitada e que houve avanços tanto para o meio ambiente como para os moradores e turistas do litoral paranaense”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge.

O replantio foi paralisado no final do ano passado e precisa ser retomado para não atrasar o cronograma da obra. O trabalho é executado por técnicos especialistas em flora e fauna, e terá acompanhamento constante para que a restinga seja de fato adaptada à região de Matinhos. O transplante da restinga nativa no Litoral do Estado possui Autorização Ambiental, de acordo com a Resolução CEMA nº 107/2020.

Diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Sedest, José Luiz Scroccaro explicou que o Governo do Estado e o Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação pública, preparam uma logística própria para a substituição e ampliação da vegetação local.

Um viveiro com capacidade de produzir 650 mil mudas simultaneamente foi construído pelo consórcio para recuperar a restinga. O IAT também auxiliou no processo de cultivo dessas mudas, com a expertise que possui nos 19 viveiros florestais, um deles em Morretes, também no Litoral, e em dois laboratórios de sementes.

Leia Também:  Sumitomo formaliza investimento de R$ 1 bilhão para ampliar planta de Fazenda Rio Grande

“Estamos tomando todo o cuidado possível para que essa obra seja a mais sustentável, perfeita do ponto de vista ecológico, como determinou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Ao final do projeto, a Orla de Matinhos será ainda mais verde, com uma restinga formada exclusivamente por espécies da região, nada de plantas exóticas”, destacou Scroccaro. “A restinga protege a praia da maré alta e das ressacas, dando estabilidade para a areia. Dessa forma, estamos ampliando a sua existência”.

Além de devolver ao Litoral sua vegetação nativa, o projeto implicará diretamente no paisagismo da orla, ampliando a beleza e segurança de quem frequenta os balneários paranaenses. Serão plantadas espécies nativas – Jerivá, Ipê-Amarelo e Angelim Rosa – também na recuperação do paisagismo.

“A nossa preocupação foi de atender uma demanda antiga da sociedade de Matinhos e dos demais paranaenses que frequentam Caiobá: resolver o problema da restinga que estava completamente degradada pela presença de plantas exóticas. Essa vegetação, que não é originária do Litoral, acabou por criar um ambiente muito hostil. Não são raras as queixas de pessoas em relação a problemas. É isso que estamos melhorando”, afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

Revitalização da Orla de Matinhos vai ampliar em quase 5 vezes a área com restinga nativa

A área de vegetação nativa será ampliada em quase cinco vezes ao final do projeto, previsto para ocorrer até o segundo semestre de 2024. Foto: Leonardo Sguarezi/SECOM

OBRAS – As obras na Orla de Matinhos têm previsão de serem executadas até o segundo semestre de 2024. Dezessete programas de monitoramento ambiental integram o pacote de recuperação, previstos no projeto executivo elaborado pelo Governo do Estado.

A gestão e supervisão ambiental das obras envolve o destino eficiente dos resíduos, a mitigação dos impactos nas vias de circulação, o correto gerenciamento dos efluentes, o monitoramento dos níveis de ruídos, a gestão do patrimônio arqueológico,

O projeto também prevê a revitalização urbanística e estrutural, que conta inclusive com a reposição da restinga com espécies nativas e a melhoria do acesso à praia por meio de passarelas. Com a chegada do verão, as obras na orla sofreram uma diminuição de ritmo para não atrapalhar o descanso dos veranistas.

Até o momento já foi finalizado o engordamento da faixa de areia de 70 a 100 metros de largura, por meio de aterro hidráulico e, além das estruturas marítimas, serão executadas intervenções de macro de microdrenagem para beneficiar também os moradores que não vivem na beira mar e sofrem com constantes enchentes. As ações estão dentro do cronograma previsto.

Fonte: Governo do Paraná

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

PARANÁ

Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

Published

on

By

Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

Leia Também:  Penitenciária de Foz do Iguaçu promove ressocialização com horta, fábrica de fraldas e malharia

Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

Leia Também:  Pesquisadores de universidades estaduais estão entre os mais influentes do mundo

RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

PARANÁ

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA