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Governo começa a desenhar caminho para tornar Paraná hub de hidrogênio verde

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O Governo do Paraná deu mais um passo rumo à diversificação da matriz energética no Estado. A ideia é modernizar e inovar a produção sustentável de energia, com foco na descarbonização, processo que visa reduzir a emissão de carbono à atmosfera. No centro está o hidrogênio verde – também chamado de renovável –, tema de um encontro promovido pela Secretaria de Planejamento nesta quinta-feira (12).

Participaram da reunião representantes da Copel, Sanepar, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e Invest Paraná. O debate é um desdobramento da participação de agentes públicos no evento Hydrogen Technology Expo, em outubro passado, na Alemanha.

O secretário de Planejamento, Guto Silva, explicou, durante a reunião, que a discussão sobre energia renovável tem relação direta com o dia a dia das pessoas, sendo um assunto sensível, visto que há uma necessidade sempre maior de energia pela sociedade e que o setor sofre sérios impactos de fatos geopolíticos, como guerras. A mudança também impacta nos modos de produção e na geração de empregos.

“O futuro passa por novas formas de geração de energia e componentes energéticos, como o hidrogênio renovável, usado na Europa para alimentar maquinários pesados, indústrias e aviões”, disse. Segundo ele, o Paraná pode se tornar um polo na produção energética nessa matriz, reforçando conversas que foram iniciadas durante a primeira gestão.

A reunião teve como objetivo compartilhar o conhecimento de cada um na área, com vista a estruturar o Estado para que, no futuro, possa haver uma nova vantagem competitiva sobre outros territórios, produzindo energia sustentável, verde e barata. “Todos que estiveram presentes – e também as universidades no Estado – ou pesquisam o assunto há anos ou têm editais na área, mas tudo ocorre de maneira isolada. Pretendemos unir com essa iniciativa”, afirmou Silva.

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“O plano de hidrogênio estará no nosso plano estratégico de grandes projetos estruturais, com foco no médio e longo prazo, e nós, Poder Público, temos papel de induzir e criar o ambiente para que floresçam bons projetos na área”, complementou.

O diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco, explicou que a ideia da iniciativa é juntar as pontas de algumas demandas que surgiram após o evento na Alemanha, quando oportunidades começaram a bater à porta da Copel, Sanepar e PTI. “Ficou claro que o próximo passo nesse sentido vai ser criar uma política pública, um marco com segurança jurídica, para ser discutido nessas reuniões”, disse. 

Durante o encontro, a Invest Paraná mostrou um mapeamento de empresas no Brasil que envolve tanto fornecedores quanto compradores da cadeia do hidrogênio. 

EXEMPLOS PRÁTICOS – A Sanepar compartilhou algumas experiências de pesquisa relacionadas ao tema. Recentemente, uma iniciativa da companhia foi aprovada na Finep, uma empresa pública ligada ao governo federal, com o objetivo de criar um projeto-piloto que vai transformar resíduos das subestações da Sanepar em hidrogênio verde a ser convertido em eletricidade para automóveis. O projeto conta com a participação da Copel.

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Cláudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar, esteve na reunião e citou que outras receitas podem ser alcançadas em torno da pesquisa com resíduos, no futuro, advindas da expertise que a companhia deve alcançar. “Além dos ganhos pelo aproveitamento desse material, poderemos vender essa tecnologia e conhecimento desenvolvidos no setor de saneamento”, disse.

Além da produção por biomassa, o hidrogênio renovável pode ser produzido pela eletrólise da água, com um custo de produção estimado de US$ 3 a US$ 8 por quilo de hidrogênio, contra de US$ 1 a US$ 2 pelo método convencional, pelo gás natural. A Sanepar também pesquisa a amônia verde, um biofertilizante derivado de hidrogênio proveniente dessa fonte. 

A Copel apresentou dados de como a cadeia de hidrogênio verde funcionaria na prática, como modelo de negócios. “As aplicações que conseguimos mapear do uso do hidrogênio renovável no Paraná estão no metanol, siderurgia e atendimento a indústrias, como cerâmica, vidro e cimento, também nas refinarias, que já têm produções próprias, e ainda em campos como o do armazenamento para produção de energia elétrica, mobilidade e exportação”, disse o engenheiro de energias renováveis na Copel, Gustavo Ortigara, que atua na prospecção e desenvolvimento de negócios.

“Por outro lado, transporte naval e aéreo são setores de difícil descarbonização, por este motivo costumam ser o foco principal de estudos nessa área”, complementou Ortigara, que trabalha com hidrogênio renovável, biogás, biometano, biomassas e indústria solar fotovoltaica.

Fonte: Governo do Paraná

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Em 2024, Governo do Paraná investiu mais de R$ 250 milhões em segurança alimentar

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Segurança alimentar é uma prioridade no Paraná e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) tem investido em iniciativas sólidas para garantir o acesso à alimentação de qualidade, promover a geração de renda e fortalecer a agricultura familiar. Ela acontece por meio dos programas Compra Direta, Restaurantes Populares, Hortas Urbanas, entre outros.

Em 2024, o Estado reforçou seu compromisso em combater a insegurança alimentar com ações estratégicas e integradas que beneficiaram mais de 500 mil famílias em situação de vulnerabilidade com um investimento de mais de R$ 250 milhões do Estado, promovendo também a sustentabilidade alimentar.

Para isso o Estado se guia pelo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2027, recém-publicado, que é o resultado de um esforço conjunto da Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-PR) e do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-PR).

A publicação do plano reafirma o compromisso e a busca do Governo do Estado com a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e com a construção de um sistema agroalimentar mais sustentável, que valorize os circuitos curtos de comercialização e respeite os hábitos alimentares da população paranaense. Esse novo plano abrange 9 eixos, com seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de 83 metas e 170 ações relacionadas.

COMPRA DIRETA – O programa que visa adquirir gêneros alimentícios de cooperativas ou associações da agricultura familiar, para entregar diretamente à rede socioassistencial do Estado, beneficiou cerca de mil entidades filantrópicas do Paraná, atendendo 358,6 mil pessoas com o recebimento de alimentos diversificados. Essa ação promoveu também a geração de renda para aproximadamente 20,4 mil agricultores familiares de 179 associações e cooperativas do Estado, totalizando um investimento de R$ 60 milhões.

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Os contratos assinados em 2024 finalizam em fevereiro de 2025 e uma nova chamada pública, que prevê a contratação de R$ 70 milhões em gêneros da agricultura familiar, está em fase final de planejamento.

LEITE DAS CRIANÇAS (PLC) – O programa que busca combater a desnutrição infantil, fornecendo diariamente 1 litro de leite enriquecido com vitaminas A, D e ferro quelato para crianças de 6 a 36 meses pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade social, em 2024 distribuiu aproximadamente 36,5 milhões de litros de leite de 4,5 mil produtores nos 1.291 pontos de distribuição espalhados pelo Estado, atendendo cerca de 100 mil crianças e totalizando um investimento de R$ 166 milhões.

O PLC é um programa intersecretarial, que conta com a participação da Seab, secretarias de Estado da Educação, da Justiça e Cidadania (Seju), e da Saúde (Sesa), além do monitoramento e fiscalização do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (Consea-PR).

PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) – O programa federal compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e àquelas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e pela rede pública e filantrópica de ensino. Entre a execução mista (com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e a direta (com a Seab), estão sendo beneficiados 1.666 agricultores de 162 municípios, com recursos na ordem de R$ 17,9 milhões. O grande destaque do ano foi a estreia do PAA Indígena, que beneficiou comunidades de 24 municípios com as maiores concentrações populacionais, totalizando R$ 1,5 milhão de investimento.

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RESTAURANTES POPULARES – Em 2024 o programa de restaurantes que oferecem refeições saudáveis e acessíveis para a população vulnerável formalizou 4 convênios para a construção e implantação de restaurantes populares nos municípios de Pato Branco, Cianorte, Campo Mourão e Quedas do Iguaçu. Os convênios totalizaram um investimento de R$ 21,5 milhões (Seab + municípios) e beneficiaram diretamente cerca de 5.500 pessoas.

HORTAS URBANAS, CENTRAIS PÚBLICAS E FEIRAS, COZINHAS E PANIFICADORAS – Em 2024 foram formalizados 22 convênios que beneficiaram diretamente a população de 11 regionais. Os convênios totalizaram um investimento de 3,6 milhões (Seab + municípios) e devem beneficiar diretamente 38.838 pessoas.

SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – Atualmente o Paraná é o Estado com maior número de adesões em números absolutos ao Sisan, com 319 municípios, que correspondem a 24,5% do total de 1.301 adesões nacionais. A iniciativa possibilita que os municípios tenham acesso facilitado a recursos e políticas públicas nacionais, além de demonstrar o compromisso crescente com o combate à fome.

Fonte: Governo PR

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